Rock of Ages: O Filme
Baseado em um musical da Broadway indicado a cinco Tony Awards, “Rock of Ages: O Filme”, do diretor Adam Shankman, tem uma história que é um verdadeiro clichê hollywoodiano e que já foi contada em longas dos mais diversos gêneros: aquela que está centrada em torno de personagens que acreditam em um sonho e que fazem o possível para realizá-lo. Neste sentido, no final dos anos 80, temos Sherrie (Julianne Hough), que sai de uma pequena cidade do Estado do Oklahoma e se muda para Los Angeles em busca do sonho de se tornar cantora.
Em Los Angeles, a cidade dos anjos e dos sonhos, pessoas como Sherrie não são únicas. É aqui que entra a figura de Drew (Diego Boneta), que também deixou a cidade dele de lado em busca do sonho de se tornar músico profissional. Ele trabalha num famoso bar da cidade (tipo o Whisky a Go Go, que movimentou a cidade norte-americana na década de 60, revelando bandas como The Doors) que foi o primeiro palco de muitos artistas que se tornaram grandes, como Stacee Jaxx (Tom Cruise, que continua a ser uma presença constrangedora em seus filmes) and the Arsenal, que é o grande ídolo de Sherrie e Drew.
Como “Rock of Ages: O Filme” se passa no final dos anos 80, o mais curioso no musical acaba sendo que assistimos aos personagens expressarem seus sentimentos por meio de versões de grandes clássicos daquela década, especialmente do gênero do glam metal, notadamente bandas como Styx, Guns ‘N Roses, Def Leppard, Twisted Sister, Journey, Bon Jovi, Pat Benatar, Joan Jett, Poison, Europe, dentre outros. Isso faz com que o filme tenha um tom bem leve e deveras cômico, especialmente no retrato caricatural que faz deste gênero musical e do verdadeiro exagero que foi a marca principal dos anos 80.
O grande problema do filme, no entanto, é se perder em uma trama paralela desnecessária e que pouco acrescenta à “Rock of Ages: O Filme”, que envolve o prefeito de Los Angeles, Mike Whitmore (Bryan Cranston, conhecido pelo seriado “Breaking Bad”), e sua esposa, Patricia (Catherine Zeta-Jones), e a cruzada que o casal faz para banir os estabelecimentos dedicados ao rock ‘n roll, numa subtrama que lembra muito o longa “Footloose”, cujo remake, curiosamente, foi também co-estrelado por Julianne Hough; além de uma cena totalmente sem propósito envolvendo os personagens interpretados por Alec Baldwin e Russell Brand.
Dirigido por Adam Shankman, que também é um famoso coreógrafo e já tinha enveredado pelo território dos filmes musicais com seu trabalho em “Hairspray – Em Busca da Fama”, “Rock of Ages: O Filme”, apesar de ser um bom entretenimento, esbarra justamente nos muitos problemas do roteiro, que atrapalham até mesmo a boa crítica subliminar que é feita pela história à indústria musical. No final, é bom ficar de olho em Diego Boneta, que faz a sua estreia em filmes e foi revelado pelo programa “Codigo Fama”, o “American Idol” do México. Boneta, além de ser um talentoso ator, segura bem as pontas de interpretar um personagem que é totalmente clichê em uma história que é igualmente clichê.
Rock of Ages: O Filme (Rock of Ages, 2012)
Direção: Adam Shankman
Roteiro: Justin Thereoux, Chris D’Arienzo e Allan Loeb (com base no musical de Chris D’Arienzo)
Elenco: Diego Boneta, Julianne Hough, Tom Cruise, Alec Baldwin, Russell Brand, Constantine Maroulis, Mary J. Blige, Bryan Cranston, Catherine Zeta-Jones, Paul Giamatti
Tô bem ansioso pra conferir. Só pela trilha sonora, já deve ser foda.
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Pelo trailer e pelos astros envolvidos me parecia um projeto melhor.Vou assistir mas sua critica só confirma a falta de idéias originais do cinema americano.
Bjs!
humm…. NADA nesse filme me chamou a atenção. a não ser a presença do Bryan Cranston…
não curto nenhuma dessas bandas ai, no máximo guns n roses… é, não é pra mim! hehe
Rafael, a trilha sonora é bem legal, pena que as cenas que as executam sejam cafonas. rsrsrsrs
Paulo, eu também achei que fosse um projeto melhor, mas a execução do filme deixou muito a desejar.
Bruno, eu só fui assistir a este filme porque amo musicais. E algumas músicas da trilha sonora são muito legais. Gosto dos anos 80! rsrsrs
Sabe, tb não acho o filme grande coisa, mas me pegou pela diversão. Ultimamente, poucos filmes me fizeram dar boas risadas no cinema. E isso foi de muita valia. 😀
Kamila, particularmente não gosto desta atriz loira, a Julianne Hough. Parece o típico caso de artista que consegue oportunidades meio que ajudada por alguma namorado famoso ou reality show de celebridades, tipo a Mulher do Marcos Paulo rsrs.
Celo, eu me diverti também ao assistir a este filme, mas somente isso. Como filme, tem alguns bons defeitos.
Flavio, nem eu gosto da Julianne Hough. O padrinho dela é o namorado, Ryan Seacrest… Ele que deve insistir pra ver se ela fica famosa! rsrsrsrsrsrsrs Mas, antes dele, ela já tinha certa notoriedade por causa da participação no reality show “Dancing With the Stars”, em que ela era uma das professoras dos artistas.
Eu estava com muita vontade de conferir essa obra quando vi o trailer. Adoro musicais e adoro as músicas dos anos 80. Infelizmente, a sua crítica não é a primeira que eu vejo criticando o roteiro do filme. Espero que, ao menos, a trilha sonora seja boa.
Abraços!
Clóvis, eu também adoro musicais e não perco a chance de conferir um longa desse gênero na grande tela. A trilha sonora é boa, o problema é a execução geral do longa. Abraços!