>Meu Nome Não é Johnny (2008)
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Sim, João nasceu em uma família de classe média alta; teve pais participativos, porém permissivos; inteligente e carismático, se rodeou de um grupo fechado de amigos (interpretados por Ângelo Paes Leme e Rafaela Mandelli) e conquistou uma bela namorada chamada Sofia (Cleo Pires). Após a separação dos pais, a vida de João se transforma: morando com o pai (Giulio Lopes) – que passa os dias trancado dentro do quarto –, o garoto tem uma casa enorme nas mãos, realiza festanças e se entrega ao vício em drogas. Daí para passar ao posto de traficante é um pulo e João só é pego pela polícia por causa de sua ambição (ele começa a fazer transações internacionais).
É esta a história que nos será contada no filme “Meu Nome Não é Johnny”, do diretor Mauro Lima. A obra retrata a vida de João Guilherme Estrella, mas bem que poderia relatar as vivências de outros tantos jovens de classe média alta que são presos como traficantes de drogas. No entanto, o que torna este filme interessante é que João é a exceção de uma regra. Ele foi um sobrevivente e conseguiu se recuperar mesmo estando no ambiente auto-destrutivo das prisões brasileiras e, depois, num manicômio judicial. Isto está muito bem representado pela frase da escritora francesa Marguerite Yourcenar que Estrella lê em um cartão de Natal e que diz: “O verdadeiro lugar do nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos”.
Cotação: 6,3
Meu Nome Não é Johnny (Meu Nome Não é Johnny, Brasil, 2008)Diretor(es): Mauro Lima
Roteirista(s): Mariza Leão e Mauro Lima com base no livro de Guilherme Fiúza
Elenco: Selton Mello, Cléo Pires, Cássia Kiss, André de Biase, Ângelo Paes Leme, Rafaela Mandelli, Gillray Coutinho, Luis Miranda, Aramis Trindade, Kiko Mascarenhas, Flavio Bauraqui, Orã Figueiredo, Hossein Minussi, Ivan de Almeida, Flávio Pardal