Gnomeu e Julieta
Muita gente fala sobre a crise de ideias de Hollywood e sobre a falta de originalidade no roteiro e nas histórias abordadas. A animação “Gnomeu e Julieta”, da diretora Kelly Asbury, está tão ciente disso que, no seu prólogo de abertura, coloca um personagem fazendo um alerta à plateia: sim, a história a que assistiremos já foi contada milhões de vezes, das mais diversas maneiras, nas mais diversas formas de comunicação. Entretanto, “Gnomeu e Julieta” propõe-se a fazer uma versão diferenciada da clássica história de William Shakespeare.
Após os 84 minutos de duração do filme, chegamos à conclusão de que o prólogo realmente não nos enganou em nenhum momento. A animação pega a história de Romeu e Julieta, jovens que vivem um amor proibido devido à desavença existente entre suas famílias e a transporta para dois jardins de duas residências de um subúrbio inglês. As casas são rivais e os duendes que ali vivem e cuidam daqueles ambientes também levam a mesma rivalidade a sério.
As diferenças entre o que assistimos em “Gnomeu e Julieta” e o que conhecemos da peça de William Shakespeare é que o roteiro desta animação acrescenta alguns elementos novos à este mítico romance. Por exemplo: num filme dirigido às crianças, não dá para se ter um final infeliz, então, existe uma mudança para não deixar os pimpolhos tristes com o desfecho, mas não antes, é claro, de fazer um suspense em torno da possibilidade ou não deste final feliz existir.
O segundo elemento novo presente na trama deste filme é o uso das músicas do cantor inglês Elton John como pano de fundo para o nascimento do romance entre Gnomeu (dublado por James McAvoy na versão original) e Julieta (dublada por Emily Blunt na versão original), ao ponto destas canções se transformarem num importante personagem para o desenrolar deste longa, uma vez que elas também funcionam como elemento de crônica à rotina dos duendes que ali vivem.
Uma obra carismática e com ótimo senso de humor, “Gnomeu e Julieta” consegue ser a primeira animação a se destacar em 2011 justamente por ter elementos, em sua história, que apelam demais ao público infantil. A lamentar, no filme, somente dois pontos: o primeiro, a falta de necessidade do uso da tecnologia 3D aqui, uma vez que ela mal pode ser notada; a segunda, o não envio de cópias legendadas ao Brasil. A dublagem de Vanessa Giácomo e Daniel de Oliveira (casal de atores na ficção e na vida real) é muito fraca. Somente Ingrid Guimarães se destaca com um ótimo trabalho feito na personagem Nanette.
Cotação: 7,5
Gnomeu e Julieta (Gnomeo & Juliet, 2011)
Direção: Kelly Asbury
Roteiro: Kelly Asbury, Mark Burton, Kevin Cecil, Emily Cook, Kathy Greenberg, Andy Riley (com base na peça de William Shakespeare e no roteiro escrito por Steve Hamilton Shaw, John R.Smith e Rob Sprackling)
Mais um filme que é bom evitar em ver tanto dublado quanto o 3D …
Mas vamos ver se chega um dvdrip dando um migé …
Abraços meu anjo!
A história me soa tão fofa e original. Gostei da ideia de usar anões de jardim. Verei em breve 🙂
[]s
Ainda não vi e confesso que vou esperar pelo DVD. Mas Vanessa Giácomo e Daniel de Oliveira superam Luciano Huck em “Enrolados”?
Bjs!
João Paulo, exatamente…. Abraços!
Raspante, a história é fofa e original, de certa forma. Abraços!
Otavio, eles estão inexpressivos como Huck! rsrsrsrs Beijos!
Filme fofinho.
http://cinelupinha.blogspot.com/
Oi Kamila, a principio fiquei com um pé atrás de assistir a este filme. A animação em si, a parte gráfica e tecnológica me pareceu similar a de Deu a Louca na Chapeuzinho, no qual os bonecos eram duros em seus movimentos, passando uma imagem meio precária.
A ideia parece interessante. Vou assistir.
Rafael, fofinho é a palavra certa para descrevê-lo! 🙂
Flávio, sim, o filme lembra muito “Deu a Louca na Chapeuzinho Vermelho”. Mas, o filme aqui tem mais vida!
João Linno, assista!
É isso, aquele prólogo nos ganha pelo senso de humor ao confessar que já vimos a história várias vezes, mas agora vai ser diferente. É infantil, mas divertida de assistir.
Que dificuldade que eles tiveram para adaptar Shakespeare,precisaram de 6 roteiristas rss.E gostei de vc mencionar a fraca dublagem do casal da Globo.Aqui no Brasil artista dubla animação mais para se promover do que para contribuir na qualidade da história.E nós que não temos nada a ver com isso tem que aguentar uma dublagem do Luciano Huck por exemplo que é tudo,menos dublador,Beijos Kamila.
Kamila meu 2°comentário.O diretor do filme Sem Limites(o ultimo que vc viu)não tem vergonha de plagiar o poster de Inception de Christopher Nolan.O poster é mt parecio hehehe,bjs e tinha q comentar esse detalhe.
Amanda, exatamente! Concordo contigo!
Paulo, poxa! rsrsrsrsrsrs Eu preferia assistir às versões originais, mas entendo as dublagens. Só acho que a versão original poderia ser exibida em horários alternativos. Vale lembrar que o Neil Burger dirigiu “O Ilusionista” no mesmo ano de “O Grande Truque” ! rsrsrsrsrsrs Beijos!
Ainda não vi o filme, preferi esperar pelo dvd para poder assistir legendado, ainda mais depois de ler a sua crítica. É lamentável substituir dubladores de verdade por atores globais só para arrecadar mais.
Jonathan, eu quero ver se assisto legendado também!
Verei esse, mas espero pra ver em casa. Acho que não vou apreciar tanto assim…rs 😉
Cristiano, eu acho que você pode até gostar bastante dessa animação, hein??? rsrsrrss Beijos!