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>15 Anos sem Audrey Hepburn

publicado em:7/02/08 5:09 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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O dia 20 de Janeiro marcou o 15º aniversário de morte de Audrey Hepburn e esta é a singela homenagem que prestamos a ela.

Numa cena do clássico “Nasce uma Estrela”, do diretor George Cukor, Norman Maine (James Mason) olha para Esther Blodgett (Judy Garland) – nome artístico: Vicki Lester –, a mulher que ele transformou em uma movie star e, mais tarde, desposou e afirma que as verdadeiras estrelas possuem uma qualidade especial, um algo a mais que as diferenciam dos outros. Audrey Hepburn tinha esse algo mais. Não estamos falando de seu inegável talento e carisma, e sim da qualidade genuína que ela passava através de seus papéis. Com Audrey, o que se via na tela era a realidade. Hepburn tinha uma imagem de “girl next door”, ao contrário das estrelas de aparência inatingível; e, ao mesmo tempo, tinha toda uma aura de glamour, sofisticação e elegância que tanto lhe foram perfeitas para os tipos que interpretou em filmes como “Cinderela em Paris”, “Sabrina”, “A Princesa e o Plebeu” e “Bonequinha de Luxo”.

Muito se sabe a respeito do que Audrey Hepburn passou na Holanda, durante a II Guerra Mundial. Além de deixar marcas permanentes na atriz (a aparência frágil foi conseqüência da desnutrição e da depressão que ela vivenciou neste período), foi nesta adversidade que Audrey encontrou a sua verdadeira vocação. E ela seguiu a arte com louvor e dedicação, emocionando e inspirando a vida de tantas pessoas.

Poucas atrizes tiveram uma carreira tão diversa (com personagens em comédias românticas, westerns, musicais, dramas, filmes de época, entre outros gêneros). Poucas atrizes deixaram tantas imagens icônicas (a cena na Boca da Verdade em “A Princesa e o Plebeu”, a abertura de “Bonequinha de Luxo”, quando ela tenta falar o inglês correto em “Minha Bela Dama”, quando ela dança em um bar cheio de filósofos em “Cinderela em Paris”, quando ela canta “Moon River” em “Bonequinha de Luxo” ou quando ela abre aquele sorriso largo iluminando qualquer tipo de ambiente).

Audrey foi Ana, Jo, Holly, Eliza, Sabrina, Ariane, Susy, dentre tantas outras. Ela é um ícone fashion. Ela é uma das maiores estrelas de cinema de todos os tempos. Entretanto, com certeza, as imagens definitivas de Hepburn são a solidária mulher que retribuiu o que a UNICEF fez por ela no pós-II Guerra Mundial e passou a lutar diariamente por uma melhor qualidade de vida para as crianças africanas; e, principalmente, a mãe amorosa de seus tão sonhados filhos Sean Hepburn Ferrer e Luca Dotti. Foi por eles que Audrey deixou de lado uma vida que nem era tão atrativa assim para ela (afinal, a atriz nunca viveu em Hollywood, preferindo a tranqüilidade de sua propriedade na Suíça) e passou a trabalhar cada vez menos.

Para mim, Audrey Hepburn é mais do que uma atriz favorita. Ela é um exemplo de mulher, um exemplo de vida. É um verdadeiro anjo – não foi à toa que este foi o último personagem que ela interpretou no filme “Além da Eternidade”. O diretor Blake Edwards, que a dirigiu em “Bonequinha de Luxo”, resume tudo o que Audrey significa para aqueles que entraram em contato com sua vida e arte quando diz que: “eu acredito que existem poucas pessoas na vida de alguém e que deixam a impressão de que elas nunca se foram. Eu tenho que me lembrar de que ela não está mais por perto”. Audrey não partiu. Ela vive no coração de todos nós.



Jornalista e Publicitária


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