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>Déjà Vu (Deja Vu, 2006)

publicado em:20/01/07 7:01 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Tadinha da cidade de Nova Orleans. Depois de sofrer, em 2005, com o acidente da natureza que foi o furacão Katrina, que matou 1833 pessoas; o diretor Tony Scott, o produtor Jerry Bruckheimer e os roteiristas Bill Marsilii e Terry Rossio colocam a cidade novamente sob provação no filme “Déjà Vu”. Em meio ao Mardi Gras (o popular carnaval da cidade), um barco cheio de soldados da Marinha e suas famílias é explodido, resultando na morte de 534 pessoas. Uma outra tragédia – dessa vez causada pelas mãos humanas.

É este crime que o agente da ATF (delegacia especializada em assuntos de álcool, tabaco e armas de fogo) Doug Carlin (Denzel Washington) irá investigar. Doug é um homem que trabalha em silêncio, é muito observador e está sempre muito atento à cena do crime e às figuras que nela estão – ou estavam. Podemos dizer que o modo dele trabalhar contrasta muito com o da equipe do FBI – liderada pelo agente Andrew Pryzwarra (Val Kilmer) – com a qual ele irá colaborar.

A equipe de Andrew Pryzwarra (formada pelos atores Adam Goldberg, Elden Henson e Erika Alexander) acrescenta à investigação da explosão um recurso extremamente moderno: um programa de computador que permite voltar no tempo e reproduzir exatamente os atos, gestos e falas do acontecimento em questão. Para não ficarem procurando uma agulha no palheiro, Doug Carlin sugere que eles se fixem na rotina de Claire Kuchever (Paula Patton, que guarda uma semelhança física muito grande com a atriz Halle Berry), moça que – aparentemente – foi mais uma das vítimas da explosão do barco, mas que, para Carlin, é a chave para a solução do crime.

Na medida em que a equipe de Andrew Pryzwarra invade a rotina de Claire, mais Doug Carlin fica envolvido emocionalmente com a garota. Quando a solução do crime chega e eles descobrem o responsável pela explosão – Carroll Oerstadt (James Caviezel) – Carlin toma uma decisão drástica: usar o programa do FBI para voltar no tempo e tentar impedir que o pior – a explosão do barco e a morte de Claire – aconteça.

O diretor Tony Scott vem de dois filmes (“Chamas da Vingança” e “Domino – A Caçadora de Recompensas”) que são muito bons esteticamente e que possuem histórias que são bem contadas. Em “Déjà Vu”, Scott mantém a mesma estética crua que é uma influência direta dos filmes de Michael Mann e do “Cidade de Deus” de Fernando Meirelles e, de início conta uma história que, apesar de confusa em certos momentos (não acredito que ninguém sairá do cinema sabendo ao certo como o programa do FBI realmente funciona), prende a atenção da platéia. No entanto, uma única cena coloca todo o trabalho do diretor por água abaixo. Se está bem claro que o passado não pode ser modificado, em que realidade Doug Carlin se encontra no final? Estaria ele num simulacro, numa realidade virtual ou no mundo que ele deixou? Com a palavra, Tony Scott e seus roteiristas Bill Marsilii e Terry Rossio.

Cotação: 6,9

Crédito Foto: Yahoo! Movies



Jornalista e Publicitária


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