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>Todo Mundo em Pânico 4 (Scary Movie 4, 2006)

publicado em:3/06/06 5:39 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Em março de 2006, estreou nas salas de cinema do Brasil, o filme “Uma Comédia Nada Romântica, do diretor Aaron Seltzer, e que se propunha a fazer uma paródia dos filmes de comédia romântica. O filme em questão – que era repleto de situações típicas de comédias escatológicas e de piadas de extremo mau gosto – foi um pequeno aperitivo para os fãs poderem observar o que eles poderiam esperar de “Todo Mundo em Pânico 4”, do diretor David Zucker, a quarta parte da série que se propõe a parodiar os filmes de terror e suspense que fazem sucesso nas bilheterias de todo o mundo.

Mas, qual a surpresa daqueles que chegam a assistir à “Todo Mundo em Pânico 4” ao perceberem que este filme é ligeiramente diferente dos outros que fazem parte da série. Pela primeira vez, são diminuídas as cenas em que as piadas de teor sexual e de temas mais pesados são dominantes. O diretor David Zucker e os roteiristas Craig Mazin, Jim Abrahams e Pat Proft preferem dar ênfase às situações que tiram um pouco de sarro da cara de personalidades diversas do show business.

É justamente neste sentido em que o filme alcança um ápice criativo. Se os atores que interpretam o roteiro de “Todo Mundo em Pânico 4” não o levam a sério e se divertem à beça; o mesmo pode ser dito das personalidades que aparecem na tela sem medo de brincar consigo mesmas. Dr. Phil (que possui um programa de grande sucesso na televisão norte-americana que se propõe a ajudar as pessoas a resolverem seus problemas) brinca com o fato de que ele mesmo pode ser uma fraude e que precise, em alguns momentos, de ajuda também. Charlie Sheen (que, aparentemente, já dormiu com mais de duas mil mulheres e era um dos maiores clientes de Heidi Fleiss, a cafetina mais famosa de Hollywood) também não se importa em ver seus hábitos sexuais expostos no filme. Michael Madsen (o ator preferido do diretor Quentin Tarantino) também não parece se sentir afetado ao adicionar mais um personagem problemático à sua carreira. Entretanto, a tiração de sarro maior acontece em cima do ator Tom Cruise, que já foi o maior astro de cinema do mundo e, desde que se divorciou da atriz australiana Nicole Kidman, vive um inferno astral – pontuado por declarações bizarras e aparições públicas inacreditáveis.

A trama central de “Todo Mundo em Pânico 4” gira em torno de um filme protagonizado por Tom Cruise: “Guerra dos Mundos”, do diretor Steven Spielberg. A terra está sofrendo um ataque de Tripods alienígenas. Como o presidente dos Estados Unidos (Leslie Nielsen) é um paspalho – qualquer semelhança com a vida real não é uma coincidência –, a salvação da humanidade reside nas figuras de Tom Ryan (Craig Bierko, o maior oponente de Russell Crowe em “A Luta Pela Esperança”) e da estrela da série Cindy Campbell (a ótima e hilária Anna Faris) – que, depois de ser estudante e jornalista, agora se dedica aos cuidados de uma senhora idosa e doente numa casa amaldiçoada (trama esta retirada do filme “O Grito”, de Takashi Shimizu).

No meio da trama central são colocadas cenas que parodiam filmes como “Jogos Mortais 1 e 2”, “A Vila” – sobra até mesmo para os oscarizáveis “Menina de Ouro”, “O Segredo de Brokeback Mountain” e “Fahrenheit 11 de Setembro”. E no rol das habituais participações especiais que marcam os filmes da série “Todo Mundo em Pânico”, entram: Simon Rex, Anthony Anderson, Cloris Leachman, Molly Shannon, Bill Pullman, o jogador de basquete Shaquille O’Neal, Carmen Electra, o cantor Chingy, entre outros. E, mesmo apesar da presença recorrente de todos esses elementos na série, “Todo Mundo em Pânico 4” vai soar como uma piada fresca; e não como aquela piada velha e que todo mundo já sabe como vai terminar.

Cotação: 3,0

Crédito Foto: Yahoo! Movies



Jornalista e Publicitária


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