>Cidade dos Homens (2007)
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O filme tem uma trama que dá destaque, principalmente, ao personagem de Douglas Silva e toca fundo na figura do pai. Como sabemos, Acerola e Laranjinha são filhos de pais que não participaram de sua criação. Acerola sempre lidou bem com isso, mas, quando se vê como pai do garoto Cleiton, a situação muda de figura, porque ele, claramente, não está pronto para tal responsabilidade. Já Laranjinha, sempre se ressentiu do fato de que não teve um pai que lhe ensinasse as coisas. Com a proximidade dos seus 18 anos, os dois vão passar por uma grande jornada que tem como objetivo o encontro de uma identidade, através da busca pelas suas origens.
Como não poderia faltar em uma obra como “Cidade dos Homens”, o diretor Paulo Morelli (que trabalhou com Elena Soarez na construção do roteiro do filme) faz uma menção à realidade social em que vivem Acerola e Laranjinha. O morro em que eles residem passa a ser alvo de disputa entre dois antigos camaradas, Madrugadão (Jonathan Haagensen) e Nefasto; e, novamente, veremos aquela constante tentação para quem vive em um ambiente como esse: cair na criminalidade.
O diretor Paulo Morelli não é nenhum Fernando Meirelles; e, muito menos, tenta fazer de seu “Cidade dos Homens” um novo “Cidade de Deus”. O objetivo dele é retratar como é difícil tentar crescer e assumir responsabilidades dentro de um ambiente em que a tensão é algo constante, como a favela. Nesse sentido, o filme cumpre bem o seu papel e faz uma ótima transição da telinha para o cinema. O destaque de “Cidade dos Homens” vai para Douglas Silva, que agarra a oportunidade que teve para mostrar o seu talento. A atuação dele é maravilhosa, especialmente no segundo ato do filme.
Cotação: 6,5
Cidade dos Homens – O Filme (Cidade dos Homens, Brasil, 2007)
Roteirista(s): Elena Soarez, Paulo Morelli
Elenco: Douglas Silva, Darlan Cunha, Rodrigo dos Santos, Camila Monteiro, Naima Silva, Luciano Vidigal, Pedro Henrique, Jonathan Haagensen