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Julie & Julia

publicado em:27/01/10 6:05 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Para tentar compreender o por quê da jornada vivida por Julie Powell (Amy Adams, adorável como sempre), no decorrer do filme “Julie & Julia”, o qual foi escrito e dirigido por Nora Ephron, é necessário conhecer um pouco da trajetória da chef de cozinha norte-americana, apresentadora de TV e autora de diversos livros sobre culinária Julia Child (Meryl Streep, a favorita ao Oscar 2010 de Melhor Atriz). 

Child foi a responsável por introduzir ao público norte-americano, com uma linguagem didática e simples, a culinária francesa. Ela descomplicou o assunto e fez parecer com que atos aparentemente difíceis como desossar um pato fossem ridículos de tão fáceis. Apesar de terem vivido em épocas completamente diferentes, o que o roteiro de “Julie & Julia” nos mostra é que estas duas personagens possuíam muita coisa em comum. 

Em primeiro lugar, as duas são mulheres de extremo talento e potencial. Em segundo lugar, as duas sabiam exatamente o que queriam e fizeram as escolhas certas para colocarem seus sonhos em prática – Julia, uma admiradora da boa comida, foi estudar na celebrada Le Cordon Bleu; enquanto Julie, que desejava seguir carreira como escritora, mas nunca conseguia colocar seus projetos em frente, decidiu se dedicar por completo a uma nova tentativa de transformar isso em realidade, mesmo que isso significasse colocar seu emprego real e seu casamento em risco. Por falar neste tema, é nele que reside a terceira semelhança entre essas duas mulheres: ambas eram casadas com homens (Stanley Tucci e Chris Messina) que as amavam e apoiavam incondicionalmente. 

O roteiro de “Julie & Julia” tem uma estrutura muito interessante. Na medida em que segue Julie em seu projeto de criar um blog para contar a experiência em que ela, no período de um ano, tentará fazer as 524 receitas do clássico livro de Julia Child, “Mastering the Art of French Cooking”; nos retrata como foi o caminho de Child até ela descobrir que gostaria de estudar culinária e, consequentemente, escrever um livro com duas amigas francesas introduzindo a cozinha do país na sua terra natal. 

Em grande parte da sua duração “Julie & Julia” é um típico filme de Nora Ephron, ou seja, estamos diante de uma obra leve, descompromissada, com personagens femininas fortes. No entanto, o filme tem alguns pontos de discussão interessantes, o maior deles, no entanto, com certeza, é o fato de ele nos retratar que tudo é possível desde que tenhamos força, apoio e estrutura para seguir em frente. E este aspecto é um ponto muito legal, porque ver parcerias como as das duas mulheres com seus maridos é algo raro no universo dos filmes da Ephron. 

Cotação: 9,5

Julie & Julia (Julie & Julia, 2009)
Diretora: Nora Ephron
Roteiro: Nora Ephron (com base nos livros de Julie Powell; Julia Child e Alex Proud’homme)
Elenco: Meryl Streep, Amy Adams, Stanley Tucci, Chris Messina, Mary Lynn Rajskub, Jane Lynch, Casey Wilson, Linda Emond



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Comentários


Todo mundo fala muito bem desse filme, mas ainda não me entusiasmei para vê-lo, e olha q adoro culinária.

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Eu gostei bastante do filme, como você disse é descompromissado, leve, bem gostoso de se assistir, além de abrir seu apetite :p Mas achei um 8,5 mais apropriado =)

Beijos

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Cassiano, esse filme é ótimo. Não cozinho, mas adoro culinária e saí do cinema com água na boca. 🙂

Yuri, exatamente! Beijos!

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É provavelmente um dos filmes mais agradáveis do ano, a sessão foi ótima, mas não cheguei a ficar tão encantado com a trama. Acho que Ephron sempre recorre a certas soluções que são uma constante em sua filmografia, sem atingir um resultado diferenciado. E amei a Streep no filme.

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Kamila, eu acho que o filme vale a pena pela atuação de Meryl Streep e a graça de Amy Adams (além do food porn, amei hehe) mas concordo com relação a mensagem positiva.

re:Que pena que não nevou, mas imagino que a viagem tenha sido encantadora mesmo assim:)

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Kamila,

Muito prazer em conhecer sua página! Acabo de entrar nesse mundo dos blog de cinema. Dito, ainda não vi Julie & Julia, eu perdi a estréia e deixar passar, agora não dá mais tempo, minha saída? Esperar em DVD!

Beijos!

Vou adicionar ao Blogroll, ok?

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Vinícius, esse filme me encantou totalmente, acho que deu para perceber. 🙂 Eu também amei a Streep no longa.

Romeika, concordo contigo. E a viagem foi totalmente encantadora. Depois te mando um e-mail com o relatório completo. 🙂

Jack, obrigada! Prazer em te ter aqui! Seja bem vindo ao mundo dos blogueiros cinéfilos. E assista a este encantador filme. Beijos!

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É um filme delicioso, em todos os sentidos. De uma certa forma, torcemos para que a personagem de Amy Adams consiga seu objetivo. Gostei da atuação da Meryl Streep, como sempre, mas ainda achei um pouco inferior em relação às outras dela.

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Eu acho o filme bem legal , é bem leve mas não irrita pela leveza.
E Meryl Streep nesse filme pra variar tá divina

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Minha amiga Kamila, fico feliz que está de volta!

Infelizmente perdi “Julie & Julia” no cinema, mas darei um jeito de ver, rsrs. Mas estou lendo o livro, estou adorando e me identificando com a história da Julie. Aconselho a você a leitura dele, vale a pena.

Beijos! 😉

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Cláudio, eu concordo plenamente com seu comentário, exceto na parte que diz respeito à Meryl Streep.

Leandro, concordo!

Mayara, obrigada! 🙂 É bom estar de volta! Assista mesmo ao filme e eu saí direto do cinema para comprar os dois livros nos quais o filme se baseia. Beijos!

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Me surpreendi com a tua nota, mas ao mesmo tempo fiquei feliz que alguém gostou desse filme de verdade!

Não deram muita bola para “Julie & Julia”, mas o filme merece reconhecimento. Seja pela história agradável ou pelo ótimo desempenho da Streep.

É verdade que o longa tem suas falhas, mas tem como esperar alg diferente vindo da Nora Ephron?

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Olá Kamila, fico feliz com o seu retorno. Sabe, a princípio é um filme que não me atrai muito, mas confio no seu gosto e nas suas críticas.
Abraços.

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Ah, vc voltou, hein!!! Welcome back!
Bom, sobre JULIE & JULIA, eu saí me sentindo bem do cinema, mas acho que ver filmes e escrever no blog me tornou uma pessoa chata com o tempo. E vi alguns probleminhas no filme, que vale por Meryl, Amy e Stanley Tucci.
Bjs!

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Matheus, obrigada! Eu amei mesmo esse filme! E concordo contigo. O filme merece reconhecimento!

Bruno K., obrigada! Espero que goste do filme quando o assistir. Abraços!

Otavio, obrigada! Eu também saí do cinema feliz e confesso que os problemas do filme não me incomodaram. Beijos!

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Kamila is back!

Eu também gostei MUITO desse filme. Acho que foi o filme mais ‘leve’ e ‘requintado’ que tivemos o prazer de vê ano passado. Talvez por ter um roteiro delicioso, ou duas atrizes que não se encontram mas parecem ser amigas íntimas, ou o elenco de apoio com participações pequenas mais ótimas, ou apenas a culinária inspirada e perfeita de Meryl. Não sei ao certo, mas o filme me conquistou também. Só não acho merecedor Streep ganahr de Carey, Bullock ou Marion (por exemplo), o papel dela é ótimo como sempre, mas não o melhor da carreira dela, nem mesmo o melhor da temporada;

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Oi Ka, tudo bem? Saudades! Que bom que vc voltou!

Então, diverti-me no filme sim. Como vc disse, “é um típico filme de Nora Ephron, ou seja, estamos diante de uma obra leve, descompromissada, com personagens femininas fortes”. É isso aí mesmo. E sobre a Meryl Streep, acho que já deu para notar pelo teor do meu comentário, embora a ache ótima no filme, não considero papel para Oscar não.
Bjs

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O filme aqui no Rio de janeiro quase já não está nos cinema e em alguns dias chegará as locadoras. Mas com a chegada do Oscar e com a passagem do Globo de Ouro o interesse no filme aumentou e pode ser que aconteça um relançamento como vai ocorrer com “Guerra ao terror”. Muitos terão a chance de ver o filme que passou meio desapercepebido pelo grande público e foi levemente elogiado pela crítica, mas pela interpretação de Merly Streep. É sim uma filme doce e suave, mas vale ser visto. Parabéns pelo blog.

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Luís, não poderia concordar mais com seu comentário. Só me abstenho de comentar as partes de atrizes, porque não vi todas as performances ainda.

Reinaldo, tudo bem, obrigada. É bom estar de volta, até porque também senti saudades de todos e deste espaço aqui. Eu acho que o papel é para Oscar sim, mas o problema maior da Meryl é que ela é Meryl Streep. Beijos!

Taís, acho que o filme não será relançado, não. Aqui, demorou até muito tempo para chegar e fico feliz de que tenha sido lançado porque eu queria muito vê-lo nos cinemas mesmo. Obrigada!

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É bom saber que, ao que tudo indica, Nora Ephron acertou finalmente, pois “A Feiticeira” estava longe de atingir a graciosidade do seriado. “Bilhete Premiado” é bom nem comentar. Estou curioso em ver a composição de Meryl Streep também.

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Eu gostei desse filme. Como uma boa refeição. Depois que o vi pela segunda vez, ao lado da minha esposa, resolvi me arriscar na cozinha – não levo o menor jeito. Fiz cookies de chocolate caseiros. E sabe que ficaram gostosos?

Bjs!

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Alex, ela acertou, sim, ainda bem! E Meryl, como sempre, está fantástica.

Dudu, eu também adorei esse filme e fiquei com uma vontade de ter dom para cozinhar, coisa que não tenho! Quem sabe não me arrisco, igual você fez! 😉 Beijos!

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Não achei assim tão formidável, mas é um longa-metragem muito agradável e feito com um tom caprichoso. Streep rouba a cena, está completamente irresistível. E Adams é simpática demais, como sempre.

Nota 7.5

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Opa! Quantos posts, vou comentar só nesse que assisti, tá?

Achei o filme leve, a interpretação de Merryl Strep excelente (poxa, que sotaque chatinho de fazer, viu?), mas achei que foi fraquinho no sentido de manter o espectador atento durante todo o filme. Curti Julia, mas não achei Julie uma figura feminina forte. Enfim, achei um filme pra um momento de relax, despreocupado e com poucas expectativas.

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Elloa, ok! Sem problemas! Eu não tive problemas em me manter atenta durante todo o filme. E Julie é uma figura feminina forte, sim, porque ela lutou por aquilo que quis.

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[…] “Julie & Julia”, “Simplesmente Complicado”, “Mamma Mia!”, “O Diabo Veste Prada” e “Terapia do Amor”. Filmes como esses colocaram a atriz Meryl Streep num ponto inédito de sua carreira: como um sucesso de bilheteria e, principalmente, como uma quase especialista em comédias românticas com uma temática dirigida a um público mais adulto. Neste sentido, a aclamada atriz norte-americana retoma a parceria com o diretor David Frankel (de “O Diabo Veste Prada”) para mais um longa neste gênero: “Um Divã Para Dois”, que marca a estreia da roteirista Vanessa Taylor num longa metragem, após uma bem sucedida carreira na televisão, em séries como “Alias”, “Everwood”, “Jack & Bobby” e “Game of Thrones”. […]

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