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Guerra é Guerra!

publicado em:4/04/12 12:53 AM por: Kamila Azevedo Cinema

Com certeza, os melhores amigos – e colegas de trabalho – FDR (Chris Pine) e Tuck (Tom Hardy) nunca ouviram falar no seguinte ditado popular: “mulher de amigo meu, pra mim, é homem”. Se eles conhecessem essa pequena frase, provavelmente, não passariam por metade das situações com as quais são confrontados no decorrer da comédia romântica “Guerra é Guerra!”, do diretor McG. O roteiro escrito por Timothy Dowling e Simon Kinberg coloca FDR e Tuck na incômoda posição de se descobrirem namorando a mesma garota: Lauren (Reese Witherspoon).

Se estivéssemos diante de uma situação normal, veríamos FDR e Tuck abrindo mão de Lauren para um deles – provavelmente aquele que tinha visto a garota primeiro. Entretanto, estamos diante de um filme e, principalmente, em frente a dois personagens bastante peculiares. Acontece que, além de grandes amigos e colegas de trabalho, como já mencionamos, FDR e Tuck são agentes da CIA e cultivam uma rivalidade um tanto saudável um com o outro. Portanto, o fato de estarem namorando a mesma garota – sem que ela saiba que eles, na verdade, se conhecem – se revela a oportunidade perfeita para eles entrarem numa disputa particular para ver quem será aquele que ganhará o coração de Lauren, no final.

A partir deste ponto de virada na trama de “Guerra é Guerra!”, o filme ganha muito, pois, com a disputa entre FDR e Tuck e a forma como Lauren lida com a situação de namorar dois homens ao mesmo tempo, temos o desenho perfeito das grandes diferenças entre os homens e as mulheres, especialmente na forma de enxergar os relacionamentos. Enquanto FDR e Tuck só se preocupam em ver quem manda melhor com a garota, quem mais a impressiona; Lauren guarda o sentimento de culpa, o medo de magoar alguém com a sua escolha e pesa todos os prós e contras de cada um dos seus dois namorados para poder tentar visualizar quem seria a melhor escolha para ela.

O interessante também na disputa entre FDR e Tuck pelo amor de Lauren é que, como ambos são agentes da CIA e possuem toda uma estrutura mega moderna à disposição deles, os dois passam a utilizar tudo isso para espionarem um ao outro e tentar descobrir tudo que puderem sobre Lauren, de forma a terem a mínima vantagem possível nesta briga. Tudo bem que fica difícil acreditar que a CIA seria conivente com algo desse tipo (QUAL órgão seria?), mas isto atua a favor do filme de McG, na medida em que dá um ritmo de ação e aventura que tem sido típico aos filmes de comédia romântica recentes, como bem comprovam “Par Perfeito”, “Uma Noite Fora de Série” e “Caçador de Recompensas”, só pra citar alguns exemplos.

Apesar de ser uma história completamente clichê, com um desenvolvimento narrativo um tanto previsível, “Guerra é Guerra!” cumpre o seu papel de entreter a plateia, pois conta com esses elementos que tiram um gênero tão estabelecido como a comédia romântica de sua zona de conforto e dão um ritmo mais ágil à história, ao mesmo tempo em que traz três atores que estão bastante carismáticos nos papeis que interpretam. Preste atenção, especialmente, na química de Reese Witherspoon com Chris Pine e Tom Hardy. Fica nitidamente claro, pelas interações dela com cada um em cena, quem a personagem dela irá escolher. McG ainda nos presenteia com a participação mais do que especial de uma comediante tão talentosa quanto Chelsea Handler (que apresenta um talk show no E! Entertainment Television e, aqui, faz o papel da melhor amiga de Lauren), que rouba a cena quando aparece.

Cotação: 7,0

Guerra é Guerra! (This Means War, 2012)
Direção: McG
Roteiro: Timothy Downling e Simon Kinberg (com base na história de Timothy Dowling e Marcus Gautesen)
Elenco: Reese Witherspoon, Chris Pine, Tom Hardy, Angela Basset, Til Schweiger, Chelsea Handler, Abigail Spencer, Rosemary Harris



A última modificação foi feita em:abril 15th, 2012 as 11:14 pm


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Comentários


Eu também gostei do filme. Vale como uma boa diversão sem compromisso.
A Reese Witherspoon é carismática, isso ajuda muito.

Ps. Ficou legal o blog com o tema novo. =D

Bjs!

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João Linno, exatamente! Vale como uma diversão sem compromisso! 🙂 A Reese é mesmo muito carismática e olha que, aqui, ela interpreta uma personagem moderna, com um conflito moral bem delicado, mas ela se saiu super bem!

Obrigada! Peço a você que atualize o endereço novo do site no Cine Mosaico! 🙂 Beijos!

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Ka, primeiramente, parabéns pelo novo layout do blog. Ficou show! Espetacular! Um arraso! Gostei mesmo!
Quanto à crítica do filme, concordo plenamente contigo. Plenamente…
bjs

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Gostei bastante do novo visual do blog 🙂 Parabéns.

Agora quanto ao filme, hehe, eu realmente não consegui embarcar nele, entendo a questão do entretenimento, mas muita coisas soou falsa demais nessa história para mim. Vai ver estava de mal humor, hehe.

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Reinaldo, muito obrigada. Que bom que você gostou. O Patricio (que fez o design) trabalhou bastante no site. Depois, se você puder, atualiza o endereço novo no seu blogroll. Beijos!

Amanda, obrigada!! Eu embarquei total nesse filme. Sou uma besta, na verdade, pra gostar de comédias românticas. Eu concordo com você que várias coisas na história desse filme soam falsas, especialmente o fato de eles usarem a estrutura da CIA para espionarem uns aos outros. Se possível, também, queria que você atualizasse o novo endereço na sua lista de links.

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Não tenho muita paciêcia como esse tipo de filme (estou supondo que esse filme tenha um tipo, seja lá o que isso significa). De qualquer forma, esse aí não me incomodou tanto.

Abraço!!!

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Pedro, sim, esse filme tem um tipo bem definido: comédia romântica de ação. E é uma obra inofensiva mesmo. Abraço!

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Tem um bom tempo que Reese Whiterspoon vem repetindo caretas e gestos bem afetados.Tom Hardy será um astro do primeiro time de hollywood no futuro.Pode me cobrar.Beijos.

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Paulo, eu não vou te cobrar, até porque concordo com você em relação ao Tom Hardy. Ele tem talento e carisma! Beijos!

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Bem, eu sempre acho interessante e mistura de gêneros. O problema aqui é que ação funcionou mais para mim do que a comédia romântica, muito sem sal (culpa da Witherspoon, talvez, e sua falta de talento). Aí o filme sai perdendo. Acho que faltou ao McG abraçar de vez o pastiche como ele fez no primeiro As Panteras. Aqui, fica uma coisa meio fria, sem se jogar mesmo.

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Rafael, eu também acho interessante quando os gêneros se misturam. E concordo com você que a ação funcionou mais que a comédia romântica – só não acho que isso seja culpa exclusiva da Reese, até porque acho que ela tem carisma e talento.

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To com vontade de ver. Se for do nível de Uma Noite Fora de Série já fico satisfeito rs.

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Andinhu, este filme tem o mesmo estilo que “Uma Noite Fora de Série” e, curiosamente, a parte da ação funciona mais e melhor que a parte da comédia romântica.

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