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Caça aos Gângsteres

publicado em:7/02/13 2:17 AM por: Kamila Azevedo Cinema

O filme “Caça aos Gângsteres”, de Ruben Fleischer, se passa na Los Angeles da década de 40, quando a máfia que dominava a cidade atingiu o seu ápice. No longa, essa facção do crime organizado está representada por Mickey Cohen (Sean Penn), que é o dono da cidade, dominando as transações ligadas aos ramos do tráfico de drogas, venda de armas, prostituição e apostas de jogos. Não contente com isso, ele ainda se dedica a comprar políticos, juízes e, claro, policiais; que fingem não perceber que a cidade está rumando para um ciclo vicioso de violência, de medo e de intimidação.

O título original deste filme faz referência ao esquadrão antigângster que é reunido pelo Chefe de Polícia Parker (Nick Nolte) para tentar acabar com o reinado de Mickey Cohen, detonando todos os seus negócios e varrendo o mafioso de Los Angeles. Parker é um policial honesto, dedicado à servir e proteger (lema da polícia norte-americana) e, para essa tarefa, ele reúne um grupo de policiais liderado pelo Sargento John O’Mara (Josh Brolin), o qual também possui as mesmas qualidades que o Chefe Parker, porém o que esses integrantes – Sargento Jerry Wooters (Ryan Gosling), Coleman Harris (Anthony Mackie), Max Kennard (Robert Patrick), Navidad Ramirez (Michael Peña) e Conway Keeler (Giovanni Ribisi) – também têm em comum com a personagem interpretada por Nick Nolte é o fato de que todos eles querem que a sua cidade seja um lugar mais pacífico.

Um dos pontos mais interessantes do roteiro escrito por Will Beall é que ambos os lados dessa guerra (mafiosos x policiais) brigam pelo mesmo motivo: o futuro. Essa é uma das palavras mais faladas durante “Caça aos Gângsteres”, uma vez que Mickey Cohen acredita que ele é o progresso que Los Angeles necessita, enquanto que os policiais que lutam contra ele acham que ele significa um horizonte sombrio que acaba sendo somente um reflexo da obscuridade e do medo que já marca o tempo presente para aqueles que se dedicam de forma honesta à lei ou para o próprio cidadão comum.

Caça aos Gângsteres” se destaca por completo na sua parte técnica, notadamente no bom trabalho desenvolvido com a direção de arte e os figurinos, que recriam muito bem a conjuntura histórica na qual o filme se passa. Entretanto, chama a atenção no longa o fato de que o elenco, apesar de ser formado por bons atores, não está no seu momento mais inspirado. Sean Penn está completamente desfigurado por uma maquiagem que mais atrapalha do que ajuda na sua interpretação. Ryan Gosling está em um de seus momentos mais apáticos como ator. Além disso, Emma Stone não consegue convencer como uma garota-problema-musa da máfia. Só Josh Brolin que consegue mostrar algo de interessante, talvez por estar interpretando um tipo que lhe é bastante habitual. No balanço geral, “Caça aos Gângsteres” é um filme que nada acrescenta a um gênero que já rendeu verdadeiros clássicos do cinema, principalmente por causa do roteiro ser um tanto previsível.



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Comentários


Roteiro pra lá de previsível, mas realmente a parte técnica está muito boa, não apenas figurino e direção de arte, como as próprias cenas de ação são bem orquestradas. Achei o filme morno.

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Uma pena que o filme seja assim, nem vou ter pressa em assisti-lo. Li por ai que as refilmagens que o filme passou não ajudaram muito no pacote final… Será que tem a ver?

Beijos! 😉

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Mayara, não sabia que o filme teve que ser refilmado em algumas partes. Mas, de uma coisa tenho certeza: se um filme precisa ser refilmado, é porque algum problema ele já tinha antes… Beijos!

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