>MEME: Filmes Subestimados
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Aproveito para repassar esse mesmo MEME aos seguintes colegas blogueiros: Weiner (“A Grande Arte”), Marcus Vinícius (do “Caminhante Noturno Cinema”), João Paulo (“Cine JP”), Cassiano (“Museu do Cinema”) e Ramon e Rogério (“Cinema em Casa”).
São eles:
– “A.I. – Inteligência Artificial” (Artificial Intelligence: A.I., 2001, dirigido por Steven Spielberg)
Um projeto que foi acalentado por 21 anos pelo aclamado diretor inglês Stanley Kubrick, “A.I. – Inteligência Artificial” acabou sendo realizado – por sugestão do próprio Kubrick – por Steven Spielberg. O filme conta a jornada do robô David (Haley Joel Osment), que passa a morar com a família Swinton, que sofre com o coma irreversível do filho. A trama sofre um revés quando a criança dos Swinton acorda e volta ao lar. Com ciúmes do amor que é dado ao pequeno robô, Martin (Jake Thomas) consegue fazer com que os pais abandonem David à sua própria sorte. É a partir daí que se tem início ao caminho que David tenta percorrer de forma para que ele se transforme num ser humano de verdade, com sentimentos genuínos e reais. “A.I. – Inteligência Artificial” é uma história de amor diferente, com toques de ficção científica, humor e cenas inesquecíveis; além de ser uma das melhores – e mais subestimadas – obras de Spielberg.
Produzido pela dupla Marshall Herskovitz e Edward Zwick (que também são responsáveis pelo excelente seriado “Once and Again”), “Em Luta Pelo Amor” é um dos meus filmes de romance favoritos – pois tem uma história linda, cenas marcantes (especialmente o final) e uma produção caprichadíssima. A história se passa em Veneza (Itália), aonde Veronica Franco (Catherine McCormack) se apaixona por Marco Venier (Rufus Sewell). No entanto, como ele é de uma família rica, a mesma se opõe a um possível casamento entre os dois. Veronica, então, escolhe o único caminho possível para a sua vida e se torna cortesã, vivendo romances com alguns dos homens mais poderosos da cidade. O roteiro ainda tem como pano de fundo a influência da Igreja Católica e a Santa Inquisição, que exerce um papel importante no desfecho do filme.
As obras produzidas, nos anos 90, pelo diretor e roteirista Woody Allen ficaram meio que esquecidas no tempo. O caso particular de “Todos Dizem Eu Te Amo” é quase alarmante, já que este musical cheio de nostalgia é um dos filmes mais deliciosos da última década. No filme, iremos entrar em contato com os casos de amor de membros de uma mesma família. Iremos de Nova York à Paris numa verdadeira celebração à felicidade e ao amor. O elemento que eu mais gosto no filme são os números musicais, que (salvo no caso de Drew Barrymore) foram interpretados pelos próprios atores. O resultado: danças desengonçadas, vozes imperfeitas, mas que resultam em cenas que nos deixam com um sorriso no rosto e reforçam a sensação de que estamos assistindo a pessoas reais na tela.
Esta obra baseada no livro de David Benioff ficou conhecida como o primeiro filme a ser rodado em Nova York após o 11 de Setembro, por isso muitos dos diálogos da película refletem as mudanças vividas pelos habitantes da cidade após os atentados terroristas. Spike Lee realiza uma de suas obras mais maduras ao contar a história de Montgomery Brogan (Edward Norton, em uma das melhores atuações de sua carreira), um traficante de drogas, que – em sua última noite de liberdade – coloca em termos as relações com os amigos (Philip Seymour Hoffman e Barry Pepper), a namorada (Rosario Dawson) e seu pai (Brian Cox). “A Última Noite” é um filme feito de grandes performances, um bom roteiro, uma edição arrojada e uma trilha sonora marcante de Terence Blanchard.
Entre “Seven – Os Sete Pecados Capitais” e “Clube da Luta”, David Fincher realizou essa pequena obra-prima, que conta a história de Nicholas Van Orton (Michael Douglas), um homem solitário e que ganha de presente de aniversário do irmão (Sean Penn) a oportunidade de brincar com um jogo extremamente real e que mexe com a cabeça de seu participante. Em “Vidas em Jogo”, encontramos alguns dos traços marcantes dos filmes de David Fincher, um diretor que nos transporta completamente para a realidade na qual seu filme está inserido.