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>88 Minutos (88 Minutes, 2007)

publicado em:28/06/07 7:52 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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As primeiras cenas do filme “88 Minutos”, do diretor Jon Avnet, podem enganar bastante. Um homem de meia-idade está em uma festa num bar. Ele acorda, no outro dia, ao lado de uma bela mulher, quando o seu telefone toca. É um detetive de polícia (William Forsythe) que relata para ele a cena de um crime. Seria uma situação completamente normal se não fosse por um mero detalhe: o homem que atende ao telefone não é um policial, muito menos um promotor ou advogado. Ele é um psiquiatra forense, que trabalha para o FBI.

Mas, você deve estar se perguntando, o que ele tem a ver com a cena do crime? Muito. Como veremos nas cenas seguintes, o psiquiatra forense se chama Jack Gramm (Al Pacino, numa boa atuação) e é super famoso na área. O crime relatado no início de “88 Minutos” tem o mesmo perfil dos cometidos por Jon Forster (Neal McDonough), o caso mais famoso pego por Gramm. O assassinato é ainda mais intrigante, pois ocorre no dia em que Forster será executado.

A trama de “88 Minutos” fica ainda mais complicada quando o assassino imitador do estilo de Jon Forster ataca novamente (suas vítimas, curiosamente, são todas mulheres do círculo de conhecimento de Jack Gramm) e ainda faz uma ligação anônima para o psiquiatra forense para dizer que ele tem somente 88 minutos de vida – fato que obriga Gramm a correr feito um louco para desvendar a identidade do imitador e tentar salvar a sua vida e reputação, que está indo por água abaixo na medida em que a condenação de Jon Forster começa a ser questionada.

Num filme como “88 Minutos”, cuja trama acontece quase que em tempo real (numa clara influência da série de TV “24 Horas”), o elemento mais importante é o roteiro. Se ele tem algum furo, tudo dá errado. O de “88 Minutos”, que foi escrito por Gary Scott Thompson (cujos créditos incluem episódios do seriado “Las Vegas” e os dois primeiros filmes da série “Velozes e Furiosos”), vai sendo desenvolvido de maneira correta até chegar ao quarto final, quando o roteirista se rende às obrigatórias reviravoltas chocantes que já fazem parte do gênero do thriller psicológico. Se você decidir ignorar isto, “88 Minutos” é até um filme interessante sobre como a vingança – às vezes – não leva a nada.

Cotação: 4,5

Crédito Foto: Yahoo! Cinema



Jornalista e Publicitária


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