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A Mulher Invisível

publicado em:11/06/09 8:02 PM por: Kamila Azevedo Cinema

“A Mulher Invisível”, novo filme de Cláudio Torres (que co-escreveu o roteiro ao lado de Adriana Falcão), parte de um princípio muito interessante: o de que temos parceiros e relações idealizadas, mas, quando encontramos aquilo que vislumbramos, ficamos inquietos e meio que boicotamos a nossa própria felicidade. Foi justamente isso que aconteceu com Marina (Maria Luisa Mendonça) bem no início do filme. Ela não tem do que reclamar da sua vida com o marido Pedro (Selton Mello), mas ela o abandona em busca de uma vida mais emocionante, de uma aventura com alguém que a proporcione uma estabilidade mais instável – por mais estranho que isso possa parecer. 

Tal fato vai mudar a vida de Pedro, um homem que é uma espécie rara – afinal, ele é um romântico incurável, que quer encontrar a mulher certa para casar, ter filhos e envelhecer junto. O interessante é perceber que o diretor Cláudio Torres o coloca numa realidade em que ele é completamente diferente dos outros personagens. Seu melhor amigo, Carlos (Vladimir Brichta), quer mais curtir a vida. A sua vizinha, Vitória (Maria Manoella), tem um ideal romântico e adoraria que seu marido insensível fosse mais parecido com Pedro. 

Por causa da desilusão amorosa que teve com Marina, Pedro decidiu dar um tempo nas mulheres. Até o dia em que se depara com um exemplar feminino perfeito: Amanda (Luana Piovani). Além de linda, ela é aquela companheirona que topa tudo, está sempre usando o mínimo de roupa (a fim de deixar seu parceiro sem fôlego) e pronta para receber o seu amado com muito conforto, carinho, cuidado e atenção. Ou seja, ela é a mulher que todo homem pediu a Deus. O relacionamento com ela muda a vida de Pedro e isso passa a ser notado pelos amigos. Porém, como nem tudo pode ser perfeito, Amanda tinha que ter um problema: ela não existe e é fruto do pensamento de Pedro, do ideal romântico do personagem, daquilo que ele gostaria de ter em mente para si mesmo. 

Apesar da premissa um tanto simples, “A Mulher Invisível” é um filme que chama a atenção por sua leveza e pelas situações engraçadíssimas com a qual nos deparamos. É impossível não rir com as situações em que Pedro e sua namorada imaginária se colocam. Neste sentido, o diretor Cláudio Torres acertou em cheio na escalação do seu elenco. Todos os atores, sem exceção, estão ótimos em seus papeis. Pena que, no ato final, Cláudio Torres tome algumas decisões narrativas desnecessárias. Mas, isso não é nada que tire o brilho desse longa, que tem uma mensagem muito bonita: a de que, antes de nos entregarmos de corpo e alma a uma grande paixão, é necessário que nos amemos primeiro e que estejamos prontos para dar o grande passo. 

Cotação: 7,3 

A Mulher Invisível (2009)
Diretor: Cláudio Torres
Roteiro: Cláudio Torres, Adriana Falcão
Elenco: Selton Mello, Luana Piovani, Vladimir Brichta, Maria Manoella, Fernanda Torres, Maria Luisa Mendonça, Paulo Betti



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Comentários


Achei simpático. Fernanda Torres rouba TODAS as cenas em que aparece. Como essa mulher tem timing pra comédia, impressionante…

Beijo!

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Belíssima análise. Kamila. Simples e pragmática. Já assisti A Mulher Invisível, muito mais por Selton Mello, no qual sou fã, do que propriamente pela história do filme. E adorei a mensagem que o filme passa. Claudio Torres mandou muito bem.

Falando em filme brasileiro, cadê sua análise sobre o cinema nacional atual, repleto de ótimos filmes?

Beijo!

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O argumento é realmente divertido! Apesar de Luana Piovani, devo conferir em breve!

Bjs!

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Louis, a Fernanda Torres é ótima mesmo. Beijo!

Renan, obrigada. Também sou fã do Selton e vi esse filme por causa dele, mas acabei adorando “A Mulher Invisível”. Estou preparando minha análise sobre o cinema nacional atual. 🙂 Beijo!

Dudu, mas a Luana está ótima no filme – e olha que eu não sou a maior fã dela. Beijos!

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Simpático esse MULHER INVISÌVEL… Um pouco longo, talvez, mas engraçadinho. Me lembrou muito os sitcons americanos…

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POR MAIS LOUCO QUE EU ESTEJA SENDO, MAS NÃO DUVIDO QUE EXISTA SIM UMA SOCIEDADE COMO ESSA EM ALGUM LUGAR DO MUNDO.

BEIJOS

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Marfil, lembra sim as sitcoms americanas. E o filme fica longo mesmo no final.

Alex, espero que tenha gostado do filme. Beijo!

Brenno, não entendi teu comentário. Beijos!

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Olá, Kamila! Tudo bem?

Vejo este filme mais pelo Selton Mello, mas não esperava que fosse tão elogiado. Como disse que os atores estão ótimos em seus papéis, tenho um pé atrás com a Luana Piovani, não sei por que. Confiro em breve. 😉

Beijos e tenha um ótimo fim de semana! 😉

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Olá Kamila!
Parece ser boa essa produção nacional, gosto muito do Selton Mello!
Porém, ñ vou com a kra da Luana Piovani, definitivamente é uma atriz q eu ñ admiro!
Vou tentar ver no cinema!
Bjão e bom fds!
Diego!

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Parece que consegue acertar em vários pontos, o que é ótimo para um filme nacional cujo gênero não é tão comum em nossa produção. Sem dúvida devo conferir, até mesmo pela competente equipe de profissionais envolvida.

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Mayara, tudo bem, obrigada. E com você? Também tenho pé atrás com a Luana Piovani, mas, ao contrário de você, sei muito bem por quê. rsrsrsrsr Ela está ótima no filme. Beijos e boa semana!

Diego, também não vou com a cara da Luana Piovani, mas ela está ótima aqui. Beijos! Boa semana!

Vinícius, confira mesmo.

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Gostei do trailer. Assistiria numa boa. Poucas vezes um filme brasileiro recente me interessa. Acho Selton Melo um ótimo ator e Luana Piovani está mais linda do que nunca.

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Acho bem interessante essa fase que o cinema brasileiro está passando! Veja por “Se eu Fosse Você” é mais um roteiro que tem uma premissa super-básica e consegue esse sucesso estrondoso a partir do humor simples e atuações irretocáveis dos atores.

Estamos apostando mais em sitcoms do que em roteiros profundos, creio eu que seja para cativar o grande público que estava meio afastado do cinema nacional e preparar terreno para incursões mais complexas e elaboradas. Sem demérito algum às atuais!

Bem, de toda forma apenas por ser um filme de Selton Mello vale a pena ser assistido! Ele, para mim, já é um dos grandes nomes da história do Cinema Nacional. Sem dúvidas o maior da atualidade. Sou fã!

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Ah, e desculpe o sumiço, Kamila! XD

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Ibertson, eu recomendo ir assistir ao filme porque é divertido e os dois atores que você citou estão ótimos.

Paco, adorei seu comentário e concordo com tudo o que foi escrito. E fica tranquilo. Eu também ando sumida. 🙂

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Olá Kamila!
Infelizmente, ainda não consegui ver esse filme. É legal ver que últimamente as produções nacionais tem usado essas premissas mais cômicas em cenários urbanos e não estereotipando o regionalismo de uma região ou outra do país Pode não ser lá muito original, mas ao menos mostra que o pensamento dos nossos realizadores não está mais tão unilateral…
abs.

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Kamila, eu estou louco pra ver “A Mulher Invisível”. Só leio e ouço boas opiniões a respeito. Gosto de ver filmes em que os personagens são bem distintos. Depois de ler sua crítica eu estou mais empolgado. Abraço!

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selton mello eh mto foda hehhehe
fiz uma pequena homenagem a john wayne no blg
vai la bjooo

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Charles, exatamente. Eu fico feliz de ver nossa indústria cinematográfica apostando nesse filão mais popular e divertido. E fazendo isso tão bem, como é o caso dos longas vistos em 2009. Abraços!

Rafael Moreira, espero que goste do filme. Abraço!

Airton, Selton Mello é O cara! Beijo!

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Aparenta ser divertido – e eu admiro muito Mello. Por isso, e por elogios como o seu, quero vê-lo. Mas só em DVD.

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Acabei de assistir o filme e realmente é engraçadíssimo. Selton Mello dá um show na pele do protagonista e o elenco de apoio tbm está muito bem. Não gosto tbm do desfecho… é uma situação um tanto quanto forçada, mas ainda assim um ótimo filme e com um final muito legal…

Há braços
Paulo

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Wally, ah, por quê? O filme até merecia uma ida ao cinema. Ainda mais em época de vacas magras como a atual.

Paulo, concordo com tudo. Abraços!

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Roteiro confuso, clichê, machista, previsível e monótono. Diálogos rasos. Boas atuações. Selton Mello é o Jim Carrey brasileiro. As canções de Ramones dão um toque a mais. As locações são ínfimas. A edição prejudicou muito o fime. A viagem do diretor é imensa. E a produção acompanhou-o, negativamente falando. O que salva é a boa pitada da graça de Mello e o ator de bigode. O desfecho encerra um filme que, na minha opinião, não devia ter sido feito.

SORO: trilha sonora; atuações.

VENENO: roteiro; direção; erros de continuidade; locações; fotografia; figurino; figurino; edição.

NOTA (0 a 5): 3
***

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Anderson, discordo. Não achei este filme machista, pelo contrário. O Selton está ótimo, assim como todo o elenco. O ator de bigode se chama Vladimir Brichta e concordo com você apenas em relação ao desfecho.

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