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>Transformers (2007)

publicado em:23/07/07 8:22 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Uma coisa que o cinema e a literatura sempre fizeram questão de deixar claro é que, por mais que o homem tente se distanciar – e, por conseqüência, se diferenciar – dos robôs, as duas espécies têm muito mais semelhanças do que queremos admitir. Nesse sentido, a trama de “Transformers”, do diretor Michael Bay, que foi escrita pela dupla Roberto Orci e Alex Kurtzman (ex-roteiristas do seriado “Alias” e que trabalharam com Bay no filme “A Ilha”), delineia de uma maneira bem rápida e explicativa os conflitos vividos por dois grupos de robôs: os Autobots (mocinhos) e os Decepticons (vilões), que, uma vez, habitaram o mesmo planeta (que se chamava Cybertron), mas, devido à ganância e a ambição, começaram a brigar, pois os Decepticons querem o domínio do universo.

Este conflito poderia ocorrer muito bem no planeta terra, entre os homens. A luta entre Autobots e Decepticons não é a única a ser retratada em “Transformers”. Através de duas linhas narrativas distintas, Alex Kurtzman e Roberto Orci retratam os lados opostos deste mesmo conflito. De um lado, soldados norte-americanos – interpretados por Josh Duhamel (da série “Las Vegas”), pelo cantor Tyrese Gibson, Amaury Nolasco (do seriado “Prison Break”) e Zack Ward –, que encontram inimigos cujas forças são imbatíveis pela atual tecnologia bélica. De outro lado, o jovem Sam Witwicky (Shia LaBeouf), cuja maior aspiração, no momento, é comprar um carro, que, talvez, faça com que ele chame a atenção da garota mais bela da escola, Mikaela (Megan Fox). Sam, ao contrário dos soldados, enxerga o seu carro – um Camaro amarelo que se transforma em robô – como um ser que tem coração, que tem medo e que merece ser protegido também.

Baseado num popular desenho animado que estreou nos anos 1980, “Transformers” é o exemplo perfeito daquilo que chamamos de cinema-pipoca, ou seja, um filme que é feito sob medida para divertir a platéia. O filme é um pacote cheio para anunciantes e, claro, para o estúdio que o produz. Carros-robôs-bonzinhos fantasiados de automóveis comuns, como um carro de bombeiros e um caminhão. Carros-robôs-mauzinhos fantasiados de automóveis que deveriam nos trazer confiança, como carros de polícia, tanques e helicópteros do Exército. Explosões. Correria. Barulho. Adrenalina pura.

Um prato cheio para o diretor Michael Bay, que não tem vergonha de ser um dos maiores embaixadores do filme-pipoca. E por quê se envergonhar, já que, em “Transformers”, ele dá uma aula de como fazer um filme-pipoca, inclusive ao ter sensibilidade para perceber que a sub-trama que funciona mais é a que coloca o jovem Sam com o seu primeiro carro. São o humor e o carisma de Shia LaBeouf que fazem de “Transformers” um filme, para utilizar uma palavra típica de jovens como Sam, SUPER.

Cotação: 6,5

Crédito Foto: Yahoo! Movies



Jornalista e Publicitária


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