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>Harry Potter e o Cálice de Fogo (Harry Potter and the Goblet of Fire, 2005)

publicado em:5/12/05 1:28 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Desde a estréia do bruxinho mais famoso do cinema, em 2001, com “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, uma coisa é bastante nítida: como os três atores que protagonizam a série (Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint) cresceram. Esse mesmo amadurecimento vem acontecendo de forma gradativa, seja nos temas principais que são abordados nos filmes da série ou, até mesmo, nas visões que lhes são dadas pelos diretores das películas que fazem parte da franquia.

Neste sentido, “Harry Potter e o Cálice de Fogo” é um marco divisor da série. No filme, Harry (Radcliffe) – agora com 14 anos – é escolhido como um dos participantes do Torneio Tribruxo, uma competição que acontece entre as diversas escolas de magia. No torneio, Harry terá como oponentes, colegas bem mais velhos (e, conseqüentemente, mais experientes) do que ele: Cedrick Diggory, o galã Victor Krum e a bela Fleur Delacour.

Com Hogwarts cheia de alunos de outras escolas de magia, os hormônios dos jovens bruxos começarão a entrar em ebulição. Os momentos que antecedem ao baile de inverno ilustram muito bem a maioria dos conflitos que passam pela cabeça dos adolescentes. Por exemplo: Harry não tem medo de enfrentar os seus piores inimigos, mas treme nas bases ao pensar na possibilidade de convidar a menina de quem gosta para ser a sua companhia no baile; o desajeitado Ron Weasley (Grint, que continua a ser o elo mais fraco do trio principal de atores jovens) sofre com o medo de ser rejeitado pelas garotas; e Hermione Granger (Watson) desperta a atenção do menino mais cobiçado pelas garotas, quando, na realidade, queria ser notada por outro.

Entretanto, “Harry Potter e o Cálice de Fogo” tem poucos momentos de euforia e dúvida juvenis. O ponto chave do filme é mostrar, através da participação de Harry no Torneio Tribruxo, que esta era uma experiência necessária para o jovem bruxo. Ao testar seu talento para a magia e ao enfrentar competidores mais fortes do que ele, Harry amadureceria o suficiente para enfrentar o Lorde Voldemort (Ralph Fiennes, em uma caracterização assustadora) – o homem responsável por toda a infelicidade do bruxinho – mais uma vez. O reencontro de Harry com Voldemort é o momento mais esperado de “Harry Potter e o Cálice de Fogo” e cada minuto desta cena fazem valer a pena a espera de quatro anos.

Depois da direção burocrática de Chris Columbus e da visão realista (e não menos fantasiosa) do mexicano Alfonso Cuarón, Mike Newell (o primeiro diretor inglês a assumir um filme da série) ficou com a tarefa mais fácil. “Harry Potter e o Cálice de Fogo” é o melhor filme da série, o mais bem executado e o melhor em atuações. O filme cumpre com louvor o seu papel de ser o prenúncio de tempos difíceis e de mudanças em Hogwarts, e deixa a platéia ansiosa pelo que está por vir.



Jornalista e Publicitária


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