>Primo Basílio (2007)
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A primeira seqüência do filme acontece no teatro, enquanto Luísa (Débora Falabella), seu marido Jorge (Reynaldo Gianecchini) e seu amigo Sebastião (Guilherme Fontes) estão assistindo a uma ópera. Num dos intervalos da apresentação, Luísa – que sempre parece estar em busca de alguém – reencontra o seu primo Basílio (Fábio Assunção), que voltou ao Brasil a trabalho depois de anos vivendo na Europa. No passado, ainda antes de conhecer Jorge, Luísa e Basílio mantiveram um romance.
Luísa tem uma vida sem muitas surpresas. Tem uma casa confortável, comandada por duas empregadas – Joana (Zezeh Barbosa) e Juliana (Gloria Pires) –, um marido amoroso e compreensível. Os momentos mais emocionantes de seus dias acontecem quando ela recebe a visita da amiga Leonor (Simone Spoladore), uma mulher casada como Luísa, mas que se diverte com vários amantes. A volta de Basílio traz novamente para Luísa um pouco daquela sensação de novo – mesmo que o novo, neste caso, seja representado por alguém do passado e com quem suas relações ainda estão mal resolvidas.
Um romance entre Luísa e Basílio começa a ser inevitável, ainda mais depois que o engenheiro Jorge é convocado por Lúcio Costa (um dos responsáveis pela construção de Brasília ao lado de Oscar Niemeyer) para trabalhar na edificação da nova capital do Brasil. Sozinha e carente, é com o primo que ela vai passar esses dias livres e “sem marido”. As coisas fogem do controle de Luísa quando Juliana encontra as cartas de amor trocadas pelos dois e começa a chantagear a sua patroa, com o objetivo de garantir a sua aposentadoria.
“Primo Basílio” é uma aula de como não se fazer um filme. A película é uma série de erros após o outro. A começar, o roteiro de Euclydes Marinho e Rafael Dragaud é muito ruim. A escalação do elenco foi péssima – Débora Falabella que começa tão bem como Luísa, se perde a partir do momento em que sua personagem fica nervosa demais com o jogo de chantagem de Juliana; Reynaldo Gianecchini irrita com seu sotaque; Fábio Assunção é a apatia em pessoa. A direção de Daniel Filho não tem nada de especial. A trilha criada por Guto Graça Mello irrita. Do desastre só se salva mesmo Gloria Pires e sua grande atuação como Juliana.
Cotação: 1,0
Crédito Foto: Yahoo! Cinema