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As Idades do Amor

publicado em:7/08/12 12:27 AM por: Kamila Azevedo Cinema


“As Idades do Amor”, título nacional do filme dirigido por Giovanni Veronesi (também co-autor do roteiro ao lado de Ugo Chiti), é perfeito para revelar as intenções da história que nos é contada. Ao longo dos 125 minutos de filme somos deparados com três histórias que revelam as formas como o amor se manifesta, de acordo com o momento de vida de cada um dos personagens. Ou seja, temos a primeira idade do amor (que se mostra na juventude), a segunda idade do amor (que se apresenta na idade adulta) e a terceira idade do amor (que pode ser vivenciada naquilo que o diretor chama de “um pouco além”, que seria o equivalente à melhor idade).

Desta forma, temos: Roberto (Riccardo Scamarcio), um jovem advogado, apaixonado pela noiva Sara (Valeria Solarino), que, numa viagem à trabalho para uma pequena vila na Toscana, conhece alguém que mexe com as suas estruturas emocionais e com as certezas que ele tinha em relação ao seu futuro com a noiva; Fabio (Carlo Verdone), um famoso âncora jornalístico, com um sólido casamento, se vê envolvido num complicado caso amoroso com uma mulher chamada Eliana (Donatella Finnochiaro), que ele conheceu em uma festa; e Adrian (Robert de Niro) é um professor de História da Arte cheio de segredos sobre a sua vida, que, quando não esperava mais, acaba se apaixonando por Viola (Monica Bellucci), a filha de Augusto (Michele Placido), seu melhor amigo.

Essas histórias têm como pano de fundo a paisagem sempre bela da Itália, que emana amor, leveza e encanto, oferecendo o clima perfeito para o relato de algo que tem, como elemento principal, a realização de algo sobre o amor e a vivência de uma situação nova relacionada ao tema. Por mais que não estejam interligadas entre si, apesar de um personagem ou outro aparecer em mais de uma história, os três relatos principais acabam se unindo pela presença do cupido (Vittorio Emanuele Propizio) que as viabiliza – um taxista romano cujas aparições, na realidade, acabam quebrando muito o ritmo do filme.

Por ser um filme que tem essa pegada mais leve, falando, basicamente, sobre pessoas se apaixonando na Itália, “As Idades do Amor” acaba lembrando, de uma certa maneira, “Para Roma, Com Amor”, de Woody Allen. Com uma diferença significativa: ao contrário do filme de Allen, que se utiliza de uma linguagem mordaz e com tiradas irônicas que são típicas do diretor norte-americano; o longa dirigido por Veronesi aposta num tom mais fantasioso, que chega a ser poético algumas vezes – fato que faz a gente entrar na atmosfera do longa, mas sem nunca ter um envolvimento mais profundo. Ou seja, “As Idades do Amor” é uma boa distração, que acaba assim que as luzes da sala de cinema se acendem.

As Idades do Amor (Manuale d’amo3e, 2011)
Direção: Giovanni Veronesi
Roteiro: Ugo Chiti e Giovanni Veronesi
Elenco: Robert de Niro, Monica Bellucci, Riccardo Scamarcio, Michele Placido, Laura Chiatti, Carlo Verdone, Valeria Solarino, Donatella Finocchiaro, Vittorio Emanuele Propizio



A última modificação foi feita em:agosto 31st, 2012 as 1:27 pm


Jornalista e Publicitária


Comentários


Kamila,é dificil não se apaixonar na itália,um lugar tão lindo que é um sonho(inclusive meu)viajar por veneza ou roma muito bem acompanhado.Fico aliviado por não ler nenhuma critica negativa sobre Robert De Niro que só erra ultimamente.E como tenho 26 anos me considero na segunda idade do amor rsrsrs 🙂

Beijos!

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Não assisti esse filme, mas a sua visão foi positiva. Em geral, da galera q acompanho, o pessoal não curtiu muito.

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Acabei não vendo esse filme, apesar de ser apaixonada pela Itália, hehe. Seu texto me deixou mais animada.

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Paulo, esse é um filme encantador e engraçado, apesar dos problemas. E Roma sempre ajuda. rsrsrsrs Beijos!

Celo, pois é, eu sei disso, mas acho que a pessoa tem que entrar no clima certo pra assistir a esse filme.

Amanda, espero que aprecie o filme. Também adoro a Itália.

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Interessante o texto, pois só tenho lido opiniões no Filmow e em blogs detonando o filme. Devo ver em casa, depois, em dvd mesmo. Deve ser um filme bom pra uma tarde de sábado. rs
Beijo!

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Cristiano, eu também tenho lido opiniões que detonam esse filme, mas acredito que ele tem qualidades e merece ser visto, até mesmo por uma questão de ser legalzinho… rsrsrsrs Beijo!

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