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>X-Men – O Conflito Final (X-Men – The Last Stand, 2006)

publicado em:27/05/06 6:45 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Nos dois primeiros filmes da série “X-Men”, os seres humanos e os mutantes viviam num mundo completamente dividido. Enquanto se discutia a relevância da convivência entre as duas espécies, o problema ia ficando ainda mais grave. Se os humanos podiam levar uma vida normal, o mesmo não podia ser dito a respeito dos mutantes – que, ainda confusos a respeito de suas condições e após serem abandonados pelas suas famílias e amigos, iam viver na isolada escola do professor Xavier (Patrick Stewart), aonde esperavam encontrar a segurança necessária para começar todo um trabalho de aceitação de quem eles realmente eram e aonde eles aprendiam a usar os seus poderes para o bem da humanidade. Mesmo assim, ainda existiam divergências dentro da própria classe dos mutantes. O grupo liderado por Magneto (Ian McKellen) preferia apregoar o uso dos poderes para o mal e declaravam guerra contra tudo e contra todos.

“X-Men – O Confronto Final” – a terceira parte da série –, do diretor Brett Ratner, se passa justamente num momento em que esta divisão entre humanos e mutantes pode estar prestes a acabar. O governo norte-americano se mostra mais aberto ao diálogo com o grupo – criando inclusive um departamento dedicado somente aos mutantes. Entretanto, a união pode vir a um preço muito caro. Um pai atormentado pelo estado mutante de seu filho elege como causa de sua vida a descoberta de uma cura para o gene mutante. A cura é encontrada numa criança (Cameron Bright, de “Reencarnação”). A partir deste momento, tem-se o início de um conflito final entre os humanos e os mutantes; e, pela primeira vez, os mutantes enfrentam o dilema de ter que escolher entre continuarem a ser pessoas especiais ou poderem ter uma vida normal em sociedade.

Neste sentido, “X-Men – O Confronto Final” representa uma grande jornada a ser passada tanto para os seres humanos quanto para os mutantes – personagens como Wolverine (Hugh Jackman), Tempestade (Halle Berry) e Jean Grey (Famke Janssen) estão mais fortes, sábios, conscientes, resistentes e poderosos. E, como em toda jornada, todos estes personagens passarão por momentos de decepção, tristeza, perdas, dúvidas, desolação e angústia até o triunfo finalmente acontecer.

Brett Ratner é um diretor muito interessante. Ele marcou o seu nome na indústria ao dirigir clipes para artistas como Mariah Carey e Madonna. Trilhou seu caminho no cinema comercial ao criar a bem-sucedida franquia “A Hora do Rush” (estrelada por Jackie Chan e Chris Tucker que, pasmem, é o ator mais bem pago de Hollywood no presente momento). Ratner calou a boca dos críticos que torceram o nariz para a sua escolha como o diretor de “Dragão Vermelho” ao criar um universo de muito suspense e que colocava o Hannibal Lecter novamente na sua posição de vilão mais doentio do cinema. E, com “X-Men – O Confronto Final” (um filme que ele aceitou fazer em cima da hora, depois da desistência do inglês Matthew Vaughn), prova que é um diretor que sabe fazer um filme de ação – na minha opinião este é o melhor da série – que não menospreza a inteligência de seu espectador. Apesar de Brett Ratner oferecer à platéia um senso de fechamento à história dos mutantes, o diretor ainda deixa um gostinho de quero mais – o qual é reforçado pela cena que é mostrada após os créditos finais do filme; por isso, nem pense em se levantar da cadeira antes das luzes da sua sala de cinema serem acesas.

Cotação: 9,0

Crédito Foto: Yahoo! Movies



Jornalista e Publicitária


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