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Mallu Magalhães – Ao Vivo no Auditório Ibirapuera

publicado em:22/03/10 11:07 PM por: Kamila Azevedo Diversos

Auditório Ibirapuera. 19 de Março. 21hs. O trânsito da capital paulista impediu que parte dos 800 pagantes pudessem chegar ao show a tempo e retardatários podem ser vistos ocupando seus lugares ainda nas primeiras músicas. No palco, a cantora e compositora Mallu Magalhães naquele que promete ser um show divisor de águas na sua carreira: o primeiro da sua segunda turnê, para divulgar seu segundo – e excelente – CD, que, assim como o primeiro, possui o título “Mallu Magalhães”. 

Todas as músicas do álbum lançado no final de 2009 foram cantadas no show. A presença dos instrumentos de cordas e metais, com certeza, acrescentou bastante à apresentação e proporcionaram alguns dos bonitos momentos da noite, como a linda “É Você que Tem” – com direito a um longo suspiro de Mallu antes de ela começar a entoar os primeiros versos da canção – e também alguns dos instantes de maior entretenimento do show, como o cover de “Shake Your Tail Feather”, da trilha sonora do filme “Os Irmãos Cara de Pau”. 

Do primeiro CD, os hits “Vanguart”, “J1” e “Tchubaruba” não poderiam ficar de fora, além de “Angelina, Angelina” e “Don’t You Look Back” que foram lembradas. A cantora ainda fez menção a algumas de suas influências, ao incluir no repertório do show músicas como “Samba e Amor”, de Chico Buarque, no estilo banquinho, voz e violão; e “Don’t Think Twice, It’s All Right”, de Bob Dylan – particularmente, um dos momentos mais inspirados do show. 

Para a ocasião, Mallu Magalhães convidou ao palco dois convidados que participaram de perto da feitura do seu segundo disco: a banda Jennifer Lo-Fi, que acompanhou a cantora em “O Heroi, O Marginal”; e Marcelo Camelo, que fez dois lindos duetos com a namorada: “Ai-Há”, de autoria dela, e “Janta”‘, de autoria dele. E, assim como aconteceu no Recife, em Setembro de 2008, Mallu não conseguiu conter as lágrimas ao entoar a segunda canção. 

Este foi o primeiro show que assistimos de Mallu Magalhães. Vimos, no palco, uma cantora de voz delicada, uma instrumentista talentosa e uma jovem que, apesar do nervosismo diante da sua “estreia”, estava muito segura de sua identidade, força e postura diante dos holofotes. Ao conhecê-la pessoalmente, você nota que toda aquela imagem que você faz dela condiz com a realidade: Mallu é meiga, simpática, carismática, sensível e muito atenciosa com aqueles que a abordam. 

É incrível ver o quanto ela cresceu e amadureceu – e aqui estamos entrando naquele velho clichê. A riqueza e a honestidade do repertório dela atual é uma prova disso. O cuidado com que ela e aqueles que a cercam idealizaram este show era visível. Iluminação perfeita, cenários que são a cara da Mallu, figurinos sofisticados. É um show que merece ser visto com todos esses recursos, em todos os locais possíveis. Talvez por isso ela tenha apresentado seu projeto para a Lei Rouanet. A lamentar somente as falhas de som em algumas canções durante o show – e esses são ajustes a se considerar para futuras apresentações. Mas, nada que tire o brilho de Mallu. Até porque a luz dela não tem data marcada para deixar de irradiar. Ela veio pra ficar e espero que tenha forças para conseguir permanecer por um bom tempo por aí – até porque a jovem sofre um bombardeio que chega a ser injusto, às vezes, vide a patética crítica (?) feita pelo jornalista Pedro Alexandre Sanches para o portal IG. 

Assistimos ao show de Mallu Magalhães, com participações de Jennifer Lo-Fi e Marcelo Camelo, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo-SP, no dia 19 de Março de 2010.



Jornalista e Publicitária


Comentários


Todo artista que tenta vencer na vida sem apelar pra música sertaneja (ou outras coisas da moda) merece meus aplausos!

Gosto de algumas músicas dela!

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Qur dizer que andaste por terras paulistanas? rsrs

Sério, muito prazeroso ler o seu relato e as suas impressões do show da Mallu. Apesar de não ser fã absoluto, gosto de algumas músicas dela. Mais em virtude de gostar da cena Folk do que pelo talento dela (que não acho tão grande assim). Contudo, concordo com vc. Ela está uma artista muito melhor do que aquela que foi ao Faustão, por exemplo. Uma carreira brilhante, sem dúvidas, se anuncia.
Bjs ka

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NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ESTEVE NESSE SHOW EM SÂO PAULO E NEM ME AVISOU!

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Eduardo, eu concordo! Estava lindo o show!

Reinaldo, andei, sim! 🙂 Eu não escuto folk, mas gosto da Mallu e acho que ela tem muito talento! Adoro-a! Beijos!

Otavio, trabalhei feito uma condenada antes de viajar. Nem tive tempo de ver as coisas direito. Arrumei minhas coisas na maior correria. Mas, da próxima vez, com tempo e calma para visitar a cidade, avisarei a você, ok? Espero que me desculpe dessa vez! 😉 Beijos!

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haha gostei da citação da crítica do “grande” jornalista Pedro Alexandre Sanches. Os 41 anos dele (sendo 16 dedicados a crítica musical) só mostram a incompetência da pessoa.

Parabens pelo post, vai mallu!

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até que enfim um texto decente sobre a apresentação da nossa malluzinha…sobre a mencionada patética crítica (?), escrevi para a coluna do ig nas seguintes palavras que transcrevo aqui:
crítico?! crítico de verdade tem fundamentação. esse cara foi maldoso. achei o texto de péssimo gosto, desconexo da realidade, de um subjetivismo insensível e distorcido. chega a me dar náuseas. não sei nem porque publicaram…e o título então? de um sarcasmo, uma afronta. me dá tanta tristeza no coração ver alguém sendo atacado dessa forma, ainda mais a mallu que é uma garota do bem, tem verdade no olhar, compartilha através de suas músicas o seu eu mais íntimo. teve a grandiosidade de pedir desculpas pelos problemas técnicos e esses pequenos problemas não tiraram o brilho de tudo de mágico que aconteceu no show. independentemente das controvérsias, independentemente de se gostar ou não de sua música, mallu magalhaes merece respeito como ser humano. se todas as pessoas tivessem um pouco da beleza que ela guarda dentro de si, a vida se tornaria mais simples e o mundo viveria em harmonia.

sem mais…mallu brilha por sua essência, por ser rara e talentosa. com seu sorriso e simplicidade, o mundo inteiro cabe em seu abraço!

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