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Eu Queria Ter a Sua Vida

publicado em:30/11/11 10:28 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Existe um certo ditado popular que diz que “a grama do vizinho é sempre mais verde!”. Tal frase representa aquele sentimento que temos, às vezes, de que a vida dos outros sempre é mais interessante, melhor ou menos difícil que a nossa. Esse ditado ainda é perfeito para representar o por quê de David Lockwood (Jason Bateman), um advogado bem-sucedido, com uma vida bastante estável, casado com Jamie (Leslie Mann) e pai de três lindas crianças sentir “inveja” da vida que seu amigo de infância Mitch Planko (Ryan Reynolds), um aspirante a ator, que mora num apartamento que parece um quarto de um estudante de colegial e que não tem responsabilidade ou maturidade alguma na vida leva.

O título nacional “Eu Queria Ter a Sua Vida”, do filme dirigido por David Dobkin, chega a ser ainda mais representativo dessa questão que falamos no parágrafo anterior. No decorrer da trama escrita por Jon Lucas e Scott Moore, vemos o desenho de uma situação bem parecida com a que foi retratada em filmes como “Tal Pal, Tal Filho” e “Sexta-Feira Muito Louca”. Ou seja, por algum acontecimento sobrenatural, as personalidades de David e de Mitch se misturam, de uma forma que um passa a viver a vida do outro e vice-versa.

Filmes como “Eu Queria Ter a Sua Vida” possuem uma lição de moral muito bem definida. Ao se colocarem um no lugar do outro e ao verem suas vidas de uma perspectiva bem diferente (neste sentido, o filme de David Dobkin possui momentos cômicos e dramáticos derivados dos “transtornos” que as mudanças de personalidades de David e Mitch provocam), os dois amigos podem empreender as transformações que são necessárias para que eles possam se tornar  pessoas melhores e seres com um caminho de vida cada vez mais permanente e que reforçam justamente o fato de que eles precisavam passar por essa situação em particular para poderem aprender estas coisas sobre eles mesmos e as pessoas que fazem parte do seu círculo familiar, profissional e pessoal.

Uma trama como a desse filme ainda proporciona aos seus atores a possibilidade de exercitarem algo muito importante: a possibilidade de enxergar o outro personagem, de também se colocar no lugar daquele outro ator e de imaginar o que ele faria se fosse você. Por isso mesmo, é muito bom ver o trabalho desenvolvido pela dupla Jason Bateman e Ryan Reynolds, os quais conseguem passar bem pela prova de interpretar os personagens um do outro. O destaque também vai para Leslie Mann, que se firma cada vez mais como uma coadjuvante de luxo dos filmes nos quais está envolvida, interpretando aqui um tipo bem parecido com o que ela fez em “Ligeiramente Grávidos”.

Cotação: 7,0

Eu Queria Ter a Sua Vida (The Change-Up, 2011)
Direção: David Dobkin
Roteiro: Jon Lucas e Scott Moore
Elenco: Ryan Reynolds, Jason Bateman, Leslie Mann, Olivia Wilde, Alan Arkin, Gregory Itzkin, Craig Bierko



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Comentários


Originalidade não é o forte da dupla de roteiristas Jon Lucas e Scott Moore.Apesar do sucesso de bilheteria de “Se Beber,Não Case”,não podemos negar que é uma história que já foi contada diversas vezes(grupo de amigos na despedida de solteiras enche a cara em Las Vegas…).Concordo sobre Leslie Mann e acrescento outro detalhe:é uma grande atriz que não teve a oportunidade de interpretar um grande papel.Bjs.

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Gostei desse filme. Ryan Reynolds está bem solto em cena.
A história é bobinha, porém divertida.

Bjs.

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Tive problemas com esse filme, mas concordo q a dupla protagonista é talentosa

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Paulo, nem sabia que essa dupla de roteiristas tinha escrito “Se Beber, Não Case”. rsrsrsrs Pois é. E eu concordo com o que você acrescentou sobre a Leslie. Beijos!

João Linno, eu também gostei desse filme. Como você bem disse, bobo e divertido. Beijos!

Celo, quais problemas que você teve???

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Kamila, eu fiquei surpreso ao ler o que você escreveu: eu realmente não imaginava que o filme pudesse atingir níveis como os que você apontou e isso me deixou curioso para vê-lo. Gosto de comédias mais maduras e se essa é uma, eu decerto vou me enteter ao vê-la.

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Luís, nem eu imaginava que o filme fosse ser tão divertido. Assisti na curiosidade mesmo.

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Sinceramente, adorei o filme. Confesso que não me preocupei tanto com o que você aborda na sua crítica, tendo em vista que acho eu as lições de morais estão sempre presentes e são, na maioria das vezes, muito parecidas – disso, nos filmes de troca de corpos. Gosto mesmo é da desconstrução do gênero que costuma ser bem “família”, através de um humor negro ótimo. Fiz uma crítica dele:
http://www.lumi7.com.br/2011/10/eu-queria-ter-sua-vida.html

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Júlio, eu gostei do filme também. Perfeita sua observação sobre a desconstrução do gênero com o uso do humor negro. Lerei a sua crítica. Fiquei curiosa. 🙂

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