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>Harry Potter e a Ordem da Fênix (Harry Potter and the Order of the Phoenix, 2007)

publicado em:14/07/07 6:51 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Já virou uma rotina. Desde 2004, quando “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, do diretor mexicano Alfonso Cuarón, estreou nas salas de cinema de todo o mundo, críticos e fãs são unânimes em afirmar que os filmes passaram a ter uma trama mais densa e que os personagens estavam amadurecendo. As mudanças vistas em cada um desses elementos, coincidentemente, também trouxeram um aumento na qualidade dos filmes da série – que passaram a ser mais bem executados.

Os roteiros dos dois últimos filmes da série – o já citado “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” e “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, do diretor Mike Newell – dão um enfoque maior ao processo de amadurecimento pelo qual passa o bruxo juvenil mais famoso da literatura e do cinema. No primeiro filme, o vemos com uma personalidade marcante e um tanto rebelde e se deparando com Sirius Black (Gary Oldman), a figura paterna que ele irá adotar. Já no segundo, assistimos à maior provação que o bruxo passou (o torneio Tribuxo), bem como ao seu encontro com o poderoso e temido Lorde Voldemort (numa caracterização assustadora de Ralph Fiennes), aquele que é responsável pela maior dor de sua vida (a morte dos seus pais).

Em “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, filme dirigido por David Yates, Harry (Daniel Radcliffe) está passando por um inferno astral. Desde a trágica morte de Cedric Diggory (Robert Pattinson) no filme anterior, o bruxo juvenil foi consumido pela raiva. Seu futuro em Hogwarts está ameaçado depois que ele aplica um feitiço na frente dos trouxas. Ainda no colégio, sua vida será um inferno e ele se isola de todos – até mesmo daquelas pessoas que mais o amam e só querem ajudá-lo, como os inseparáveis amigos Ron Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson).

Não é só Harry Potter que está passando por mudanças. Hogwarts também passa por transformações. Preocupados com uma possível teoria de que o diretor Alvo Dumbledore (Sir Michael Gambon) está organizando um grupo (a tal Ordem da Fênix a qual o título se refere) para enfrentar a ameaça cada vez maior de Lorde Voldemort, o Ministro da Magia, Cornelius Fudge (Robert Hardy), decide interferir diretamente na educação que os futuros bruxos recebem e coloca uma de suas fiéis escudeiras, Dolores Umbridge (Imelda Staunton, excelente), para não só ensinar a matéria de defesa, como também para ser a nova dona do posto de diretora de Hogwarts.

“Harry Potter e a Ordem da Fênix” vive seu melhor momento quando Harry e sua própria brigada – formada por alunos que decidem quebrar as regras impostas por Dolores Umbridge em Hogwarts e que querem aprender os feitiços para defesa com medo de Lorde Voldemort – enfrentam aqueles que simplesmente ignoram a verdadeira catástrofe que seria um mundo dominado pelo perigoso Lorde das Trevas.

Durante muito tempo, a impressão que eu tive a respeito dos filmes – e, por conseqüência, dos livros – da série Harry Potter era a de que eles eram uma verdadeira enrolação. Eu sempre ficava esperando algo importante acontecer e, de alguma maneira, sempre terminava me decepcionando. Se “Harry Potter e a Ordem da Fênix” não é o melhor filme da série, pelo menos, ele elucida o grande objetivo da série de filmes sobre o bruxo juvenil. Tudo o que assistimos até agora é somente a grande preparação para o inevitável confronto entre Harry Potter e Lorde Voldemort. O que a trama de “Harry Potter e a Ordem da Fênix” mostra – nesse sentido – é que o Harry cheio de raiva seria facilmente derrotado por Voldemort. Harry, para ser um forte oponente, precisa se agarrar àquilo que o Lorde das Trevas não tem: amor e amizade. Que coisa simples, né? Mas, será que a gente não podia pular tudo isto e ir logo ao que interessa?

Cotação; 6,3

Crédito Foto: Yahoo! Movies



Jornalista e Publicitária


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