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Salt

publicado em:25/08/10 10:39 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Angelina Jolie é uma mulher de personalidade forte, independente e que não deve satisfação de sua vida a ninguém. Ou seja, uma atriz perfeita para encarnar um tipo de personagem que, se não fosse ela (graças a Deus pela sua existência, Angelina!), seria, provavelmente, interpretada por uma Megan Fox da vida. As heroinas de ação são quase uma especialidade de Jolie – vide filmes como “Tomb Raider – Lara Croft”, “O Procurado” e “60 Segundos”. E ela interpreta novamente uma mulher assim em “Salt”, aventura dirigida por Phillip Noyce. 

Uma qualidade de si mesma que Angelina Jolie traz para Evelyn Salt é o fato de que, assim como a personagem, a atriz tem muito mistério em torno de si mesma e é um enigma para muita gente. A protagonista do filme dirigido pelo Phillip Noyce é uma agente da CIA que, claramente, já fez muito pelos Estados Unidos. O roteiro escrito por Kurt Wimmer começa a se desenvolver de forma bastante inteligente, uma vez que cria uma dúvida bastante razoável na mente dos espectadores: poderia esta mulher ser uma agente dupla? Poderia ser ela o ponto mais importante de um plano russo para atacar de forma global os Estados Unidos e seus aliados? 

“Salt” se dedica ao desenvolvimento desta dúvida razoável durante a sua primeira hora. Após a resolução deste conflito, o filme se reinventa por completo – abrindo espaço para as reviravoltas e os clichês típicos deste gênero – e oferece para Evelyn Salt uma motivação, algo pelo que brigar – de forma a poder cumprir também outras jornadas, que podem ser exploradas em futuros longas, uma vez que fica uma porta aberta, na cena final, para possíveis continuações a esta história (e é um fato que a história de Evelyn Salt oferece várias possibilidades de abordagens, que, se bem orientadas, podem se tornar bem legais e transformar a personagem numa espécie de versão feminina de Jason Bourne). 

Phillip Noyce, que já havia trabalhado com Angelina Jolie anteriormente em “O Colecionador de Ossos”, também, de certa maneira, é o profissional certo para “Salt”. O diretor, além de ser muito competente nas inúmeras cenas de ação, conseguiu criar o clima certo de tensão e de suspense que este filme pedia. A plateia vai se sentir totalmente inserida na história da agente da CIA enquanto a obra durar, muito em parte porque o longa tem um ritmo muito ágil e sempre tem algo acontecendo e atraindo a nossa atenção. Finalmente, temos um bom exemplar do cinema de ação protagonizado por uma mulher. Nós merecíamos isso! 

Cotação: 7,5

Salt (Salt, 2010)
Direção: Phillip Noyce
Roteiro: Kurt Wimmer
Elenco: Angelina Jolie, Chiwetel Ejiofor, Liev Schreiber, August Diehl, Andre Braugher



Jornalista e Publicitária


Comentários


Estreia tomorró por aqui … OOOH DEMORAAA …
Mas se o ingresso embassar … tenho baixado aqui … e se eu realmente gostar (e pelo seu comentário e de alguns blogueiros, é extremamente ótimista) por que não … numa quarta feira … 6 mangos …

Beijim milla!

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É, nada mais que isso… “Salt” é um veículo para os fãs de Angelina Jolie, que nunca esteve tão bonita e certa de sua importância, sendo capaz de carregar qualquer filme nas costas.

Para Hollywood, pelo menos, Evelyn Salt entra para o hall das novas heroínas que podem ser exploradas pelo cinema em prequels, sequências, remakes, reboots, qualquer coisa. E, diferente de outras franquias, com toda a atenção do público geral. Desde que Angelina Jolie volte no papel principal.

Bjs!

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Gostei bem menos desse filme, mas é daquele tipo de produção que a gente assiste sem maior compromisso. Nesse sentido, até foi uma boa diversão, mas não consegui perdoar as falhas, rsrs.

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João, assiste no cinema mesmo! O filme merece. Beijo!

Otavio, eu achei a Angelina Jolie magra e plastificada demais, sinceramente! rsrsrsrrs Beijos!

Vinícius, exatamente. A gente assiste sem maior compromisso. As falhas são gritantes, especialmente as de roteiro! rsrsrsrs

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Eu gostei muito como fita de ação. A Jolie está muito bem, mas achei sua personagem mal composta. Eu a vi sendo mostrada bastante como mocinha, ao passo que se tratava de uma clara vilã.

Beijos

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Brenno, o roteiro é o lado mais vulnerável deste filme. Mas, ela não era uma vilã nata. Ela só é um ser humano falível, com um lado bom e outro ruim. A história de Evelyn Salt, na verdade, é uma história de redenção! Beijos!

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Angelina Jolie é mesmo a atriz perfeita para o papel, e o diferencial de ser uma mulher protagonista do filme é que salva a história do clichê total. Também achei envolvente e divertido.

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Kamila, adorei sua crítica! E mais: daria uma nota ainda maior! Achei “Salt” um filme surpreendente no que se diz respeito ao desenvolvimento da história. Além das reviravoltas, que achei espetaculares, o longa finalmente contempla uma personagem feminina como há muito não se via. Confesso nunca ter sido grande fã de Angelina Jolie, mas depois de “Salt” o meu conceito com ela subiu consideravelmente. A ação é outro show a parte, com destaque a cena das algemas nas escadarias. Pena que o filme não tenha atingido a bilheteria merecida em solo americano, mas estou torcendo pelo seu sucesso mundial para animar a equipe de rodar imediatamente uma sequência.

Bjs.

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Amanda, que bom que concordamos nessa.

Alex, obrigada! Eu achei as reviravoltas muito clichês, sinceramente. Mas, a história é muito boa e vale por colocar essa personagem feminina forte e que é uma heroina. Eu gosto da Angelina Jolie e acho que ela combina perfeitamente com este tipo de papel. Beijos! E vamos torcer pela sequência. 😉

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Pois é, um bom exemplar de ação made by power girl, mas não acho essa (para usar uma expressão da moda) coca cola toda não…
bjs

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Wally, e não é para esperar nada mais além disso, sinceramente.

Cleber, esse filme não é descartável…

Reinaldo, pois eu achei bem legal. Beijos!

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Acho que a Angelina Jolie não é excelente atriz e nunca foi, e todos sabemos que ela está onde está por causa da sua beleza e por ter um pai ator. Claro que ela também não é péssima, é só uma atriz burocrática e mediana, e que difilmente será mais que isso. Os únicos papéis que gostei dela foram em Garota Interrompida, em que ela realmente roubou a cena de Wynonna Rider, e Gia – Fama e Destruição, em que ela parecia incorporar um simulacro de si mesma. Fora isso, só variação do mesmo tema. Mas é bom que ela permaneça fazendo filmes de ação, pois ela se encaixa bem nesse gênero, que no fim não exige dela tanto esforço de interpretação, mas de sim condicionamento físico, e isso ela tem.
Sobre a Megan Fox, outra que tem apenas beleza e deve seguir a mesma linha.

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Jéssica, vou discordar de você. A Angelina Jolie pode não ser uma Meryl Streep ou uma Julianne Moore da vida, mas ela não é tão má atriz assim, não. E ela não recebeu ajuda do pai para chegar aonde está. Isso ela conseguiu pelos próprios méritos dela. A prova maior disso são os dois filmes que você citou. Foram eles que fizeram com que Jolie chegassem aonde está. Eles que deram o respaldo que a carreira dela necessitava.

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Kamila,esse filme me surpreendeu.Não tinha muitas expectativas sobre Salt e achei um filme muito interessante e que cópia a montagem agil da trilogia Bourne.Não seria Salt o Bourne de saias?acho que sim,mas isso é um elogio ao filme.Depois que Greengrass/Damon fizeram o mundo do cinema ficar com o queixo no chão com O Ultimato Bourne,vários diretores copiaram o estilo agil e rápido do filme,com uma montagem impecável que faz o telespectador se sentir dentro da cena.E após Bourne tivemos filmes que copiaram Bourne como:Ponto de Vista,007-Quantum of Solace entre outros e o filme de Phillip Noyce segue esse estilo só que de forma muito bem sucedida.Concordo contigo quanto a Angelina Jolie ser uma mulher forte e com grande simpatia do público,ideal para esse tipo de papel.E Angelina Jolie provou que o cinema de ação pode ter uma heróina feminina.As mulheres já dominaram o mundo há muito tempo e o Oscar de melhor direção para Kathryn Bigelow é a prova disso.Por que deus fez o homem primeiro que a mulher?por que primeiro ele fez o rascunho para depois fazer a obra prima,beijos querida.

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Paulo, esse filme também me surpreendeu. Fui assistir sem muitas expectativas, como você. “Salt” é o Bourne de saias, com certeza. 🙂 Até a estética do filme lembra a trilogia Bourne. Beijos!

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Muito legal o filme, concordo em 100% contigo, Kamila! De fato, envolve e Jolie domina muito o filme. Consegue conceber veracidade e dá sustância ao argumento do filme – visto que tem inúmeros clichês, obviamente. Mas, ah, é bem legal mesmo. Eu mesmo fiquei empolgado no filme com as cenas de ação e a atuação frenética e hipnotizante dela. Ela loira ou morena, vale e muito! rs

E acho a Jolie boa nos filmes dramáticos e nos de ação. Não sou fã, mas gosto. Para mim, melhor que a trilogia Bourne este filme.

Beijo!

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Foi uma grata surpresa. Também acho que sem a Jolie o filme não teria o mesmo resultado. Gostei também da direção do Noyce, que não é nada digno de prêmios, mas é eficiente e, como você disse, consegue criar o clima perfeito para o longa.

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Cristiano, pois eu prefiro bem mais a trilogia Bourne. Acho que, além dos roteiros serem mais coerentes e consistentes, a execução deles também supera a de “Salt”. Beijos!

Alexsandro, concordo totalmente com seu comentário.

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Malharam o filme de cabo a rabo, mas achei interessante. Talvez se tivessem levado a cabo o projeto original (com o Tom Cruise) eu não tivesse curtido tanto! Vide o fiasco que é o último filme do Cruise com a Cameron Diaz. No geral, Salt valeu como entretenimento. Coisa escassa nos dias atuais.

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Roberto, não sabia que “Salt” seria estrelado por um homem – ainda mais Tom Cruise! A mudança para uma personagem mulher foi pra melhor, certeza! Por isso que o filme se diferencia!

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oi..seu blog eh bem legal..mas vc poderia postar filmes fora do circuito..antigos e tal…e seus textos sao bem pequenos pq? bjos

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seus textos sao bons, mas vc deveria postar mais filme classico e antigo..e pq seus textos sao pequenos? bj

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Alice, obrigada pelos elogios e pelas sugestões. E não sei se meus textos são tão pequenos assim. Beijo!

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