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Hancock

publicado em:9/07/08 10:36 PM por: Kamila Azevedo Cinema

John Hancock (Will Smith, deixando de lado uma de suas características principais: o carisma) está aí para mexer com a imagem que possuímos dos super-heróis. Ele não é um cara que segue as regras, que é certinho, que é confiável e que nos passa a sensação de segurança. Pelo contrário, Hancock é aquilo que poderíamos chamar de anti-herói, afinal nas suas missões na cidade de Los Angeles, ele aparece – quase sempre – bêbado, além de ser ríspido com as pessoas e causar danos enormes ao patrimônio público. Por esta razão, os habitantes de L.A. clamam pela saída de Hancock de suas ruas.

 

O filme “Hancock”, do diretor Peter Berg, se apóia numa dinâmica das mais interessantes. Se existem profissionais especializados no cuidado da imagem de produtos, empresas e pessoas, por quê não usar o conhecimento que eles possuem para ajudar o nosso anti-herói a melhorar a sua imagem e a ser visto como alguém querido e esperado pela sociedade? É aí que entra o relações públicas Ray Embrey (Jason Bateman, ótimo), que auxiliará Hancock na maior batalha que ele irá travar: a da mudança de comportamento e de hábitos que ele carrega consigo por toda a sua vida para que as pessoas possam, finalmente, enxergá-lo por aquilo que ele é de verdade: um herói, alguém que está aqui para nos ajudar.

 

Seria muito bom se o roteiro de “Hancock”, que foi escrito por Vy Vincent Ngo e Vince Gilligan, continuasse colocando o foco no relacionamento entre o anti-herói e Ray – fato que dava ao filme um tom perfeito que misturava comédia à ação. No entanto, nem o diretor Peter Berg nem a edição de Colby Parker Jr. e Paul Rubell conseguem disfarçar o maior problema da trama de “Hancock”: a personagem Mary Embrey (Charlize Theron), esposa de Ray. Você sabe que existe algo de estranho nela quando ela solta olhares meio enigmáticos para Hancock. Porém, o que não dá para aceitar é o que se encontra entre a grande revelação do filme e o seu ato final – que, diga-se de passagem, é muito bom. Neste caso, não custava nada pedir ao diretor que alongasse um pouco mais os 92 minutos de “Hancock” para que esta personagem fosse melhor construída e para que nós entendêssemos melhor as suas motivações.

 

Cotação: 7,4

 

Hancock (Hancock, 2008 )

Diretor: Peter Berg

Roteiro: Vy Vincent Ngo e Vince Gilligan

Elenco: Will Smith, Charlize Theron, Jason Bateman, Brad Leland, Jae Head



Jornalista e Publicitária


Comentários


Ainda não assisti, mas gostei da premissa, parece interessante.
Li uma crítica dizendo que o filme tem uma primeira parte muito boa, mas a partir do momento que começam as cenas de ação a história se complica.

Até mais.

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Kamila, li na página principal do UOL que de 50 países em que estreou, “hancock” foi líder em 47! Que coisa louca! Mas o Will Smith tem dessas mesmo, o nome dele faz o filme ganhar um pouco mais de atenção. Estreou aqui, mas eu tenho adiado a sessão por motivos “que só Deus sabe”…
E eu já esperava algo do tipo “roteiro fraco”, porque a originalidade é tanta, que merecia um mestre para conduzí-lo. O que não se encaixa ao tentar descrever a dupla responsável.
E se tem um “ato final” grandioso, acho que já vale a assistida, né?
Uma boa noite e um abraço!

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É, eu nao gostei muito do filme. Na critica que fiz ate falo desse mau desenvolvimento do personagem da Charlize Theron, mas tanto Jason Bateman quanto Will Smith estão ótimos em seus respectivos papeis.

No entanto, o maior problema do filme é a direção de Peter Berg, que tenta se utilizar da mesma prática que ele usa em sua série Friday Night Lights, obtendo um resultado interessante e original, mas em Hancock ele se perde por não saber enxergar certos detalhes que passam para o espectador.

Abraços.

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Eu ia assistindo hoje, mas fiquei com Wall-e e não me arrependi. Vou dar uma chance pra Will Smith e o verei no cinema, sua crítica nem me desencorajou tanto, apesar do meu pé atrás com ele… hehehe

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Acho que ninguém é mais carismático na indústria do cinema do que o Will Smith e isso é fundamental para que o público assista seus filmes (ele sempre garante o sucesso de suas produções), por isso foi um tanto arriscado aceitar um personagem longe daquilo que estamos acostumados em relação ao ator. De qualquer forma o sucesso de bilheteria mostrou novamente seu poder e estou praticamente certo que “Hancock” é um filme ao menos divertido. Abraço!

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Sinceramente? Eu odiei esse filme. A história não tem base nenhuma de ser, os personagens são deixados de lado quando mais era preciso aprofundá-los, algumas piadas do início são idiotas (o que é aquilo da cabeça na bunda?), por trás da “diversão”, o filme forja uma emotividade que não me convenceu, a reviravolta é sem pé nem cabeça, Charlize Theron é muito mau aproveitada e o final é ridículo e mau contado. Sem falar que as relações problemáticas entre os personagens são esquecídas pelo roteiro de uma hora para a outra, como se nada tivesse acontecido. Ainda bem que esse filme só tinha 92 minutos. Pra mim pareceram mais!

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Olha Kamila, eu achei a premissa desse filme muito legal, quebrando os paradigmas dos herois, como vc falou. Mas ainda nao tive tempo de ir aos cinemas.Esse tipo de filme deve ser visto na telona neh…vou tentar achar um tempinho.

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Não me empolguei com esse filme Kamila, não é a toa que tá fazendo o maior sucesso nos EUA.

Agora, vc foi ao cinema esperando densidade das personagens nesse filme?

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Hugo, como eu disse no texto, acho que o filme se complica a partir do momento em que se revela algo sobre a personagem da Charlize Theron.

Weiner, o sucesso desse filme só prova que Will Smith é o maior astro de cinema da atualidade. Abraço!

Vinícius, concordo com a primeira parte de seu comentário. Não acho que a direção do Peter Berg seja o maior problema aqui, e sim a falta de identidade de “Hancock”. O que esse filme quer ser? Eu não sei! Abraço!

Robson, o Will Smith é assim mesmo. Tem carisma demais e a gente quer ir assistir aos filmes dele no cinema.

Vinícius, concordo com tudo o que você disse a respeito do Will Smith. E “Hancock” é um filme divertido sim, especialmente em seu primeiro ato. Abraço!

Rafael, entendo seu desapontamento com o filme. Muitos dos elementos que você citou me incomodaram profundamente também.

Rogerio, foi essa premissa diferente, além da presença do Will Smith, que me atraíram para “Hancock”. Eu veria o filme no cinema, mas ele funcionará bem em DVD também.

Cassiano, o filme faz sucesso nos EUA por causa do carisma do Will Smith. O povo adora o cara! E juro que esperava um roteiro decente, já que a premissa do filme era muito boa.

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devo ve-lo essa semana e confesso estar empolgado.. o trailer me divertiu, apesar de não estar mutio convivente que um anti-heroi fosse interessante para um filme, depois de já terem feito produções excelentes com a mesa tematica como por exemplo em”os incriveis”…. porem o trailer me empolgou…rs
Will Smith é o cara de arrebentar em bilheterias… pode se esperar diversão nos filmes em que atua.. só não ficar tentando algo novo como por exemplo em “a busca da felicidade” que é bem bobinho….
Não espero um roteiro bem estruturado e tal… e sim cenas engraçadas e efeitos especiais maneiros.. talvez, por isso possa gostar mais do filme do que vc gostou, Kamila, já que vc destacou a falha que o filme tem no roteiro…
Beijos!!!!

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Cassiano, acho que posso aprender um pouco com você nesse sentido: de não esperar algo mais profundo de filmes que possuem o único objetivo de entretar.

Rodrigo, mas “Hancock” é totalmente diferente de “Os Incríveis”. E eu amo “À Procura da Felicidade”, acho um filme belíssimo, um dos maiores acertos da carreira do Smith. Vamos ver sua opinião sobre o filme, assim que o assistir. 🙂
Beijos.

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Bom, muito bom saber que Hancock (adoro Will Smith) é um bom filme. Esperava muito pelo filme mas até agora não consegui assistir. E ainda tem Wall-E na frente…

Abraço!!!

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Ixxx, que enigmático esse problema!
Gostei por você ter evitado o spoiler. Mas já consigo imaginar o grau do defeito. Realmente, esse tipo de coisa acontece em alguns filmes.

Ótimo post! Vou asssistir quando chegar ás locadoras.

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Pedro, é um bom filme, mas com falhas feias e notáveis! Abraço!

Ramon, seria melhor expor meu ponto de vista se tivesse colocado o spoiler, mas não dava para estragar a surpresa de quem ainda não assistiu ao filme. 🙂

E, obrigada!

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Ah, eu achei esse filme tão ”qualquer coisa” que nem comentei em lugar nenhum. Respeito todos que gostaram, mas decididamente eu tenho problemas com Will Smith. Sei que Kami o adora =D, mas acho o cara muito convencido, sei lá. Força o tempo todo em À Procura da Felicidade e aqui, neste Hancock, ele está muito ruim. Em verdade, acho que o roteiro o prejudicou seriamente! A premissa já me sôou estranha e tudo no filme é estranho… nem od efeitos visuais eu achei 100% corretos.

No entanto, repito: o problema está comigo, já que devo deixar esta antipatia com Smith de lado antes de assistir qualquer coisa estrelada por ele. Mas é difícil pra mim…

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Kau, não tenho problema algum com Smith. Acho que ele, além de talentoso, é carismático e sabe escolher a dedo seus projetos – mesmo tendo errado levemente com este “Hancock”. Concordo que o roteiro aqui o prejudicou demais. A gente não vê as características comuns a outros papéis do ator e o filme fica forçado demais após ser revelado o segredo da Charlize Theron.

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