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Gomorra

publicado em:20/03/09 12:11 AM por: Kamila Azevedo Cinema

Em 2006, o jornalista italiano Roberto Saviano lançou “Gomorra”, um livro que foi o resultado de anos de trabalho dele cobrindo e expondo as relações territoriais e comerciais da Camorra, uma poderosa organização mafiosa da região de Nápoles. Em consequência disso, Saviano passou a receber várias ameaças de morte e vive sob constante proteção policial – o jornalista teve até que se mudar de seu país natal, a Itália, por não desejar viver como um preso, cheio de limitações.

 

É justamente este livro que serve como base para o roteiro de “Gomorra”, filme dirigido por Matteo Garrone. Nele, encontraremos a reunião de cinco histórias que se entrelaçam mostrando relações de poder, dinheiro e sangue (os valores nos quais a organização Camorra se apoia, de acordo com Roberto Saviano). Em comum entre os personagens é o fato de que a entrada no mundo da máfia é descrita como inevitável, apesar de ser muitas vezes marcada pelo acaso – exceto no caso dos dois amigos que, deslumbrados com a possibilidade de poder que ser um criminoso oferece, se jogam com muita arrogância neste mundo, ao quererem dar uma de mais espertos em cima de pessoas que, claramente, não são confiáveis.

 

Indicado ao Globo de Ouro 2009 de Melhor Filme Estrangeiro (o filme ficou de fora da lista da categoria no Oscar 2009), “Gomorra” é um longa que, em muitos elementos, lembra a obra “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles. A película italiana, assim como a brasileira, mostra a crua – e dura – realidade da ascensão do crime em determinadas comunidades e, especialmente, relata todos os desdobramentos sociais e econômicos que as atividades desenvolvidas pelos grupos que controlam tais lugares possuem. A diferença é que “Gomorra” não causa o mesmo impacto que “Cidade de Deus”.

 

Cotação: 6,5

 

Gomorra (Gomorra, 2008)

Diretor: Matteo Garrone

Roteiro: Maurizio Braucci, Ugo Chiti, Gianni di Gregorio, Matteo Garrone, Massimo Gaudioso e Roberto Saviano (com base no livro deste último)

Elenco: Salvatore Abruzzese, Toni Servillo, Carlo Del Sorbo, Salvatore Cantalupo, Carmine Paternoster, Ciro Petrone 



Jornalista e Publicitária


Comentários


Kamila, o meu interesse em “Gomorra” surgiu quando estava acompanhando as notícias sobre a reclusão de Roberto Saviano devido as ameaças de morte que ele anda recebendo por causa da publicação de “Gomorra” (lembro-me que foi confirmado que ele seria assassinado no natal passado – ainda bem que nada aconteceu). Estou pensando em vê-lo assim que encontrar no DVD, mas me preocupa que, apesar de você não ter mencionado isto, muitos estão falando que ele tem graves problemas de edição. Beijos.

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Ainda não tive a oportunidade de conferir “Gomorra”, mas pela semelhança que você se referiu a “Cidade de Deus”, aumentou minha curiosidade sobre a possível qualidade do longa.
Espero ansioso pelo dvd.

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Acho que pelos fios narrativos não arrumarem onde se prender, a trama fica confusa. Achei bom, mas esperava bem mais.

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Eu vejo que as pessoas, tem uma grande indecisão por este filme, muitos gostam como o Sergio, e outros acham bem bobinho!
Vou conferir apenas em DVD!

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Fiquei espantado pela repercussão do livro. O filme, pelo que li, deve ser mediando. O que não tem nada a ver com ‘Cidade de Deus’ que é demais.

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Olá, Kamila! Tudo bem?

Pelo jeito, parece que é de esperar mais de “Gomorra”. Verei logo no fim do mês, quando está previsto o lançamento do DVD. 😉

Beijos e tenha um ótimo fim de semana! 😉

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Olá Kamila!

Que bom que não sou o único que achou esse filme superestimado. Apesar de ter um clima realista, achei Gomorra pretensioso e maçante. Aquele monte de subtramas que se entrelinham subjetivamente, além de não ter empatia alguma, deixam o filme confuso. Ele tenta ser cult, tenta ser um filme-denúncia e acaba não sendo nem um, nem outro…

abs.

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Nossa, não gosto de comparações Kamila, mas Gomorra é tão impactante quanto Cidade, é mais cru, por isso até tem mais impacto, em alguns momentos fiquei mau no cinema.

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Apesar de não ver nada da genialidade que muita gente enxergou, acho que gostei de “Gomorra” um pouco mais do que você. Acho que todos os núcleos são muito bem trabalhos e o resultado final é satisfatório – mas nada brilhante como “Cidade de Deus”, claro.

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Kami, permita-me discordar. Achei o filme magnífico e, apesar de concordar que a abordagem é parecida com a de Cidade de Deus, acho a fita italiana MUITO mais impactante.

Ótimo fds! Beijos!

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Alex, eu acho que o filme tem mesmo problemas de edição. E a história nunca chega a nos empolgar.

Jeniss, depois quero ler suas opiniões sobre o filme. Abraço!

Brenno, obrigada. Vou lá conferir! Beijos!

Gustavo, apesar das semelhanças, acho “Cidade de Deus” um filme BEM melhor que “Gomorra”.

Pedro, eu também! E concordo totalmente com teu comentário.

Cleber, nesses casos, então, é melhor conferir o filme e tirar sua própria conclusão.

Leonardo, o filme, com certeza, para mim, foi totalmente mediano.

Mayara, tudo bem, obrigada. E com você? Eu não acho que seja bom esperar algo demais desse filme… Beijos e bom final de semana!

Charles, exatamente. Você falou MUITO bem!! Abraços!

Cassiano, me permita discordar de ti nesse sentido, uma vez que o filme pouco me causou sensações.

Vinícius, você definitivamente gostou do filme mais que eu.

Kau, claro que permito que você discorde de mim! Beijos e ótimo final de semana!

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Apesar de GOMORRA não trazer nada de novo, considero-o importante como registro histórico. Corrupção e miséria são outros assuntos bastante abordados durante o filme, que pode ser definido simplesmente como cru, cruel e limitado.

SORO: lances de câmera; som; atuações.

VENENO: filme escuro; roteiro.

NOTA (0 a 5): 3
***

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Fora a edição, que achei esdrúxula, o filme funcionou bem, especialmente no que tange roteiro e efeitos de som. Mas, sem dúvida este filme não causa o mesmo impacto que “Cidade de Deus”.
Nota: 7,5
Beijos!

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Não Kamila, eu é que discordei do que disse no texto, de qualquer forma é uma questão de percepção, e isso é arte!

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Kamila, acho que por ser um grupo nipônico em trajes mais conhecidos por uma gangue de afro-americanos, talvez isso faça que caia no estereótipo ou do banal em Gran Torino. Mas não concordo sobre a atuação de Eastwood, achei um filme bastante convincente!

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Olá…eu de novo por aqui. Estava lendo sobre esse mesmo, e eplo que soube a tempos que não lançavam um filme sobre a mafiosos tão bom, como esse é.

Assim que der…vou querer ver.

abraços…

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Pedro, “Gran Torino” é convincente, sim, mas achei fraco em termos de atuação.

Thiago Paulo, esta é uma afirmação injusta, para mim. Afinal tivemos recentemente uma obra excelente como “Os Infiltrados”. Abraços!

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Não gostei também. O realismo imposto pela câmera documental impressiona, mas a história é pobre e a explosão de violência é utilizada como recurso e não como abordagem. Além disso, a quantidade de personagens exigia um pouco mais de atenção com a simetria, para não deixar a montagem tão perdida, com cenas desconexas.

Abraço, Kamila!!!

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Acho que dentro dos filmes sobre a máfia, Gomorra foge do lugar comum de glamourizá-la e prefere mostrar um lado mais escondido, menos percepitível dessas organizações criminosas na sociedade. Da alta costura aos grupos que praticam deposição de lixo tóxico no meio ambiente, muitos podem estar ligados à máfia. Gomorra é esse retrato frio e sóbrio dessa situação. Mesmo assim, não achei tão impactante como muita gente andava dizendo.

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Eu acho o filme até bem feito e corajoso. Mas deve, de fato, funcionar mais aos italianos. Nada de novo.

Bjs!

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Pedro Henrique, concordo totalmente com seu comentário! Abraço!

cmpfama, acho difícil que eu iria gostar mais de “Gomorra” do que de “Cidade de Deus”. Abraços!

Rafael, exatamente!!!

Dudu, isso aí! Beijos!

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Remake de filmes brasileiros em favelas. Muita violência gratuita, drogas, etc. Este filme italiano é candidato ao globo de ouro e Oscar de melhor filme estrangeiro. Mas na realidade não agüentei vê-lo todo, violência gratuita nos guetos italianos, é o que vemos e lemos diariamente nos jornais brasileiros. Um filme de péssimo gosto, vai entrar em cena no Brasil, mas as salas ficarão vazias. Deve ter alguma distribuidora tentando empurrar pela garganta baixo aos cinéfilos brasileiros. Minha nota é 3,0 (estou sendo bonzinho).Quem for locar o filme, vai peder seu tempo!

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