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Uma Carta Aberta Para Renée Zellweger (Caso 39)

publicado em:22/04/10 11:01 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Quem te viu, quem te vê, Renée Zellweger. Se, na primeira década deste século, você era uma atriz que trabalhou com gente do porte de Neil LaBute, Anthony Minghella (em “Cold Mountain”, filme que lhe rendeu, aliás, um desmerecido Oscar de Atriz Coadjuvante), Ron Howard, George Clooney, Ed Harris e bateu muitas outras atrizes para poder interpretar Bridget Jones, um dos personagens mais pop da literatura recente; ultimamente você tem dado mostras de que sua carreira anda meio mal das pernas. Seus filmes mais recentes, como “Recém-Chegada”, pouco obtiveram repercussão. Tenho certeza de que este “Caso 39”, de Christian Alvart, só foi lançado por aqui porque os brasileiros gostam desse tipo de filme, independente da qualidade dele. 

Independente mesmo da qualidade, é bom frisar, porque este “Caso 39” é um filme meio complicado, né, Renée? Nele, você interpreta uma assistente social chamada Emily Jenkins. Como qualquer pessoa que trabalha nesse campo de atuação, Emily está atolada de casos e nem sempre consegue dar para eles o desfecho que gostaria. Tudo bem, a vida é meio cruel, às vezes, e essas coisas acontecem. Bola para a frente. O problema é que Emily se deixou envolver por um desses casos. Será que nunca disseram a ela para não levar tudo para o lado pessoal? Como tudo, em nossa vida, é o reflexo de decisões que tomamos, Emily se verá num mato sem cachorro quando decide abrigar Lilith (Jodelle Ferland), uma menina que só tem a aparência de anjo, porque, no fundo de sua essência, é uma criança totalmente maquiavélica. 

Vou até dar o braço a torcer, Renée. Você tenta fazer algo, levar a sério a sua personagem, tenta transmitir para a gente o turbilhão de sentimentos e descobertas vivenciados por Emily. Mas, as constantes aplicações de botox cobram seu preço, Renée. Você não está nem conseguindo chorar direito e seu rosto fica completamente paralisado a maior parte do tempo. Também fica difícil para a gente, como plateia, levar a sério uma trama em que aquela cena das vespas, por exemplo, parecem completamente estapafúrdias. Na sua antiga situação, Renée, você não precisaria se sujeitar a aceitar fazer qualquer tipo de roteiro. Você poderia passar sem este “Caso 39” – se bem que ele lhe trouxe a chance de conhecer seu atual namoradinho, Bradley Cooper. Talvez, seja o caso de você sumir por um tempo, tentar se reinventar e esperar voltar a ser aquela atriz que, um dia, era cotada quase que todo ano para a temporada de premiações. 

Cotação: 2,0

Caso 39 (Case 39, 2009)
Direção: Christian Alvart
Roteiro: Ray Wright
Elenco: Renée Zellweger, Jodelle Ferland, Ian McShane, Kerry O’Malley, Callum Keith Rennie, Bradley Cooper, Adrian Lester



Jornalista e Publicitária


Comentários


Ahhh, bela resenha em forma de crônica, rs

Este filme é lixo, um erro atrás do outro, eu já não considero Renée uma boa atriz – assumo que gostei dela só no Cold Mountain, talvez mesmo por eu achar um belo filme…mas, ela me irrita, rs

A voz, o jeito de olhar, os trejeitos – sempre os mesmos.

O filme é ridículo, a cena supracitada das vespas realmente só deixa o filme mais irregular…talvez, a única coisa que me agradou foi a composição interpretativa de Jodelle Ferland que realmente meteu medo e estava bem.

abraço

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Como passei longe do cinema nesse caso, só tenho a comemorar minha decisão. Talvez quando chegar ao Supercine (o argumento é a cara dos filmes que passam por lá), eu veja.

abraços

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Cristiano, obrigada! Concordo que o filme é um lixo e só gostei da Renée em “A Enfermeira Betty”, “Jerry Maguire”, “Um Amor Verdadeiro”. Mas, seu comentário é verdadeiro: a voz, o jeito de olhar e os trejeitos são sempre os mesmos. E a Jodelle Ferland é sensacional. Menina meteu medo mesmo! Abraço!

Brenno, eu não a venero, mas torço também para que ela se recupere. Beijos!

Amanda, comemore mesmo! Abraço!

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ai amigaaaaaa, esse filme é uma desgraça hahaahahaha
esse acredito que foi o pior projeto dela sabia?
bem espero que esse ano ela se redima com my own love song do olivier dahan.
bjokas,
vivi

p.s: tem promoção no cinefilando, vai lá:D

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Vivi, é uma desgraça total! Não sei se é o pior projeto dela, porque ainda tenho que ver os outros que ela lançou em 2009. E vamos ver se ela se redime com esse filme do francês. Beijos!

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HAUAHAUAHUAAH eu to rindo de verdade,sério! Adorei sua critica,Genial! Tem filmes Kamila,que é tão,mas tão ofensivo que só ironizando mesmo.Já passei isso com outros filmes,como aquele do Soderbergh(confissões de uma garota de programa).Esse tipo de filme a gnt pensa,pq assisti isso? E concordo com vc,a Reneé Zellweger tá cheia de botox,e isso atrapalha a atuação dela.Porque Deusas como Fernanda Montengro,Helen Mirren e Meryl Streep são as maiores do cinema?pq tem expressão,ao contrário da Zellweger.Nem vou me arriscar ver esse filme.Deve ser horrivel mesmo.Sua critica me lembra da Isabela Boscov no filme Austrália,ela foi de uma ironia mt inteligente,assim como vc.Olha Kamila,pelas ultimas “Bombas” que a Zellweger tem feito,acho dificil ela recuperar o prestigio.Beijos e bom feriadão.

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Paulo Ricardo, foi a única maneira que encontrei para resenhar este filme, juro! A Renée perdeu totalmente a capacidade de expressão mesmo. Obrigada! Beijos e bom fim de semana!

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Foi fraco mesmo, beem clichê! Rapaz René andou querendo virar a gostosona, desde aquele filme da fábrica…

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Kamila, tudo bom? A grande maioria das pessoas que conheço e que gostam de cinema tanto quanto nos, SIMPLESMENTE DETESTAM A MULHER, ok – ela é uma triz irritante, e ninguém merece ver ela ganhando aquele prêmio injustamente certo? Ela simplesmente se perdeu, e creio que não vai achar o caminho de volta!

Alias, migrei para o wordpress … rs!
http://cabaretcinefilo.wordpress.com/

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UAHUahUAHauAHUahUAHauAHUahAUHauAHuahAUHauAH
sou a favor que as críticas da kamila, especialmente para filmes ruins, sejam sempre feitas dessa forma!
Sério, pensa nisso, eu adoraria ver você fazer uma crítica desse eestilo com um filme de Transformers, hauhaeuhaeuaehauehea.

Enfim, com esse botox todo, ela já deve tar sorrindo e levantando uma perna de tanto que a pele tá esticada. Além disso, ela tem sofrido o mesmo mal da Jenifer Aniston: fazer o mesmo tipo de papel sempre.

Eu nao torço por uma reerguida que não deverá acontecer tão cedo, ainda mais que ela tem perdido toda sua capacidade de expressar emoções. Se bem que o Keanu Reeves também perdeu e ainda tá aí, ganhando dinheiro XD.

Eu queria entender pq essas coisas chegam ao cinema. Tanto filme bom que vai direto pra DVD e a gente tem q ter a sorte de bater o olho com ele na locadora…

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Mandy, qual filme da fábrica??

Jenson, tudo bem, obrigada. E com você? Eu não gosto da Renée, mas não desejo o mal a ela. Espero que ela consiga reeguer a sua carreira.

Thyago, filmes como esse encontram mercado, pois o público brasileiro gosta dessas obras bobas e ruins de suspense. E eu acho que a Renée pode se reerguer, sim. Obrigada!

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sou a favor que as críticas da kamila, especialmente para filmes ruins, sejam sempre feitas dessa forma [2] GENIAL! Você conseguiu falar o quanto esse filme é ruim e o quanto a carreira de Renée está ladeira abaixo.

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Adorei a estrutura e a inventividade do seu texto, mas acho que vc pegou um pouco pesado com a Renée. Ela está em melhores condições do que muita gente aí. Ademais todo mundo faz porcarias. Acho que ela consegue ainda papéis de destaque. Não em boas produções, isso é pacífico, mas creio que esse seja o objetivo dela. Há atores que abdicam do protagonismo para estarem envolvidos em bons projetos (geralmente filmes independentes), não acho que seja o caso dela. Acho que ela está perseguindo seus objetivos. O que é sempre bom.
Bjs

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Adorei sua carta aberta e concordo com tudo que falou. Fui um pouco mais generoso e dei 5,0 pro filme porque me diverti MUITO com a minha irmã e minha prima que são muito medrosas! hehehehe

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Luís, obrigada!

Reinaldo, e quais seriam os objetivos da Renée? Fiquei curiosa! Será que não oferecem mais bons papeis para ela. Não sei por quê, sinceramente, ela tem feito algumas opções recentes de carreira. Beijos

Robson, dar 5,0 para este filme é, realmente, ser muito generoso.

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Não vi Caso 39, depois que vi o trailer no cine, já tinha certeza que dessa furada eu fugiria. Nem empolguei a ir.
Gosto da Renée, sempre achei ela uma atriz esforçada e dedicada, bem melhor que uma levada de atrizes descartáveis que Hollywood quer empurrar. Mas não sei como anda suas condições atuais, confesso que tempos que eu não vejo um filme novo dela.
Porém sempre torço para que ela volte com tudo. Quem sabe não é esse ano com o, por mim tão esperado, My own love song.

Parabéns pela forma sempre competente que consegue transmitir as suas percepções Kamila.

Bjs!

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Pois é… ela tá escolhendo muito mal seus roteiros. Acho que o grande trabalho dela foi em Jerry Maguire.

Vou passar longe deste filme dps do teu review. 😉

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Não vi o filme, mas todos estão detonando o filme. Acho que é questão de boas escolhas…

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Paulo, Obrigada! E eu também torço para que a Renée volte à velha forma, apesar de não gostar dela, como disse aqui! Beijos!

Bruno, eu gosto muito dela em “A Enfermeira Betty”.

Pedro, com certeza. Somente uma questão de boas escolhas.

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Nossa!!! uahauha’

Não consegui ver o filme inteiro, pois realmente é MUITO RUIM! Mas, não achei a Renee tão ruim assim. Achei apenas uma atuação a lá Zellweger, entende?

Beijos!

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Hahahaha, bom texto, Kamila!

E já tem um tempo que a Renee não faz nada que preste, né? Se resumiu as mesmas carinhas de sempre, encheu o saco.

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Alyson, entendo… A Renée tem dessas atuações mesmo, ela tem o estilo dela. Beijos!

Gustavo, obrigada! E ela sempre tem aquela mesma cara de engodo. Chega até a enjoar!

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Minha querida, esta “carta” para Miss Zellweger me animou o dia, lhe agradeço muito por isso! Além de me alertar em relação a este filme, que foi adiado muitas vezes e nem estreou nos EUA, se não me engano, mas já mostra pelo trailer a porcaria que deve ser.

Beijos e um ótimo fim de semana! 😉

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Onde assino? 😛

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Mayara, nem sabia que este filme tinha sido adiado algumas vezes, nos Estados Unidos. Mas, não me surpreendo com isso, devido justamente à baixa qualidade da obra. Beijos! Bom final de semana!

Wally, já tá assinado! 😉

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Vi este filme ontem.

Decepcionante.

A única coisa que valeu a pena é o potencial da atriz mirim Jodelle Ferland. Ela sim conseguiu transmitir doçura, timidez e principalmente calafrios em muitas cenas.

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Hahahahhahaha, esse é o espírito, Kamila!
SEU BEST POST EVER!

Bjs!

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Charles, concordo. A Jodelle Ferland tem excelente potencial. Ela foi a melhor coisa desse filme.

Otavio, obrigada! 🙂 Beijos!

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Hahahaha. Até ia dizer “coitada da Renée Zellweger”, mas covenhamos que ela merece isso e muito mais. Péssimas escolhas na carreira que a transformaram de uma atriz renomada para uma das piadas da década. Perfeito o texto!

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Vinícius, obrigada! Péssimas escolhas, realmente, a transformaram em uma piada. Triste ver até que ponto a carreira dela chegou.

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Pois é Ka. Acho que ela e o agente dela têm um plano de carreira. Ela quer papéis protagonistas que estejam dentro da zona de conforto dela. Ou seja, ela não quer se experimentar como atriz, quer ter seu nome no topo do cartaz e atingir um público já pré – determinado (que iria consumir esses produtos com ou sem Renée). É o tal de apostar o que chamamos de capital político ( ou prestígio), já que quem não curte esses tipos de filmes (comédias bobinhas como Recém – chegada ou o suspense Caso 39) pode dar uma chance para a produção por se tratar de uma atriz gabaritada. É o chamado win win. Ganha o estúdio, pois tem um senhor plus na divulgação do filme, e ganha Renée que não precisa se exercitar dramaticamente. Não é o rumo que eu tomaria. Mas é, sem dúvidas, uma opção de carreira. Um tanto diferente do que ocorre com Jennifer aniston por exemplo. Algo que eu irei abordar na seção Insight de amanhã no meu blog.
Bjs

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Ui, que filme nojento!
Você falou como quem era fã da Reneé, e isso te garante uma grande credibilidade. Vou passar longe da obra, mesmo porque nunca fui grande fã dela.

Até que enfim estou com tempo para fazer novas postagens para o Cinema em Casa. Mas acho que agora a frequência delas será bem menor.

Abs!

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Reinaldo, entendi seu ponto de vista, agora, e ele faz muito sentido. Mas, mesmo assim, esse plano de carreira é muito pouco para quem um dia já foi Renée Zellweger. Beijos!

Ramon, eu não sou fã da Renée, mas sou fã de cinema e ela era um grande nome da indústria, quer queira quer não. Abraços!

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Kamila, acho que vou ter que discordar de você e de todos que comentaram por aqui. Pois é, sou o do contra sempre, não tomo jeito! Bem, não sei se você sabe, mas lá em 2005 a Renée Zellweger muito desejava fazer um filme de terror. Afinal, ela passou a ser “descoberta” com a parte III de “O Massacre da Serra Elétrica” (que tinha até o Matthew McConaughey!) e queria se mostrar um pouco mais versátil em um gênero que pouco investiu. Era ela a atriz cotada para protagonizar a refilmagem de “O Olho do Mal”, mas ela desistiu do filme, dando passe para a Jessica Alba. Daí poucos dias depois ela fechou negociações para este “Caso 39”.

Bem, nem sei o por quê de ter dito todo esse blá-blá-blá, mas acho um pouco desrespeitoso criticar sem imparcialidade uma artista e culpá-la pelo fracasso de um filme. Afinal, um filme é feito através da parceria de várias pessoas e vários departamentos. Se não há uma harmonia neste trabalho em conjunto, tudo fracassa – e não se deve relacionar isto somente a uma pessoa. Eu assisti “Caso 39” e nem achei tão ruim como dizem. Se o filme tem problemas é por seus exageros, e não por causa do botox de uma atriz. Inclusive, acho uma bobagem essas pessoas que zelam por suas aparências físicas mais do que nunca. Mas o nosso dever é escrever sobre cinema e não nos inspirar em colunistas despeitados de revistas de fofocas que se preocupam com a maneira de como alguém se veste, se maquia, cuida da aparência…

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Alex, mas é bom ser do contra e apresentar uma perspectiva diferente da que eu acho ser correta. Não sabia que ela queria fazer filmes de terror desde 2005, mas ela poderia ter escolhido melhor seu projeto, não???

A segunda parte de seu comentário faz muito sentido, mas eu comentei aquilo que me chamou atenção neste filme: que foi a decadência artística e física de uma atriz. É triste ver no que Zellweger se transformou e só tentei externalizar isso.

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Kamila, não vi o filme, mas achei sua crítica sensacional – não pela forma que foi escrita, mas pelo ponto de vista de alguém que torce pelo melhor dos outros e de uma arte. Tou ansiosa pra ver sua crítica à Alice no País das Maravilhas X=

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Oi Kamila,
Concordo com sua “fúria”, risos! Eu gostei da Lily, o melhor do filme.

É uma pena que a Renée naõ se recicle. Pra mim, ela será a eterna Bridget Jones, a qual aprecio. Esse caso 39 está arquivado pra sempre!

bjs

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Madame Lumière, eu também gostei da menina que fez a Lily. Ela é mesmo o melhor do filme. Beijos!

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Caso 39 é um filme bem complicado e concordo com o q diz sobre os rumos da carreira da Zellweger. Ainda resta a esperança de My own Love Song, mas sei lá, acho q cansei de esperar reconhecimento a Zellweger. Fico com a lembrança dela em Enfermeira Betty, Bridget Jones, Chicago, Abaixo o Amor e Cold Mountain.

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Mandy, esse eu ainda não vi!

Wanderley, mas ela já teve reconhecimento demais, não achas???

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Eu discordo de vocês, Renée é uma grande atriz,mas é um ser humano com direito de falhar, pois ninguém é perfeito. Eu acho ela linda com ou sem botox.

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