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Premonição 5

publicado em:3/11/11 11:50 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Existe uma piada bastante conhecida que fala o seguinte: a morte encontra um homem no bar, bebendo, e fala para ele que, na semana seguinte, ela volta para pegá-lo. Preocupado e sem querer perder seu momento no bar, o homem volta na semana seguinte lá, mas disfarçado com uma barba enorme. A morte, ao vê-lo, pergunta: “cadê aquele outro moço que costuma vir aqui?”. O cara “disfarçado” responde: “ele não apareceu hoje ainda”. Ao que a morte treplica: “ah, já que não tem ele, vai ser você mesmo”.

A moral dessa piada é a mesma dos filmes da série “Premonição”, os quais nos relembram, em suas cinco partes, que não se pode enganar a morte. Ou seja, quando a sua hora de partir chegar, não adianta querer fugir disso. A trama de “Premonição 5”, filme dirigido por Steven Quale, possui a mesma estrutura narrativa dos longas anteriores da série: o protagonista tem uma premonição de que algo muito ruim irá acontecer e, em decorrência disso, tem um ataque de pânico que acaba movimentando uma série de pessoas. A partir do instante em que a premonição se confirma em realidade, assistimos aos “sortudos” sobreviventes daquele episódio em particular serem dizimados por meio de uma série de mortes bizarras, cujos infortúnios são uma prova cabal de que eles não tinham como não falecer naquele exato instante.

No caso de “Premonição 5”, o desenho é o seguinte: Sam (Nicholas D’Agosto) tem um emprego que não o satisfaz em uma grande empresa e está prestes a jogar tudo para o alto pela chance de se tornar cozinheiro (a profissão que o realiza). Em uma viagem para uma confraternização com todos os funcionários da empresa, ele tem a visão que vai alterar o destino de seu chefe e de seu grupo de amigos mais próximos, incluindo a sua namorada. O que se segue a isso, a gente já conhece muito bem dos outros filmes da série.

Durante a experiência de se assistir “Premonição 5” é bom prestar atenção em alguns elementos que diferenciam este filme dos outros desta série. Por exemplo: o nome da empresa na qual Sam trabalha tem o curioso nome de Presage, palavra que, em português, significa justamente presságio ou adivinhação; e o crossover que é feito no ato final deste filme com os acontecimentos retratados no primeiro longa desta série, que deixam a estranha sensação de que este pode ser o destino final (com o perdão do trocadilho) desta franquia. Esse sentimento ainda continua no início dos créditos finais de “Premonição 5”, que faz uma compilação daquelas que são as mortes mais bizarras desta franquia – uma prova de que os produtores da série sabem que é justamente esse o maior atrativo desta franquia.

“Premonição 5” é aquele tipo de filme que você deve assistir com a mente totalmente aberta. Não se incomode com os furos e os elementos absurdos do roteiro (qual é o médico que deixa uma paciente prestes a se operar de correção de miopia sozinha, na sala de cirurgia, sem o acompanhamento de qualquer enfermeira?). Não ligue para as péssimas atuações (especialmente a de Miles Fisher). Afinal, não se pode esperar nada de um filme que possuía a intenção de nos deixar apreensivos, quando, na realidade, acaba ocasionando risadas nossas. E isso acaba sendo horrível, tendo em vista qual é o tema principal desse filme.

Cotação: 2,0

Premonição 5 (Final Destination 5, 2011)
Direção: Steven Quale
Roteiro: Eric Heisserer (com base nos personagens criados por Jeffrey Reddick)
Elenco: Nicholas D’Agosto, Emma Bell, Miles Fisher, Ellen Wroe, Jacqueline MacInnes Wood, P.J. Byrne, Arlen Escarpeta, David Koechner, Courtney B. Vance



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Comentários


Sinceramente anjo …
O que faz essa franquia ser para mim um deleite ver no cinema é que pelo menos consegue ter um plot decentemente original do que assassino idiota tipo Scooby Doo que mata por motivos idiotas (sinceramente, Pânico 4 tá INTRAGÁVEL).

Além de ser um dos melhores usos em 3D em filme … Gostei e muito desse novo capitulo … mas de uma coisa temos que concordar … funciona para quem é realmente é fã … se não gosta da franquia … fica difícil entregar uma nota alta.

Beijos anjinho! E te cuida.

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João, um plot decentemente original, mas extremamente repetitivo… A trama NÃO evolui. Os filmes da série são variações do primeiro. E só… O que me impressiona sempre nesta franquia é a criatividade das mortes bizarras. É uma pior que a outra… E discordo muito em relação ao uso do 3D, que acho péssimo, pra ser bem sincera. Beijos! E feliz aniversário, de novo!! 🙂

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Ahhh … tudo bem … mas ver pessoas passando mal em ver o filme … só aumenta a nota … como diz Mução … SÓ PRA FAZER O MAAAAAL eheheheh

Obrigado anjinho!

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nunca fui fã de nenhum filme dessa serie, mas teve gente falando bem, mas não levo muita fé mesmo. como disse, repetitivo.

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Não vi esse quinto filme, aliás, parei no segundo. E adorei a piada do início do seu texto.

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João, não sabia que tinha gente que passava mal assistindo a este filme??

Celo, é totalmente repetitivo.

Amanda, eu não sei porque insisto nessa série, mas assisti a todos os filmes dela.

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Veja bem Kamila,
Não consigo entender compartilho do mesmo pensamento que você, é uma série que de tão repetitiva poderia deixar de existir que não faria falta, porém assisti a todos os filme e ainda estou curioso por esse. rsrsrs

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Gosto do gênero, mas esta série foi ladeira abaixo.

O filme original é muito bom, com a ótima sequência inicial do avião.

A parte II se sustenta como diversão e a III até vale uma sessão em DVD.

A quarta parte é horrorosa e pelo que seu texto e está nova sequência segue o mesmo nível.

É uma pena, este tipo de continuação é o famoso caça-níquel.

Até mais

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É triste ver a morte de uma série/franquia aos olhos do público,o 4 eu já tinha achado horrivel e confesso que estou com medo de ver o 5.Kamila hoje em dia os produtores visma dinheiro,dinheiro,dinheiro e dinheiro.Aí as continuações tem roteiros risiveis e no desepero para encher os cofres a franquia é desrespeitada e morre aos olhos do público.Veja “Atividade Paranormal”.Eu achei o primeiro filme muito bacana,feito por uma “merreca”(um orçamento baixissimo) e que me deu muitos sustos.Pensei”nossa esse diretor Oren Peli vai fazer carreira no cinema,se com pouco dinheiro ele consegui isso,imagina quando dirigir para um grande estúdio.Resultado?ele optou em “ganhar dinheiro” e teve “atividade Paranormal 2″,Atividade Paranormal-Tokio”,”Atividade Paranormal 3″….daqui a pouco vai ter “Atividade Paranormal na casa do Paulo Ricardo” e assim vai rss.Mesmo não dirigindo todos os filmes ele teve participação como produtor pensando em dinheiro.Adorei essa piada no primeiro paragrafo do texto sobre o bar,teve uma que escrevi no blog do Otávio sobre a necessidade dos grandes estúdios em lucrar cada vez mais:em 2000 “Naufrago” foi um grande sucesso e Tom Hanks contracenava com uma bola de volei chamada “Wilson”.Kamila,em pleno 2011 que os produtores só pensam em dinheiro voce não acha que a bola chamaria nike ou adidas?,imagina hanks gritando:

“Nike,Nike,não vá….”

E a bola venderia milhões mundo afora.

E outra tendencia que dá muito dinheiro,mas tomara que não vire moda:Dividir filmes em parte.”Harry Potter -parte 1 e 2″ deu muito dinheiro,assim como “Amanhecer-parte 1 e 2” vai dar mais dinheiro ainda,e no futuro vai ter filmes divididos em 3 ou 4 partes.A morte de “Premonição” se deve a ansia de querer ganhar muito dinheiro sem respeitar a obra original

Beijos

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Cleber, acho que ela parou.

Hugo, você resumiu de forma perfeita meu pensamento sobre esta série. Até mais!

Paulo, eu acho que seu comentário foi perfeito. Perfeito mesmo! Hollywood, na realidade, atualmente, só pensa em lucro. Em relação à série “Atividade Paranormal”, eu já desisti dela no primeiro filme. Não tem condições. E ela reflete outro grande problema de Hollywood: a crise de ideias! Um filme completamente sobre nada. Beijos!

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Ai como eu adoro essa série! Tenho algo, acredito, no inconsciente que me leva a assistir e se divertir tanto, mais tanto com essa franquia que não espero ter um fim. heheh. É sério. Sabe aqueles tipos que filmes que SEMPRE eu vou assistir e lembrar de muitos momentos? É Premonição. Sei o que é isso não e me envergonho bastante disso, mas…o que uma morte trash seguida de um cabo de aço perfurando a tela que não me chame a atenção.

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Essa série para mim é sinônimo de guilty pleasure. Você sabe que não presta, mas está lá batendo ponto. “Resident Evil” e “Jogos Mortais” também se encaixam na categoria, embora jogos tenha tido um primeiro filme muito bom.

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A pessoa que vai assistir um filme desses já sabe o que vai encontrar pela frente. Eu fui ver, como você disse, de “mente aberta” e achei um bom fechamento da série (espero que seja o último).

Beijos.

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Luís, você não deve se envergonhar disso! Mas, as mortes trash desse filme, com certeza, são os elementos que mais chamam atenção nesta franquia.

Pedro, concordo, de certa forma, com seu comentário, uma vez que eu mesma fui lá bater na porta desses filmes mesmo odiando eles! rssrs

João Linno, verdade. Será que a gente pode reclamar disso??? Beijos!

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Admito que eu costumava me diverti com a franquia. A baixa qualidade cinematográfica era ofuscada pela originalidade do enredo(veja em, eu disse originalidade e não qualidade), e as mortes eram bacanas. Deu para aproveitar até o terceiro filme. Depois, a série que já demonstrava sinais de cansaço, afundou por completo com o quarto filme, que tinha o título original de “The Final Destination”, e, portanto, era para ser o último. Eu ainda não assisti a quinta parte, e depois de ler a sua resenha, fiquei com menos vontade ainda.

Abraços!

P.S: Obrigado por me adicionar no Filmow.

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Clóvis, eu me divirto com essa franquia, por incrível que pareça. Especialmente com a criatividade das mortes. Mas, acho que a série já deu o que tinha que dar. Abraços! E de nada!!! 🙂 Vou te adicionar no Facebook!

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É como o Pedro disse, os filmes não prestam e mesmo assim continuamos assistindo. E tbm acho que chega de “Final Destination”, que por mim devia ter acabado no terceiro.

Abraços!

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Confesso que achei os dois primeiros filmes “legais”. Mas, depois destes, nem quis ver os outros. Tudo chato, repetitivo, banal demais. Sem falar nos diretores escolhidos, “atores”, enfim…é o mesmo do “Jogos Mortais”.

bj!

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[…] “Premonição 5” é aquele tipo de filme que você deve assistir com a mente totalmente aberta. Não se incomode com os furos e os elementos absurdos do roteiro (qual é o médico que deixa uma paciente prestes a se operar de correção de miopia sozinha, na sala de cirurgia, sem o acompanhamento de qualquer enfermeira?). Não ligue para as péssimas atuações (especialmente a de Miles Fisher). Afinal, não se pode esperar nada de um filme que possuía a intenção de nos deixar apreensivos, quando, na realidade, acaba ocasionando risadas nossas. E isso acaba sendo horrível, tendo em vista qual é o tema principal desse filme. (Crítica publicada em 03 de Novembro de 2011) […]

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