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Conan – O Bárbaro

publicado em:21/10/11 11:59 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Refilmagem do filme dirigido por John Milius, em 1982, “Conan – O Bárbaro”, de Marcus Nispel, possui algumas coisas em comum com essa obra. Em primeiro lugar, assim como no filme original, que tinha um ator (??) troglodita inexpressivo no papel principal (Arnold Schwarzenegger), na refilmagem, temos alguém do mesmo tipo (Jason Momoa, da série “Game of Thrones”). Em segundo lugar, o roteiro escrito por Thomas Dean Donnelly, Joshua Oppenheimer e Sean Hood possui quase que a mesma espinha dorsal daquele que foi escrito por John Milius e Oliver Stone, uma vez que o enfoque principal está no desejo de vingança de Conan pela morte dos seus pais.

Se tem uma coisa que vai ser bastante reforçada no decorrer de “Conan – O Bárbaro” é o fato de o personagem principal ter sido destinado para viver em batalha, uma vez que ele nasceu no meio de uma, já totalmente – e, literalmente – banhado em sangue. Ou seja, este é um ambiente bastante familiar para ele. Por isso mesmo, a desenvoltura dele como o grande guerreiro que ele se tornará. Apesar de o termo bárbaro se referir a uma civilização inferior, um ser classificado como um selvagem nobre, a verdade é que Conan tem um grande senso de justiça dentro de si. Podemos dizer que ele luta pelas causas certas.

Neste sentido, a trama de “Conan – O Bárbaro” se apoia na premissa mais clichê de todas, uma vez que a grande missão de vida do personagem principal parece ser vingar a morte de seu pai (Ron Perlman), que foi assassinado em sua frente, depois de toda a sua aldeia ser destruída, quando ele ainda era uma criança. Todos os passos de Conan o levaram de encontro à sua grande batalha final com Khalar Zym (Stephen Lang), o algoz de seus antepassados, e sua filha, a bruxa Marique (Rose McGowan). Portanto, espere muitas frases de efeito e, principalmente, um roteiro que não tem o propósito de fazer sentido, já que muitos acontecimentos ocorrem de forma atropelada, sem muita preocupação com seus respectivos desenvolvimentos.

Marcus Nispel é um diretor cuja carreira foi originada nos videoclipes. Na sua curta incursão como diretor de longas-metragens, podemos notar uma certa preocupação com o visual de seus filmes. Em “Conan – O Bárbaro”, logo salta aos nossos olhos a qualidade excelente de elementos estéticos como maquiagem, figurinos, fotografia, trilha sonora e direção de arte. Entretanto, Nispel peca naquilo que o longa deveria ter de mais forte: os efeitos visuais, que soam muito fracos, especialmente quando vistos no formato 3D.

Cotação: 3,0

Conan – O Bárbaro (Conan – The Barbarian, 2011)
Direção: Marcus Nispel
Roteiro: Thomas Dean Donnelly, Joshua Oppenheimer e Sean Hood (com base nos personagens criados por Robert E. Howard)
Elenco: Jason Momoa, Stephen Lang, Rachel Nichols, Ron Perlman, Rose McGowan



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Comentários


Nispel é um diretor q ate realizou filmes interessante de terror, como os remakes de Massacre da Serra Eletrica e Sexta Feira 13, tanto q esse Conan tem uma atmosfera dark razoavel e violenta, mas o resultado é bem ruim, um filme toscão!

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Pois é, a missão dele é vingar o pai, e a nossa é fazer papel de besta se preocupando com uma máscara poderosa que no final … Bom, deixa quieto. hehe.

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Celo, exatamente. Ele foi bom nessa esfera, mas o resultado, como você bem disse, é bem ruim.

Amanda, verdade… rsrsrsrsrsrs

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But wait … o remake de Sexta Feira 13 é nhé (mas mesmo assim decente em comparação aos filmes originais) … Já de Massacre é INDEFENSÁVEL.

Qual é o pior … ser um remake de um clássico do cine de aventura dos anos 80? Ser um remake? Ser da Millennium Films? Saber que Momoa não tem o carisma magnetico do Arnoldão?

Perguntas e mais perguntas …

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Kamila eu to correndo desse filme rss,já tive oportunidade de ver mas as criticas são tão negativas que estou assustado.Bjs.

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João, você e sua neura com a Millenium Films! rsrsrsrs

Paulo, mas, é pra se assustar mesmo! rsrsrs Beijos!

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Nossa, eu até que gostei do filme, salvo algumas reservas… achei bom terem desmitisficado o conan swarzenegger; pelo que já li sobre a originalidade do personagem, ele gosta mesmo de mulheres, bebedices, sangue e morte… e essa nova versão apresenta, ao meu ver um personagem mais inteligente, mais ágio e sagaz, ao invés de um mister que prefere carregar uma pedra gigante ao invés de movê-la; seja como for, o enredo infelizmente é previsível, de clichê mesmo… nenhuma mulher desse filme faz um bom papel (nada contra mulheres, muito pelo contrário, rsrs!) e o vilão torna-se detestável, mas não por ser vilão, mas pela incoerência de não saber se expressar como vilão digno de Conan. Nesse sentido, o Thulsa Doom, junto com os demais personagens dos dois primeiros filmes ficaria melhores se contracenassem com o Momoa, que tem sido injustiçado pela critica, na minha opinião… seja como for, esse filme não fica tão distante dos dois primeiros, principalmente do segundo, que é bem discutível, em minha opinião.
Abraços a todos!

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Tbm não gostei. Filme mais esquecível que este não tem!

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Claudio, excelente comentário, com ótimos pontos levantados. Obrigada pela visita e apareça sempre que quiser. Abraços!

Andinhu, verdade…

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Conan – O Bárbaro, é um filme com um roteiro todo cheio de furos. Até que a cenografia, a direção de arte e a de fotografia encantam, mas só. Aquele olhar do Jason Mamoa com as pupilas olhando por cima dos olhos e a cara de mau, o roteiro só tem início.

Concordo Kamila, acho que ainda você deu nota demais. rsrs

Abraço

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Cleiton, verdade. Pode ser até que tenha dado nota demais a esse filme! rsrsrsrs Abraço!

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[…] Marcus Nispel é um diretor cuja carreira foi originada nos videoclipes. Na sua curta incursão como diretor de longas-metragens, podemos notar uma certa preocupação com o visual de seus filmes. Em “Conan – O Bárbaro”, logo salta aos nossos olhos a qualidade excelente de elementos estéticos como maquiagem, figurinos, fotografia, trilha sonora e direção de arte. Entretanto, Nispel peca naquilo que o longa deveria ter de mais forte: os efeitos visuais, que soam muito fracos, especialmente quando vistos no formato 3D. (Crítica publicada em 21 de Outubro de 2011) […]

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[…] a deixar um rastro de mal por onde passa. Assim como aconteceu com Conan, no recente filme “Conan – O Bárbaro”, Teseu vai ver a pessoa mais importante de sua vida ser morta e é isso que muda completamente o […]

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