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Controle Absoluto

publicado em:9/10/08 8:33 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Quando escreveu o romance “1984” e criou o personagem Grande Irmão (ou Big Brother, se preferirem), George Orwell nunca deve ter imaginado que esta realidade um dia poderia ser possível. Hoje em dia, a alta tecnologia permite o fácil monitoramento dos seres humanos. Por exemplo: vivemos em cidades monitoradas por câmeras de segurança; nossas conversas telefônicas podem ser rastreadas; nossos hábitos, gostos e perfis podem ser descobertos a partir da análise dos sites que visitamos na Internet. É nesta realidade que se passa a trama do filme “Controle Absoluto”, do diretor D.J. Caruso.

 

Um jovem rapaz chamado Jerry Shaw (Shia LaBeouf, que trabalhou com Caruso em “Paranóia”) e uma mãe solteira chamada Rachel Holloman (Michelle Monaghan) são marionetes do jogo de alguém que sabe tudo sobre eles e que arquiteta uma situação em que os dois são os alvos mais procurados pelas autoridades, pois estes suspeitam que o par é membro de uma célula terrorista que conspira uma série de assassinatos políticos.

 

O roteiro escrito por John Glenn, Travis Wright, Hillary Seitz e Dan McDermott tem algumas sacadas muito interessantes. Ao colocar no microscópio duas pessoas com problemas mais que comuns (Jerry acaba de perder o irmão gêmeo e vive com dinheiro contado mensalmente, enquanto Rachel tem que se dividir entre trabalho e maternidade, pois o ex-marido é totalmente irresponsável), eles nos mostram que a situação pela qual os protagonistas passam poderia acontecer comigo ou com você.

 

No entanto, “Controle Absoluto” começa a perder o fio da meada quando adota uma solução previsível demais para a pergunta “quem está por trás das vozes que comandam as ações de Jerry e Rachel?”. Os roteiristas acabam repetindo os mesmos erros vistos em “Stealth – Ameaça Invisível” e, no final, “Controle Absoluto” fica como um filme de ação muito bem feito (prestem atenção ao trabalho de edição de som e de efeitos visuais, que é excelente e poderia ser lembrado na temporada de premiações), mas com roteiro extremamente falho.

 

Cotação: 7,3

 

Controle Absoluto (Eagle Eye, 2008 )

Diretor: D.J. Caruso

Roteiro: John Glenn, Travis Wright, Hillary Seitz e Dan McDermott (com base na história de Dan McDermott)

Elenco: Shia LaBeouf, Michelle Monaghan, Rosario Dawson, Michael Chiklis, Ethan Embry, Billy Bob Thornton



Jornalista e Publicitária


Comentários


Eu me interesso muito pela premissa deste filme. E se tiver, de fato, este paralelo entre ”1984”, acredito que irei gostar. Shia vem aparecendo demais em Hollywood né?! Será que ele tem futuro?

Bjos.

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Filmes do estilo de Controle Absoluto precisam de um roteiro, se isso não existe, sei não… Acho difícil gostar do filme.

Abraço!

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Kau, eu assisti ao filme justamente por causa da premissa, que é interessantíssima, mas me decepcionei um pouco com o final, como comentei. E o Shia, definitivamente, tem muito futuro – especialmente se mantiver a cabeça no lugar e o nome longe de confusões. Beijos!

Pedro, exatamente!!! Mas, o filme consegue prender a atenção. Abraço!

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Kami e Pedro, mas ele já foi detido uma vez por dirigir alcoolizado, hahahahahaha. Tb acho ele um ator novo e notável, mas ele deve se comportar! Hahahahahahaha.

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Kau, ele foi liberado dessas acusações. Além disso, possui um ponto a favor: o talento e o fato de que é visto como o protegido de Spielberg.

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Rafael, “Controle Absoluto” é um filme que cumpre seu papel até o final, que foi a parte que me desagradou mais.

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Como já disse outras vezez, estou um tanto cansado da cara o Shia LaBeouf, ele tá em tudo que é filme (sem falar nas participações em premiações e etc)! Para mim sua imagem já está um tanto desgastada e olha que ele surgiu há uns 2 anos só no cenário cinematográfico. Mas sua crítica me animou e eventualmente devo ver esse “Controle Absoluto”.

Abraço!

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Vinícius, realmente o Shia LaBeouf está em todas. Ainda não consegui cansar um pouco dele, porque gosto dele, acho que ele tem talento e carisma. Abraço!

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Tem uma premissa bem interessante. Não estava com vontade de assistir, mas agora até bateu uma curiosidade.

Adorei a comparação com ‘1984’, tenho muita vontade de ler esse livro, acho que vai ser o próximo que vou ler quando acabar ‘Criancinhas’.

Bju

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Gostei da idéia. Sua resenha me faz esperar um pouco mais do filme. Pensei que fosse mais bobinho. No entanto essa falha de roteiro deve ser grave, já que em todo o resto o filme parece ser muito bem feito.

Bom final de semana!

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Nao me impressionei com esse Shia LaBeouf, tambem pudera, soh o vi naquele papel engracado (pra mim) em “Indiana Jones”. E falam tao bem dele.. Nao vejo graca.

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Acho que o Shia só precisa escolher melhor seus projetos. McAvoy, por exemplo, é mestre nisso! Se bem que ele já é um pouco mais velho (5, 6 anos, ou algo do tipo).

Abraços!

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Marcel, a premissa do filme é mesmo interessante. Também nunca li “1984”, apesar de sempre ter tido curiosidade em ler a obra. Beijos!

Ramon, não diria que a falha no roteiro estraga o filme, mas, com certeza, decai a qualidade de algo que estava indo até bem. Bom final de semana para você também!

Romeika, eu acho o Shia LaBeouf um ator muito talentoso. Acho que ele tem potencial para se tornar uma grande estrela de cinema.

Pedro, concordo com sua afirmação. E você está certo: o Shia é novo, ainda vai crescer bastante. O tempo vai mostrar para ele aquilo em que ele é mais forte. Abraços!

Cassiano, exatamente! Os dois são duas grandes apostas da indústria cinematográfica atualmente.

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Olá, Kamila! Tdo bem?

Quero muito ver esse “Controle Absoluto”, parece ser um bom filme de ação que prende as pessoas na cadeira. Adoro estes tipos de filme. O Shia tem futuro, acho que ele tem carisma e gostei dele no “Indiana Jones”.

Fique bem. Beijos!

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Não sei como aborda-lo. Alguns recomendam, outros descem o pau. E outros mantém-se neutros. De qualquer forma, acho que deve divertir. E LaBeouf é um bom ator.

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Mayara, tudo bem, obrigada. E com você? “Controle Absoluto” é um bom filme de ação, que prende a atenção, mas tem um final muito chato. E eu adoro o Shia. Beijos!

Wally, acho que, no final, é melhor deixar para ver este filme no DVD mesmo.

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Kamila, vi o trailer do longa recentemente nos cinemas e confesso que existe uma coisa que me despertou o interesse: a voz feminina que comanda os personagens. Estragaria alguma surpresa se você me tirasse a dúvida de qual atriz é aquela voz ameaçadora?

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Alex, eu fiquei esperando nos créditos para ver se tinha o nome da voz misteriosa, mas não apareceu. Nem no IMDB consegui encontrar o nome, mas a voz se parece muito com a da Sandra Oh, não acha???

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Kamila, errada! Eu revi o trailer e consegui desvendar de quem é a voz: trata-se de Julianne Moore! É, até eu fiquei surpreso! Eu sabia que conhecia aquela voz!!!

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Kamila, gosto muito do seu blog, visito frequentemente, mas nessa resenha notei uma coisa estranha no seguinte trecho:

“No entanto, “Controle Absoluto” começa a perder o fio da meada quando adota uma solução previsível demais para a pergunta “quem está por trás das vozes que comandam as ações de Jerry e Rachel?”.

Você estava se referindo à Inteligência Artificial, não é?
Não entendi o por que de você ter considerado isso previsível se essa é a base do filme todo.

O filme é sobre I.A. É sobre devermos ou não deixar a nossa segurança nas mãos de um “computador”. O próprio nome do filme (em inglês) deixa claro sua referência no enredo.

É a mesma coisa que dizer que um filme de assassinato ter um assassino é previsível demais…

Do jeito que você fala parece que nem o diretor sabia a resposta dessa pergunta até o meio do filme.

A ideia é essa: a I.A considera o ato do “governo” um atentado contra a nação e inicia a Operação Guilhotina.

Só a I.A poderia agir com tanta “frieza” assim de dar início ao efeito dominó que ocorre no filme inteiro.

Talvez você possa dar uma outra resposta melhor à essa pergunta…
Pessoas (sem livre-arbítrio)? Ou ET’s? Realmente não entendi.

Me desculpe, mas acho que ou você não entendeu o filme inteiro ou dessa vez você apenas quis achar alguma coisa pra criticar…

Ah, e quando Orwell escreveu 1984 ele imaginava SIM que esta realidade seria possível. Ele temia que os avanços tecnológicos acabassem com a privacidade do indivíduo.

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