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Transformers: O Lado Oculto da Lua

publicado em:16/07/11 1:58 AM por: Kamila Azevedo Cinema

O diretor Michael Bay vem da mesma escola que o diretor Roland Emmerich. Ou seja, ele disfarça o fiapo de história contida em seu roteiro num filme megalomaníaco, que privilegia cenas de ação que deixam a gente de queixo caído e fazem com o que o público tenha a sensação de ter visto algo grandioso, quando, na realidade, acabou de assistir a uma obra de conteúdo totalmente vazio. Um exemplo disso é o que Bay faz na série de filmes “Transformers”, cuja terceira parte, “Transformers: O Lado Oculto da Lua”, estreou nesta semana nas salas de cinema do Brasil.

O roteiro escrito por Ehren Kruger segue fielmente a estrutura dos dois filmes anteriores. Portanto, em “O Lado Oculto da Lua” acompanhamos mais um conflito entre os Autobots e os Decepticons. Os primeiros, que passaram a viver na Terra desde que perderam a guerra em seu planeta natal, continuam a ter os humanos como seus aliados. Os segundos, dessa vez, querem tentar colocar em prática um plano mirabolante que envolve teletransporte e a vontade de recriar o planeta de Cybertron.

Em paralelo a esta trama principal, que ocupa a parte que importa mesmo em “Transformers: O Lado Oculto da Lua”, temos o desenho da subtrama que envolve o protagonista humano dessa história. Recém-formado em uma prestigiada universidade, Sam Witwicky (Shia LaBeouf) está com uma nova namorada (Rosie Huntington-Whiteley), mas não consegue arrumar emprego de jeito nenhum. A crise de identidade de Sam, na realidade, esconde algo maior: ele só sente sendo ele mesmo de verdade, quando ele faz algo importante. Sam não tem que ficar preso num escritório. O propósito dele é estar na batalha, ajudando os seus amigos robôs Autobots e o Exército norte-americano a vencer seus inimigos.

Existe uma frase dita por Optimus Prime, o líder dos Autobots, que é muito representativa daquilo que os filmes da série “Transformers” são: “em toda guerra, existe calma entre os tempos ruins”. Essa calma não interessa ao diretor Michael Bay. Tome-se como exemplo “O Lado Oculto da Lua”, que pouco funciona quando relata a pressão para Sam arrumar um emprego, o calvário de entrevistas pelo qual ele passa, a chegada dos pais dele num trailer ou a crise do namoro dele com Carly. O longa encontra sua verdadeira essência nas cenas de batalha e nas tiradas espirituosas dos personagens interpretados por Frances McDormand e por John Turturro, que são peças importantes da engrenagem da guerra que os Autobots e os Decepticons travam. Neste sentido, Bay não decepciona. Ele entrega as melhores sequências de ação que essa série já viu – e isso, num filme como “Transformers – O Lado Oculto da Lua”, é o que acaba importando.

Cotação: 5,0

Transformers: O Lado Oculto da Lua (Transformers: Dark of the Moon, 2011)
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Shia LaBeouf, Josh Duhamel, John Turturro, Tyrese Gibson, Rosie Huntington-Whiteley, Patrick Dempsey, Frances McDormand, Kevin Dunn, John Malkovich



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Comentários


Micheal Bay é o simbolo do mais ridiculo dos blockbusters … porém ele é a essencia do que deveria ser o ideal … rasteiro e direto … sorte que alguns conseguem dissernir com ótimos filmes …

Dureza foi ver todos da sala aplaudirem de pé …

Beijos.

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João, Michael Bay e Roland Emmerich são os símbolos mais ridículos dos blockbusters. Apesar disso, eu acho que o trabalho dele nesse filme foi excelente. Ele se superou, no bom e no mau sentido.

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Para mim a série “Transformers” sempre foi bem isso: Um espetáculo visual e uma história “qualquer coisa”. Vou te falar que aguentar 2:40h desse filme é um exercício de paciência, hein. Quem sabe em DVD eu encare… (sem pressa)

Beijos.

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João, aguentar 2h40 desse filme não é exercício de paciência, ainda mais porque as cenas de ação ficam mexendo com a gente! rssrrsrs Beijos!

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Ah Kamila, eu corri desse filme. Pode conter cenas interessantes e até ser um entretenimento bacana, mas sei que iria odiar mais ainda M. Bay e seus robôs. Acho essa “saga” a mais idiota de todas. Medo!

[]s

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O roteiro do filme é uma piada, como todos os outros. Mas, o visual impressiona mesmo, só acho que cansa, poderia sem dúvidas ter meia hora menos.

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Atribuímos a mesma nota para essa fita, Kamila. Bay e Emmerich poderiam dar as mãos mesmo, mas ainda acho que nenhum filme do primeiro se iguala a “2012”, então Emmerich ainda é invicto nessa megalomania desenfreada e essa tendência ao apocalipse rs. Quanto ao “O Lado Oculto da Lua”, o roteiro é deixado de lado pelos efeitos, que são impressionantes mesmo. Nisso, não se tem o que reclamar, mas cinema não é apenas espetáculo, não é mesmo?

Bjs!

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Raspante, eu não tenho medo dessa saga, nem a acho idiota. Mas, te entendo! rrsrsrs Abraços!

Amanda, concordo que o filme poderia ter meia hora a menos.

Elton, o pior é que eu gosto de “2012”. rsrsrrsrsrs E cinema, definitivamente, não é somente espetáculo! 🙂 Beijos!

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Oi Kamila, Pelo menos não tem a Megan Fox né, que para mim é a versão americanda da LP (aquela atriz de quem nunca se deve falar o nome , rs)

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Kamila eu vi esse filme semana passada em 3D e sai com os olhos doendo.Juro por ti,esse é o “3D mais pornografico que eu vi”.Que filme ruim.Olha que procuro analisar uma ou outra qualidade em qualquer obra,mas esse filme é o mais puro “Caça niquel hollywoodiano”.Me explica o que deu na cabeça de Frances McDormand e John Malkovich aceitar entrar nesse projeto?e a patetica cena que o chinês de Se,Beber Não Case 2(nem faço questão de lembrar o nome do ator)sai do banheiro com Shia Labeouf?Transformers:O lado oculto da lua é barulhento,sem roteiro,desnecessario e que prova que os estudios de hollywood estão sem criatividade e apelam para continuações.Artisticamente a sétima arte não precisa de Zach Snyder,Michael Bay e Roland Emmerich.Beijos e bom domingão linda.

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Flávio, pois é. Só de não ter a chata da Megan Fox, esse filme vale horrores! rsrssrrs Um dia, ainda entendo a tua birra com a Luana Piovani!

Paulo, eu vi em 3D também! Acho que eles aceitaram fazer esse projeto pra se divertir, e você vê, claramente, que eles não levam a obra a sério e estão se divertindo mesmo! A cena do chinês de “Se Beber, Não Case 2” é a pior de TODAS!!!! Beijos e bom domingo!

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Passo longe. Abandonei a franquia no primeiro que é até engraçadinho, mas só! Bjos.

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Fael, eu ainda assisto aos filmes da série, independente do fato de eles serem ruins mesmo! rsrsrs Beijos!

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Bom, os efeitos são espetaculares. Mas aquele clímax de 1 hora tem ação empolgante na “primeira meia hora”. Nos 30 minutos seguintes, confesso que fiquei cansado. Mas o pessoal na minha sessão bateu palmas na hora em que o Bumblebee pegou o Sam e quando o filme acabou com o crédito ao “gênio” estampando a tela: DIRECTED BY MICHAEL BAY

Bjs!

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Medo, muito medo desse filme!

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Otavio, sim, os efeitos são deveras espetacular MESMO! Teve um cara na minha sessão que saiu gritando que “Transformers” era GENIAL! Até ligou pra outra pessoa para dizer isso! Tem gosto pra tudo! rsrsrssrs Beijos!

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