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Shrek Para Sempre

publicado em:24/07/10 12:07 AM por: Kamila Azevedo Cinema

Quando estreou, em 2001, a animação “Shrek”, de Andrew Adamson e Vicky Jenson, conquistou enormes elogios e se diferenciou de outros filmes do gênero por fazer uma sátira dos chamados contos de fadas, os quais são caracterizados pelo envolvimento de algum tipo de magia ou maldição, que faz com que os personagens tenham que enfrentar enormes obstáculos antes de conseguirem o “felizes para sempre”. Entretanto, o que se viu nas continuações subseqüentes deste longa foi uma verdadeira descaracterização desta primeira intenção. Ou seja, a série cinematográfica acabou perdendo muito de seu brilho e isso atinge seu ápice em “Shrek Para Sempre”, de Mike Mitchell, que deve ser a última parte desta franquia. 

O filme é bem claro na sua intenção de mostrar que a vida de Shrek (dublado na versão original por Mike Myers) e Fiona (dublada na versão original por Cameron Diaz) não é mais aquela história de amor arrebatadora. A rotina pegou o casal – e isso é completamente natural, ainda mais se levarmos em consideração o fato de que eles possuem três filhos – e quem sente mais isso é Shrek. Por isso que ele vai procurar o duende Rumplestiltskin (dublado na versão original por Walt Dohrn), com quem ele faz um pacto. 

Entretanto, o preço que Shrek paga é muito alto. Ele vê todas aquelas pessoas que ele ama não se lembrando dele, além disso os ogros todos são perseguidos dentro do reino de Tão Tão Distante. Tudo isso faz parte do plano de Rumpletiltskin de dominar a localidade – algo que ele sempre quis, mas nunca conseguiu. O importante, no final, é que Shrek tirará desta experiência o aprendizado de que ele não precisa esperar perder o que lhe é de mais precioso para aprender a dar valor ao que ele tinha. Shrek tem que ser agradecido por tudo aquilo que ele conseguiu conquistar. 

Pena que uma mensagem tão bonita venha dentro de um filme que tem uma grande lacuna: a falta de inspiração do diretor Mike Mitchell. “Shrek Para Sempre” é uma obra um tanto preguiçosa, pois acha que basta ter personagens queridos, como os já citados Shrek e Fiona, além do Burro (dublado na versão original por Eddie Murphy) e do Gato de Botas (dublado na versão original por Antonio Banderas), para satisfazer ao público. Isso não é suficiente. É necessário que eles nos apresentem a história de uma forma legal, de forma a nos cativar e nos envolver. Esse não é o caso de “Shrek Para Sempre”. 

Cotação: 5,0

Shrek Para Sempre (Shrek Forever After, 2010)
Direção: Mike Mitchell
Roteiro: Josh Klausner e Darren Lemke
Com as vozes de: Mike Myers, Eddie Murphy, Cameron Diaz, Antonio Banderas, Julie Andrews, John Cleese, Jon Hamm, Walt Dohrn, Jane Lynch, Lake Bell, Kathy Griffin, Mary Kay Place



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Comentários


Concordo. O estúdio se esqueceu o ‘charme’ irônico que Shrek tinha, toda sua arrogância e paródia foram esquecidas para dar lugar a uma aventura típica e clichê. Acho que, como vem acontecendo há alguns filmes, o Burro e o Gato de Botas são os que roubam a atenção, exatamente por não mudar suas características tão particulares.

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Luís, mas nem o Burro e o Gato de Botas conseguiram chamar atenção aqui. Concordo, no entanto, que os filmes desta série viraram uma aventura típica e clichê.

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Olha, os comentários a respeito desse filme tem sido tão desanimadores que realmente estou considerando não ver esse novo longa da série (o terceiro já foi bem fraquinho para mim) ou deixar para o DVD. Uma pena ver a franquia chegar nesse ponto!

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Tomara que eles não caiam na tentação de fazer mais um porque está dando boas bilheterias. A essência de Shrek se perdeu nesse filme, uma pena que tenha terminado de forma tão melancólica.

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Mais uma crítica não muito favorável. Acho que é definitivo que a franquia não terminou bem.

Pessoalmente não me empolgo muito com o ogro, mas devo assistir.

Bjos.

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Também não gostei… Mas pelo menos não é o jiló que foi SHREK TERCEIRO.

Bjs!

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Cristiano, eu gosto do primeiro e do segundo filmes da série. A partir do terceiro, tudo degringolou de vez. Beijo!

Bruno, não terminou bem mesmo! Beijos!

Otavio, concordo! Beijos!

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Fiz uma experiencia com “Shrek Para Sempre”: comprei ingresso para uma sessão dublada e em 2D. E gostei. Acho que Mitchell deixou a malandragem típica da franquia pra se concentrar num enredo que pudesse elevar o espírito “família” da coisa. Atrapalha sim, mas existe resquícios daquele humor de duplo sentido característico de Shrek, Burro e etc.

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Só consegui assistir Sherek até o segundo. Não me empolguei em ver o terceiro e não me empolguei em ver este último da franquia. Como proceder neste caso, Kamila? ahhahaha

Eu vou tentar ver os dois, mas só acabei gostando mesmo do primeiro e nada mais. Gosto dos personagens, acho eles carismáticos, mas eu não consigo me envolver com a história. É horrível quando isso acontece.

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Confesso que nunca gostei do Shrek, rsrs. Mas acho o segundo filme divertido, mas depois, para mim, a franquia voltou para a grande monotonia. Não tenho vontade nenhuma de assistir esse, e ainda bem que é o último. rsrs.

Beijos! 😉

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Achei um filme bem divertido até, com alguns momentos muito inspirados. Ainda assim, é bem problemático – mas achei superior ao terceiro.

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Vinícius, não assista, então! rsrsrsrsrsrsrs Você não vai gostar!

Mayara, eu gosto do Shrek! rsrsrsrs E concordo que, a partir do terceiro filme da série, a franquia virou monótona. Beijos!

Wally, eu também achei melhor que o terceiro!

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Olá Kamila!
Concordo contigo, “Shrek para Sempre” não tem o brilho dos dois primeiros capítulos – até mesmo o 3 já ficou beeeem aquém dos demais. Resultado: risos momentâneos e passageiros, que logo são esquecidos. Na ânsia de querer arrecadar com um personagem que deu certo, a Dreamworks lança mais um capítulo, mas acaba até “prejudicando” a saga e a figura do ogro verde. Uma pena.

[***]

abs!

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Quando o Bussunda morreu o Shrek morreu junto o terceiro foi horrível e o quarto cheio de criticas negativas.
Acho que esse filme não vai ser indicado ao Oscar e se for vou ficar surpresa.

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