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>O Grito 2 (The Grudge 2, 2006)

publicado em:17/10/06 9:13 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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O cinema oriental virou a indústria oficial dos filmes de terror, tendo em vista que é dos países de lá que vêm as histórias e os diretores deste gênero. A razão por trás disso não é difícil de entender. A fórmula dos filmes de terror norte-americanos (que coloca atores que estão no auge da idade e da beleza para enfrentar assassinos cheios de traumas pessoais e sofrerem uma desfiguração que mais parece uma punição justamente por eles serem tão joviais e lindos) está saturada. As platéias parecem que estão mais interessadas em filmes que mostram um tipo de terror mais próximo – e é justamente isso que os filmes de terror do oriente oferecem: histórias estreladas por gente comum e que enfrentam um medo que pode vir do simples ato de se assistir um filme ou de se oferecer para trabalhar como enfermeira e cuidar de uma paciente no conforto de sua casa. Estas pessoas comuns enfrentam os assassinos representados pelas doces figuras de uma mãe e seu filho. Ou seja, nos filmes orientais, o medo está em qualquer lugar e a ameaça pode estar mais próxima do que você pensa.

Seqüência do sucesso de 2004, “O Grito 2” traz de volta a mesma equipe de diretor e roteirista do primeiro filme: Takashi Shimizu (também o diretor dos filmes japoneses) e Stephen Susco. A estrela de “O Grito”, Sarah Michelle Gellar, faz uma pequena participação especial como Karen, a estudante de intercâmbio vítima da maldição da casa. O roteiro de “O Grito 2” segue a mesma premissa do primeiro filme (quando uma pessoa morre cheia de mágoa ou raiva, se dá início a uma maldição, que acontece no local em que a pessoa morreu e que irá atingir a todos aqueles que entrarem em contato com esse lugar). A diferença é que, na seqüência, existem três tramas “principais”, ao invés de uma única.

Na primeira trama, acompanharemos a irmã mais nova de Karen, Aubrey (Amber Tamblyn, que interpretou a sobrinha de Naomi Watts que morria vítima da maldição em “O Chamado” e que ficou mais conhecida do público brasileiro como a protagonista da série “Joan of Arcadia”), quando ela viaja para o Japão para visitar a irmã que se encontra internada depois dos acontecimentos retratados em “O Grito”. Após a morte de Karen, Aubrey decide investigar o que aconteceu com a irmã – e, para isso, conta com a ajuda de um repórter chamado Eason (Edison Chen).

Na segunda trama, Vanessa (Teresa Palmer), Miyuki (Misako Uno) e Allison (Arielle Kebbel), três estudantes de um colégio norte-americano no Japão, decidem visitar a casa em que se passou os acontecimentos de “O Grito”. Depois de invadirem a casa e de fazerem uma brincadeira de extremo mau gosto, o que se segue é uma série de acontecimentos estranhos na vida das três garotas.

A terceira trama de “O Grito 2” se passa em Chicago, quando a chegada de uma misteriosa moradora faz com que acontecimentos bizarros comecem a ocorrer em um prédio residencial. A história é vista do ponto de vista de uma família que lida com os seus próprios problemas – a chegada da nova esposa (Jennifer Beals, do clássico dos anos 80 “Flashdance – Em Ritmo de Embalo”) do pai viúvo (Christopher Cousins), que enfrenta a resistência do filho mais novo (Matthew Knight).

Ao que parece, Takashi Shimizu não soube como transportar o roteiro de Stephen Susco para a grande tela. Nenhuma das três tramas tem um desenvolvimento adequado e o suspense só começa a aparecer em “O Grito 2” já nos seus momentos finais, quando o diretor resolve unir as três tramas. O problema é que a conclusão da história é muito corrida, com tudo acontecendo de maneira rápida e atropelada. “O Grito 2” é um filme extremamente pessimista e sem nenhuma possibilidade de final feliz. Pelo jeito, esta maldição nunca terá um fim; portanto é bom que os fãs deste tipo de filme esperem por mais continuações.

Cotação: 3,0

Crédito Foto: Yahoo! Movies



Jornalista e Publicitária


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