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>Minha Mãe Quer que Eu Case (Because I Said So, 2007)

publicado em:9/05/07 10:30 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Na cena mais importante da comédia romântica “Minha Mãe Quer que Eu Case”, Daphne Wilder (Diane Keaton) fala a seguinte frase: “O amor de mãe é impossível. Me diga aonde ele termina?”. Esta frase define muito bem o relacionamento que se estabelece entre uma mãe e uma filha – e é esse o elemento mais importante do filme dirigido por Michael Lehmann.

Daphne Wilder é uma supermãe, que protege e interfere excessivamente na vida de suas três filhas: Maggie (Lauren Graham, a fantástica atriz do seriado “Gilmore Girls”), Mae (Piper Perabo) e Milly (Mandy Moore, cada vez melhor como atriz). Por mais que suas filhas reclamem, Daphne acredita piamente que a proteção e a interferência são justificadas, afinal ela dedicou toda a sua vida para criar as filhas. E todas elas se deram muito bem, tendo em vista que têm carreiras profissionais bem-sucedidas e são independentes.

No entanto, Daphne tem uma certeza: a de que sua missão ainda não está completa, pois ela não viu a sua filha caçula Milly se casando ou, na melhor das hipóteses, com um relacionamento amoroso fixo. Milly é uma típica jovem que está na casa dos 20 anos, mas é cheia de responsabilidades: tem sua própria empresa (um buffet), seu apartamento, seu carro. A única coisa que ela não controla é a sua vida amorosa, tendo em vista os constantes pares que sua mãe tenta lhe achar.

Daphne ultrapassa todos os limites quando coloca um anúncio num serviço de encontros online para encontrar um “parceiro de vida” para Milly. Ela se deparará com dois candidatos distintos. O primeiro – e preferido da mamãe – é Jason (Tom Everett Scott), um arquiteto rico, bem-sucedido e culto. O segundo é Johnny (Gabriel Macht), um músico e professor nas horas vagas, que divide uma casa confortável – mas não luxuosa – com o pai Joe (Stephen Collins, o patriarca do seriado “7th Heaven”) e o filho Lionel (Ty Panitz). Estes dois personagens masculinos encarnam muito bem os arquétipos: genro que toda mãe sonhou X bad boy que vai machucar o coração da pobre filhinha.

A personagem que a atriz Diane Keaton interpreta em “Minha Mãe Quer que Eu Case” se parece muito com Erica Barry, personagem que ela mesma interpretou em outra comédia romântica chamada “Alguém Tem que Ceder”, da diretora e roteirista Nancy Meyers. Ambas as mulheres desistiram do amor e, quando se vêem diante da velhice, acham que o seu destino já está traçado. As duas mulheres, no entanto, são surpreendidas com as armadilhas do amor, que sempre aparece quando a gente menos imagina. No caso particular de “Minha Mãe Quer que Eu Case”, a procura de Daphne por um amor para Milly, na verdade, é a sua própria busca.

“Minha Mãe Quer que Eu Case” e “Alguém Tem que Ceder” ainda guardam uma outra importante característica em comum. Os dois filmes contam com uma grande atuação de Diane Keaton. É justamente ela – e seu figurino desastroso, que parece ter saído realmente do guarda-roupa da atriz – os melhores elementos de “Minha Mãe Quer que Eu Case”.

Cotação: 6,3

Crédito Foto: Yahoo! Movies



Jornalista e Publicitária


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