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Em Paris

publicado em:14/10/08 1:49 AM por: Kamila Azevedo Cinema

Toda a trama de “Em Paris”, filme escrito e dirigido por Christophe Honoré, se passa no dia 23 de Dezembro. O roteiro utiliza a rotina diária de dois irmãos para fazer um contraste entre os momentos de vida distintos que eles estão experimentando. E, apesar das diferenças, este será um dia em que eles estarão mais próximos do que nunca.

 

Paul (Romain Duris) deixou a capital francesa para viver no interior ao lado da namorada Anna (Joana Preiss) e do filho dela, Loup (Lou Rambert-Preiss). Ele enfatiza que tomou essa decisão muito mais para ficar longe do pai (Guy Marchand) e do irmão Jonathan (o encantador e talentoso Louis Garrel) do que para aproveitar a chance de viver um grande amor. Quando o relacionamento acaba, Paul entra em depressão e volta ao convívio daqueles que queria ver longe.

 

É a partir daí que Christophe Honoré lança a grande mensagem contida no seu filme. “Em Paris” fala muito sobre a vontade que temos de ajudar aqueles a quem amamos quando estes se encontram num momento de crise. Ao mesmo tempo, nos mostra que, na ânsia de ajudar, podemos acabar piorando a situação – já que cada pessoa tem seu próprio tempo para analisar, refletir e superar os momentos de tristeza profunda.

 

Tanto cuidado de pai, mãe ausente (Marie-France Pisier) e irmão mais novo é justificado pelo fato de que a única filha e irmã da família cometeu suicídio aos 17 anos. O medo aparente de perder Paul justifica toda a preocupação que vemos em tela. “Em Paris” só reforça a idéia de que basta a coragem e a liberdade para se ter uma conversa franca com aqueles que amamos para que se dê o espaço, para que se saiba o que fazer melhor e para que se veja qual a melhor ajuda possível em uma situação como essa. Tão simples, né?

 

Cotação: 6,5

 

Em Paris (Dans Paris, 2006)

Diretor: Christophe Honoré

Roteiro: Christophe Honoré

Elenco: Romain Duris, Louis Garrel, Joana Preiss, Guy Marchand, Marie-France Pisier



Jornalista e Publicitária


Comentários


Os outros blogueiros falam tanto deste filme que até mesmo tenho vontade de ver. Mas não parece reservar grandes surpresas, talvez pela simplicidade do roteiro.

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Alex, o filme realmente não reserva grandes surpresas. É uma obra simples, porém muito boa de se ver.

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Certamente um bom exemplo do que se tem feito nos últimos tempos em França. A seguir à Grã-Bretanha, deve ser o país europeu mais produtivo cinematográficamente.

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Melodrama barato?
Apesar de você dizer que é obra é boa de se ver, vou postergar indeterminadamente.

Abs!

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Humm, quero assistir, me pareceu interessante, gosto muito de filmes franceses…

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Kami, fiquei espantado com a sua nota. Vc é a primeira pessoa que vejo dar um 6,5. Algumas chegaram perto de 9,0! Agora eu começo a me preocupar… rs.

Um dia, se Deus quiser, chega aqui, hahahahahahahahahahahaha!!!!!!!

Bjos.

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Red Dust, você se esqueceu de citar, em seu comentário, a Itália, um outro país europeu que possui uma forte produção cinematográfica – e de qualidade, o que é ainda melhor.

Ramon, o filme não é um melodrama barato. É umra obra muito simples e boa de se assistir. Eu recomendaria que você visse o filme. Abraços!

Guiki, eu também gosto muito de filmes franceses. Se conseguir assistir, espero que goste de “Em Paris”.

Kau, não se preocupe. São apenas opiniões divergentes. É um bom filme, mas não é algo extraordinário. Beijos!

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Gosto dos protagonistas, principalmente do Garrel, lindo rsrsrsrs… Gostei da tematica do filme.

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É um filme itneressante mas não é nenhuma obra-prima. Gostei da forma como Paris (cidade onde vivi 7 anos) foi filmada.

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Romeika, o Garrel é meu favorito também. Além de talentoso, é um colírio! rsrsrsrsrsrssrsrsrsrsr

Victor Afonso, exatamente!

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Kamila, como eu escrevi em minha crítica, “Em Paris” não tem grandes atrativos, mas é um filme bem agradável, que vale pelos atores!

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Eu simplesmente adorei “Em Paris”, foi o melhor filme francês que vi no último ano – sempre tento ver produções de lá pois nunca me decepcionam. O Christophe Honoré está cada vez melhor e isso pode ser observado em “Canções de Amor”, com Garrel novamente muito bem – apesar de preferir o Romain Duris aqui.

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Matheus, e eu concordo totalmente com seu comentário!

Vinícius, eu quero muito ver “Canções de Amor”, ainda mais depois do texto que você escreveu em seu blog.

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[…] no amor. A maioria de suas obras, pelo menos aquelas que chegaram aos cinemas brasileiros, como “Em Paris” e “Canções de Amor”, nos colocam diante de personagens que estão tentando encontrar uma […]

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