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9 – A Salvação

publicado em:16/11/09 10:57 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Quando se dá conta de que tem vida correndo dentro de si mesmo, o boneco 9 (dublado por Elijah Wood) começa a enfrentar o mundo. O grande porém, nessa história, é que a realidade que 9 irá conhecer é pós-apocalíptica, na medida em que os seres humanos foram dizimados por completo por máquinas destrutivas que caracterizam mais um caso em que a tecnologia criada e desenvolvida pelo homem se volta contra ele mesmo. 

A animação “9 – A Salvação”, do diretor Shane Acker, coloca o foco justamente no olhar do personagem principal sob esse mundo, os segredos que ele guarda e os caminhos tortuosos que ele deve evitar. Neste sentido, o filme tem uma certa riqueza, pois 9 encara tudo com um olhar sem contaminação por pensamentos anteriores, fato que o coloca em conflito direto com os membros de uma pequena comunidade de seres como ele, os quais preferem viver escondidos a enfrentar as máquinas exterminadoras que ainda ficam vagando por aí em busca deles. 

Apesar de ser um longa no gênero de animação, “9 – A Salvação” não é uma obra recomendada para as crianças. O roteiro escrito por Pamela Pettler trata de temas bastante espinhosos como a covardia diante das situações que nos causam medo, a coragem para enfrentar os elementos de autoridade da sociedade, a importância de se questionar aquilo que nos é mostrado e a necessidade de se conhecer profundamente tudo com o que entramos em contato (até mesmo para nos posicionar de forma correta diante disso). 

Produzido por gente do porte de Tim Burton e do russo Timur Bekmambetov, “9 – A Salvação” seria uma animação excelente se não fosse por um pequeno detalhe: em vários momentos o que vemos em tela nos lembra o que assistimos em uma obra chamada “Wall-E”. Desde o uso de uma clássica canção de um musical, passando pelos bonequinhos como último resquício da humanidade até chegar ao tipo de relacionamento que nasce entre os seres similares à 9. Custava pedir um pouco de originalidade a um filme cheio de idéias interessantes? 

Cotação: 7,0

9 – A Salvação (9, 2009)
Diretor: Shane Acker
Roteiro: Pamela Pettler (com base na história de Shane Acker)
Com as vozes de: Christopher Plummer, Martin Landau, John C. Reilly, Crispin Glover, Jennifer Connelly, Elijah Wood



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Comentários


Kamila,
eu também esperava mais do filme. Mas você resumiu tudo acabamos de ver Wall-E!

Bjos

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Desde que vi o trailer fiquei ansioso para assistir essa animação.
Mas quando entrou em cartaz, a crítica ficou bem dividida. Mesmo assim quero assistir.

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André, exatamente! Beijos!

Cleber, mas é um filme até interessante. Beijos!

Ibertson, assista!

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Ainda não vi 9 – A salvação. Para ser franco, apesar dos nomes de Tim Burton e Bekmambetov, não me entusiamei a ir ao cinema conferir o longa. vou deixar para quando passar na tv por assinatura. Inadvertidamente, sua critica corrobora minhas suspeitas. Contudo, cinéfilo que sou, verei o filme. Mas confesso, mais como uma imposição pessoal do que por vontade. (Momento confessionário rsrs )
Bjs

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Reinaldo, eu também assisto a vários filmes como imposição pessoal! Coisas de cinéfilos. Beijos!

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Ah, vacilei! Ainda não vi 9… Mas parece que ninguém se entusiasmou com o filme…

Bjs!

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Otavio, esse foi o tipo de filme, na realidade, que passou totalmente despercebido nos cinemas. Beijos!

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Pois é. A falta de originalidade foi o maior defeito desse filme que tinha tudo de bom: produção, diretor e dublagem. O problema foi a falta de idéias.

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Não me interessei por esse filme e nem lendo críticas sobre ele me faz querer ir aos cinemas. E você disse sobre o roteiro não ser para crianças, muitas animações são assim, Madagascar fala constantemente sobre ideologia, divisão de classes, etc.

Ótima crítica Kamila.
Abraço.

Thiago @thiagoomb

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João Paulo, então, de qualquer forma, verás o filme. 🙂 Beijos!

Luís, exatamente!

Thiago, eu acho que “Madagascar” é um filme totalmente direcionado ao público infantil. Nunca pensei nele dessa outra forma. Abraço e obrigada!

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Sua comparação com ‘Wall-E’ é interessante, não tinha reparado. Mas acho que 9 toca em outros assuntos que também criam dependências aos humanos.

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Cassiano, eu só vim saber disso quando assisti ao filme!

Thiago, obrigada pelo link. Vou te adicionar!

Pedro Tavares, exatamente!

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Ahh, que pena..=
Tava esperando mais do filme, mas parece que ninguém gostou muito. E nem estreou por aqui ainda.

Beijo Kamila!

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Victor, como eu disse mais em cima, este filme passou completamente despercebido nos cinemas. Beijos!

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Anexando grandes nomes como Tim Burton e Timur Bekmambetov para um filme de animação é uma forma inteligente de chamar o público. Adicionar estrelas como Elijah Wood, C. John Reilly, Jennifer Connelly e Christopher Plummer a voz dos personagens, e o filme pode apenas quebrar a bilheteria. O stitchpunks são pequenas criaturas feitas de saco de estopa com os olhos da câmera de íris e um fecho de bronze gigante atravessando sua barriga, que se abre para encontrar acessórios incalculável e habilidades reveladas ao longo do filme. Cada superfície texturizada é minuciosa, o filme parece tão real, o público pode chegar a quase dentro da tela e pegar um stitchpunk para si próprio. Ao longo do filme que eles encontram máquina depois de roupa, cada um mais aterrorizante do que o passado, lutando para descobrir por que eles existem e como eles podem sobreviver. Cada criatura um tem um aspecto individual: 1 e 2 são supostos ser mais velhos, assim que seu pano parece um pouco mais desgastado, 7 é uma fêmea , e seu pano é mais suave que os outros. Os tímidos, os gêmeos infantil, 3 e 4, nunca falam, mas eles roubam a cena sempre que aparece, infinitamente arquivamento tudo à sua volta com um piscar de olhos. O filme é realmente lindo de se ver. O monstro assustador, cérebro contra a qual as criaturas devem defender-se lembra das máquinas em Matrix, olhos brilhando vermelho centrado em uma massa de tentáculos metálicos. Embora a voz atores seja talentosa, o diálogo é pouco, distante no meio, e sem importância para a trama do filme. O 9 é uma peça, inteligente maravilhosas da animação que vai deixar o público extasiado. O filme é a última linha de mão do mundo para o público. “O mundo é nosso agora”, diz 9, “É o que faz dele.” De fato é, o filme parece pedir que, como nós nos esforçamos para as inovações tecnológicas, não podemos nos perder no processo. Foi dada especial atenção aos olhos de 9 e de seus compatriotas, e apenas as pequenas coisas que as criaturas fazem com seus corpos traz em seus personagens. Eles têm pequenos movimentos que parecem torná-los como pessoas reais com caprichos individuais. Quando você está assistindo, você pode entender o que cada personagem está prestes em apenas alguns minutos, e isso ajuda um pouco com a minha capacidade de entrar na história. Nota: 9,0

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Realmente Kamila, o filme se aproxima em alguns detalhes de Wall-e, mas sua narrativa segue um outro caminho e os resultados são bem bons. Estranhei que muita gente não tenha gostado do filme, para mim todo o dilema do 9 e as descobertas que ele irá fazer são muito pertinentes.

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Rafael C., eu também achei o filme muito interessante e é como disse antes. Esse filme passou completamente despercebido nos cinemas. Uma pena!

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