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Tennessee

publicado em:17/02/10 9:04 PM por: Kamila Azevedo TV

O filme “Tennessee”, do diretor Aaron Woodley, está aí para desafiar os clichês dos Road Movies, porque, na trama escrita por Russell Schaumburg, temos uma viagem cujo propósito era ajudar uma única personagem. No entanto, acabamos diante da revelação de que, na realidade, toda aquela jornada foi bem pensada por ele mesmo para ajudar outras pessoas e para devolver para elas, numa alusão direta ao título da canção que Mariah Carey co-escreveu para este filme, o “direito de sonhar”. 

O título do filme faz referência a uma personagem que tem um papel tão importante para o longa quanto o trio que acompanharemos no desenrolar desta história, afinal o Estado norte-americano representa para eles a luta pela vida, a possibilidade de uma segunda chance e o palco para a luta pela realização de um sonho. Foi do Tennessee que os irmãos Carter (Adam Rothenberg) e Ellis (Ethan Peck) fugiram com a mãe após esta ter sido vítima, novamente, de violência doméstica. E é justamente para lá que eles vão retornar, após quinze anos, com o objetivo de reencontrar o pai que se tornou um ser totalmente estranho para eles, depois de Ellis ser diagnosticado com leucemia e ver suas possibilidades de cura estarem restritas a um transplante de medula. 

Boa parte da difícil viagem dos irmãos é pontuada por muito sacrifício e, principalmente, por lembranças do passado. A trama ganha um movimento a mais com a entrada da garçonete e aspirante a cantora/compositora Krystal (Mariah Carey) no filme. Claramente insatisfeita com o seu atual trabalho e com a vida ao lado do marido policial (Lance Reddick, das séries “The Wire” e “Lost”) na ordinária cidadezinha do Texas aonde mora, Krystal toma coragem e acaba se transformando na companheira de viagem de Carter e Ellis – afinal, é também no Estado do Tennessee que se encontra a cidade que é a capital da música country norte-americana: Nashville. 

Produzido por Lee Daniels (o diretor de “Preciosa – Uma História de Esperança”, filme que concorre a 6 Oscars 2010), “Tennessee” é uma obra que continua inédita nos cinemas brasileiros, ainda não foi lançada em DVD, mas encontrou espaço na programação da TV paga. Como se pode perceber, o longa possui uma premissa que tem um potencial enorme, porém a obra nunca consegue decolar por causa de um roteiro totalmente previsível, de um elenco preguiçoso (Mariah Carey não consegue demonstrar emoção alguma, enquanto Adam Rothenberg se apoia numa cara clichê de mau e revoltado) e de um diretor sem inspiração. A sensação que fica, após o término de “Tennessee” é a de que assistimos a uma espécie de derivado de “A Corrente do Bem”, mas sem aquela característica de manipulação das emoções que foi vista na obra dirigida por Mimi Leder.

Cotação: 5,0

Tennessee (Tennessee, 2008)
Direção: Aaron Woodley
Roteiro: Russell Schaumburg
Elenco: Adam Rothenberg, Ethan Peck, Mariah Carey, Lance Reddick



Jornalista e Publicitária


Comentários


Eu até gosto de A corrente do bem. Acho um filme bem intencionado. Francamente, não conhecia esse filme. Fiquei curioso. Mas confesso que mais em virtude de analisar pelo prisma dos projetos de Daniels (não se se vc sabia mas ele é o produtor principal de A última ceia) do que pelo filme propriamente dito.
Só uma ligeira correção:Preciosa concorre a seis oscars (filme, direção, roteiro adaptado, montagem, atriz e atriz coadjuvante). Embora na minha avaliação não merecesse a indicação por montagem.
bjs

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Reinaldo, eu não gosto de “A Corrente do Bem”. Acho um filme totalmente equivocado. Não sabia que Daniels também tinha produzido “A Última Ceia”. Obrigada pela correção ao texto! 🙂 Beijos!

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Não conhecia e, após seus comentários, não me envolvi em nada com a história. Talvez um dia veja, mas sem verdadeiro compromisso…

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Ah… me chamem de preconceituoso, mas nao consigo animo pra assistir um filme que tenha Mariah Carey.

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Wally, acho que o mais legal é ver o filme sem compromisso mesmo!

Otavio, ele é produtor do filme, não diretor. Beijos!

Cineamador, eu não tenho problemas com ela, não, apesar de achar que ela não leva jeito pra atriz.

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Pra vc, a Mariah Carey é a pior atriz/cantora que existe? Levando em consideração os que estouram na música e vão fazer bico no cinema (não vice-versa).

Beijos

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Eu também não conhecia, mas não faz a mínima falta. Ainda mais eu não gostando nem um pouco de ‘A Corrente do Bem’, corro.

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Brenno, acho que sim! Apesar de eu ser uma das poucas a achar que a atuação dela em, “Glitter”, não é tão desastrosa assim. Beijos!

Luís, também não gosto de “A Corrente do Bem”.

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Olá Kamila!
Lembro que na época que estava prestes a lançar esse filme, o site do Framboesa de Ouro até ironizou “será que temos a pior atriz do ano?” com uma foto da Mariah Carey e o cartaz deste filme ao lado. Curiosamente, a cantora foi até elogiada por alguns críticos e o filme não foi tão metralhado como previsto.

Não me interessei nem um pouco pela fita também. Talvez assista um dia, quando não tiver outra opção =)

ABS!

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Elton, eu não gostei mesmo da performance da Mariah. Acho que ela falha em querer demonstrar emoção. Ela soa artificial demais. Abraços!

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Lembro que na época do lançamento, o único motivo pelo qual queria ver o filme era por causa de uma canção da Mariah Carey que era elegível ao Oscar. Seus comentários não mudaram minha falta de interesse pela obra, hehe.

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Amei o filme, e a atuação de Mariah Carey foi muito boa. Até por que não se exigiu muito dela. Por outro lado, ela arrebenta em Preciosa. Francamente acho uma palhaçada o preconceito que alguns tem sobre ela… indiscutivelmente ela tem talento. Na música e como compositora já provou, e aos poucos está se consolidando como atriz. Não sou fã dela, e sinceramente quase não ouço suas músicas, mas ela canta bem, e os filmes que assisti com a participação dela mudaram minha visão. Admiro ela como artista.

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eu n~entendo esse povo essa mulher fez grande canções , fui eleita pcomo a artista do seculo só quem é uma pessoa de bom gosto é que sabe apreciar mariah , é que ela arrebenta em tudo que faz , tanto que as outras cantoras emitam ela em tudo .eu adoro ela tenho tudo dela , e que para as pessoas mostrar a bunda beijar ourta mulher na boca “causar” é que é bom .

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Flávia, eu concordo que a atuação da Mariah foi muito boa. Concordo que o preconceito em relação ao lado atriz dela é um tanto exagerado.

José Igor, eu acho que ela é, sim, uma grande artista. Não tenho dúvida disso!

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