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Querido John

publicado em:19/01/11 11:01 PM por: Kamila Azevedo DVD

É muito fácil decifrar o estilo do autor Nicholas Sparks, um dos mais vendidos, não só nos Estados Unidos, como no mundo inteiro. Os temas recorrentes de suas obras giram em torno, especialmente, do amor, do destino e de um leve toque de tragédia. Entretanto, a adaptação de “Querido John”, livro que ele lançou em 2007, ao contrário de outras como “Uma Carta de Amor”, “Um Amor para Recordar”, “Diário de uma Paixão” e “Noites de Tormenta”, não conseguem fazer a mesma conexão com a plateia.

A culpa não é nem do diretor Lasse Hallstrom, uma vez que ele parece ser feito para dirigir esses dramas românticos meio água com açúcar. O problema maior se encontra no roteiro escrito por Jamie Linden. Enquanto ele está na fase de estruturação da trama, quando acompanhamos as duas semanas em que John (Channing Tatum), militar das Forças Especiais do Exército norte-americano, e a estudante universitária Savannah (Amanda Seyfried) se conhecem e se apaixonam, o filme alcança seus melhores momentos.

O longa consegue manter o bom ritmo quando apresenta à plateia o grande conflito que se coloca diante do casal: a distância física, uma vez que ele passa o ano inteiro em missões nos lugares mais inóspitos do mundo e ela está na faculdade. Claramente, John e Savannah vivem momentos de vida diferentes, em que cada um tem uma prioridade diferente, responsabilidades distintas e essa é a grande prova pela qual o amor deles tem que passar. Na medida em os pontos de transição do roteiro nos vão sendo apresentados, Jamie Linden começa a perder o controle de sua história até chegar ao ponto em que o desenvolvimento rumo à sua conclusão é um tanto corrido.

Apesar de ser uma história de amor que começa como qualquer outra, mas termina revelando a maturidade dos seus dois vértices principais, falta mesmo à “Querido John” o carisma das outras histórias elaboradas por Nicholas Sparks. O único elemento que acaba conquistando a gente mesmo é o casal de atores Channing Tatum e Amanda Seyfried, especialmente no primeiro ato, quando as faíscas (com o perdão do trocadilho) de amor emanam em abundância na tela. Depois, a performance deles vai acompanhando a queda do roteiro, até os vermos completamente apáticos em tela, nem lembrando as figuras joviais e cheias de vida do início do filme.

Cotação: 4,0

Querido John (Dear John, 2010)
Direção: Lasse Hallstrom
Roteiro: Jamie Linden (com base no livro de Nicholas Sparks)
Elenco: Channing Tatum, Amanda Seyfried, Richard Jenkins, Henry Thomas, D. J. Cotrona, Scott Porter, Braeden Reed, Cullen Moss



Jornalista e Publicitária


Comentários


Depois que John vai para guerra o filme começa a descer ladeira abaixo. Não consegue manter o frescor de “Diário de uma paixão”, por exemplo. Mas, no final, achei bonzinho.

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Dos filmes baseados no Sparks só vi DIÁRIO DE UMA PAIXÃO, que achei bonitinho. Mas prefiro passar longe desses romances açucarados, não me atraem nem um pouco. Agora, uma curiosidade: o diretor desse QUERIDO JOHN é o Lasse Hallstrom, não é? Nunca achei seu cinema grande coisa, mas, mesmo assim, há de se pensar que, há 10 anos atrás, ele era um dos diretores mais constantes nas premiações do cinema norte-americano. Chegou a estar presente em duas cerimônias do Oscar consecutivas, com REGRAS DA VIDA e CHOCOLATE. Mas já faz um bom tempo que ele não acerta uma!

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Kamila, concordo totalmente com você. Acho que a trama é carismática em seu primeiro ato, que é bem mais resolvido que os posteriores. A única coisa que me fez aturar o filme até o final foi a presença de Richard Jenkins, excelente.

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Kamila, não gostei nada deste filme. Foi uma experiência bem díficil , tanto quanto Plano B.

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Wallace, eu gosto muito de “O Diário de uma Paixão”. Acho um belo filme. E o Lasse não acertava nem em “Regras da Vida”, quanto mais em “Chocolate”. rsrsrsrs

Alex, o Richard Jenkins, realmente, faz uma participação bem marcante no filme.

Flávio, não diria que é uma experiência difícil assistir a este filme…

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Pois é, é um filme bem fraco. O melodrama não se sustenta. E Sparks está com tudo mesmo. Dos 10 livros de ficção mais vendidos no Brasil atualmente, cinco são seus. É mole ou quer mais?
Bjs

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Assisti a este filme num dia de extrema paz interior, acho que por isso funcionou pra mim. Nada de mais, vários defeitos visíveis, mas nada que me fizesse repudiá-lo ou algo do tipo.
Bjs!

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Amanda, valeu! Vou lá ver!

Cassiano, você acha???

Weiner, eu não odiei-o tanto assim, mas não dá para ficar imune aos defeitos do filme. Beijos!

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Pois é, Kamila, acho CHOCOLATE uma bela de uma bobagem, sua indicação ao Oscar de melhor filme em 2001 foi um ultraje! REGRAS DA VIDA eu precisava rever, tem muito tempo que assisti.

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Achei esse um pouco melhor que “A Última Música”, que é chatinho. Mas, não é muita coisa. Assino embaixo com seu texto, esperava um filme acima da média vindo do Hallstrom. A diferença entre esse e “Sempre ao Seu Lado” é gritante. rsrsrs.

Beijos! 😉

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Wallace, eu não gosto dos dois filmes.

Mayara, não assisti ainda “A Última Música”, mas este filme está na fila! 🙂 E concordo em relação à diferença entre este filme e “Sempre ao Seu Lado”. Beijos!

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Ka, concordo muito contigo! Até na nota.

É uma pena, pois é um livro bem gostoso de se ler, eu mesmo li em 1 dia e meio. Me identifiquei com os personagens e achei os atores Channing Tatum e Amanda Seyfried péssimos. Sem química…diferente do que imaginei quando li o livro.

O problema mesmo é o roteiro, pois a direção de Lasse tá eficiente, ao meu ver. E Jenkins é o único que atua muito bem no filme.

Já o “A Última Música” é melhor adaptado, e achei Miley Cyrus muito bem! Deu conta do recado, viu? Confira.

Beijo!

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Cristiano, eu não li o livro, mas gosto das adaptações do Nicholas Sparks. Já assisti a todos os filmes baseados em livros dele, exceto “A Última Música”. Eu achei que Tatum e Seyfried até possuem química, mas a história aqui não ajudou em nada. Beijo!

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Diário de uma Paixão continua sendo, para mim, a melhor adaptação de Sparks para as telas. Esse é bem passível de elogios, mas o problema é o roteiro mesmo, já que gosto até demais de Amanda.

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esse filme é um calo pra mim… sai do filme achando que ele não era lá grandes coisas mas me tragou completamente pelo contexto de quando assisti e algumas coincidencias pessoais. o filme me emocionava e eu meio que sem entender o pq. saí na dúvida se o filme até era realmente bom, ou se apenas o contexto me fez ter aquela experiencia.

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Acreditas que o texto desse filme é um dos mais lidos do meu blog?
Até hoje quero a compreensão para isso.

Beijos Milla.

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