Qualquer Gato Vira-Lata
A comédia “Qualquer Gato Vira-Lata”, dos diretores Tomas Portella e Daniela de Carlo, se apoia no conflito mais clichê de todos os tempos: as diferenças entre os homens e as mulheres, especialmente a forma divergente com que os sexos opostos encaram as relações amorosas, na maior parte do tempo. O roteiro do longa, o qual adapta uma peça teatral escrita por Juca de Oliveira, também é bastante clichê e não apresenta nada que a gente não tenha visto antes.
Neste sentido, é quase como se “Qualquer Gato Vira-Lata” fosse uma versão nacional de uma história como a vista em “A Verdade Nua e Crua”, filme dirigido por Robert Luketic, na medida em que temos um homem ajudando uma mulher a conquistar alguém (no caso do filme nacional, a personagem de Cleo Pires quer ganhar de volta seu ex-namorado canalha), mas que acaba se apaixonando por ela e vice-versa, sendo que com a seguinte diferença: o professor Conrado (Malvino Salvador) não é tão cafajeste quanto Mike Chadway (Gerard Butler) e Tatiana (Cleo Pires) não é tão arrogante e feminista quanto Abby Richter (Katherine Heigl).
Os diretores Tomas Portella e Daniela de Carlo foram muito felizes em vários aspectos de “Qualquer Gato Vira-Lata”, como na trilha sonora com músicas do casal Marcelo Camelo e Mallu Magalhães. Entretanto, o principal acerto deles foi na escalação do trio de atores central. Malvino Salvador, Cleo Pires e Dudu Azevedo podem não ser os mais talentosos, mas se encaixaram perfeitamente com os personagens que acabaram interpretando. O destaque aqui vai todo para Cleo Pires, revelando ser uma atriz de perfeito timing cômico, e para Malvino Salvador, que está muito confortável na pele de um cara que foge muito do seu estereótipo de galã.
O que chega a ser mais surpreendente num filme como “Qualquer Gato Vira-Lata”, no entanto, é como uma obra tão clichê acaba conquistando tanto a gente. A questão principal aqui acaba sendo que o longa envolve a gente na trama desde as suas primeiras cenas porque tem motivações comuns, conflitos reais (com os quais a maioria das pessoas pode acabar se identificando), além de mexer com a vontade que todos temos de encontrar um grande amor, um amor de verdade, que nos complete e faça bem, principalmente.
Cotação: 8,5
Qualquer Gato Vira-Lata (2011)
Direção: Tomas Portella e Daniela de Carlo
Roteiro: Claudia Levay e Julia Spadaccini (com base na peça de Juca de Oliveira)
Elenco: Dudu Azevedo, Cleo Pires, Malvino Salvador, Rita Guedes
A crítica mais positiva que eu li a respeito do filme… Fiquei curioso, gosto de comédias nacionais e esta, parece ser uma delícia 😀
Raspante, além de ser uma delícia, esse filme é super divertido!!
Surpreendente é a palavra! Eu iria passar longe desse, mas depois da crítica aqui, já olho com menos preconceito. Sempre surgem esses filmes que apesar de historinha clichê, acaba divertindo e valendo a pena!
É, Kamila, a trama principal com Malvino Salvador, eu achei interessante, melhorou sensivelmente o filme que começou bem fraco em minha opinião. Os personagens de Dudu Azevedo e o amigo, são clichês demais, babacas demais, me irritou. Mas, concordo que o filme acaba nos cativando a partir de certo ponto.
Confesso que fiquei surpreso com a critica.A trilha com musicas de Marcelo Camelo e Mallu Magalhães(o casal mais simpatico do show bizz nacional)me animou.Mas só vou conferir em DVD.Bjs.
Victor, o filme é totalmente bobo, mas conquista a gente, essa é a verdade.
Amanda, concordo que o filme começa fraco e melhora com a entrada do Malvino Salvador. O Dudu e o amigo dele são totalmente clichês mesmo, mas acaba não comprometendo, na minha opinião.
Paulo, gostei do “casal mais simpático do show bizz nacional”. Eu concordo! 🙂 Beijos!
Oi Kamila. Não tendo a péssima da Luana Piovani , que tem sido muito requesitada pelo cinema nos últimos tempos, envolvida – torna qualquer produção nacional assistível, rs.
Sem pressa eu assisto esse quando chegar as locadoras.
Flávio, ela não tá nesse filme aqui! Então, fica tranquilo! rsrsrsrs
Cleber, perfeito!
Eu quero conferir, mas confesso que detesto Cleo Pires, ela é péssima atriz e deveria ter aulas particulares com sua mamãe, rs!
Beijo
Cristiano, como eu disse, os três atores principais podem não ser os mais talentosos, mas estão muito bem aqui! 🙂 rsrsrs Beijos!
Realmente o filme é muito bom e engraçado!!!
Assiti 3 vezes no cinema (valeu muito a pena)… Quem ainda puder ver vá em frente, não vai se arrepender.
Larissa, eu também achei o filme bem engraçado!
acho que o personagem amigo do dudu salva o filme. o personagem é uma figura por mais clichê que seja.
Vidal, discordo de você, exatamente pelo motivo que você citou em seu comentário: o núcleo do personagem do Dudu Azevedo é totalmente clichê.
Eu não gostei , achei que ficou clichê DEMAIS, hollywoodiano ao extremo.Lembrou muito a história central de Ele Não Está Tão Afim de Você, mas achei bem superficial. A trilha sonora e o próprio clima do filme é gostoso,mas o final foi forçado demais pra mim!rs