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Ginger & Rosa

publicado em:22/10/13 1:14 AM por: Kamila Azevedo DVD

“Ginger & Rosa”, filme dirigido e escrito por Sally Potter, tem um título auto-explicativo, na medida em que a sua história fala sobre a relação de amizade que se desenvolve entre as duas personagens títulos (interpretadas por Elle Fanning e Alice Englert). As duas nasceram no meio da II Guerra Mundial, mais precisamente num dos dias mais importantes deste conflito, quando, em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.

De uma certa maneira, a aproximação das duas amigas se deu, não só no seu nascimento (as mães das duas estavam no mesmo hospital, uma ao lado da outra), como também foi uma coisa que se sucedeu naturalmente nas vidas delas. “Ginger & Rosa” faz uma captura de um momento particular das vidas das duas amigas, quando na década de 60, em meio à Guerra Fria e à Revolução Sexual, as duas começam os caminhos de amadurecimento que serão o grande teste de fogo para o destino da amizade entre as duas.

Ginger (Fanning) cresceu num ambiente intelectualmente fértil, uma vez que seu pai, Roland (Alessandro Nivola), é um escritor respeitado, conhecido pelas suas ideias pacifistas e que vão, curiosamente, de encontro àquilo que sua única filha pensa, uma vez que Ginger está fazendo escolhas que a transformarão em uma ativista, especialmente contra uma possível guerra nuclear. Ao mesmo tempo, Ginger cresceu em um ambiente familiar muito inóspito, na medida em que o relacionamento entre seus pais nunca foi estável emocionalmente, e isso é algo de que sua mãe, Natalie (Christina Hendricks, do seriado “Mad Men”), se ressente bastante.

Já Rosa (Englert, em seu primeiro papel importante no cinema) cresceu num ambiente familiar bem diferente do de Ginger, já que foi criada por uma mãe solteira chamada Anoushka (Jodhi May), que pulava de relacionamento amoroso em relacionamento amoroso, sem encontrar um parceiro fixo. Por essa razão, a amizade entre Rosa e Ginger era mal vista, especialmente por Natalie, que não achava que a adolescente era uma companhia decente para a sua filha. Entretanto, Rosa e seu lado corajoso e aventureiro era justamente o contraponto necessário para o amadurecimento de Ginger, que era uma menina de essência, digamos, boa.

Por isso mesmo, o grande destaque do filme dirigido e escrito por Sally Potter seja a atuação da jovem atriz Elle Fanning, que foi revelada por Sofia Coppola, no péssimo “Um Lugar Qualquer”. Fanning consegue passar com perfeição todos os conflitos internos e emocionais que se passam em Ginger. Na realidade, “Ginger & Rosa” é sobre o amadurecimento da personagem interpretada por ela, fazendo um retrato de um momento vivido por Ginger, de descobertas, de decepções e de encarar a realidade que era necessário para que ela deixasse de vez a inocência de lado para começar a adentrar na idade adulta.



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Jornalista e Publicitária


Comentários


Sendo sincero. O filme é o famoso filme pequeno para testar talento. Elle Fanning e Christina Hendricks arrasam nesse filme. Uma grande pena que a personagem de Alice é muito mal construida e da metade para o final se entrega ao automático e ao ridiculo. Mas ao mesmo tempo, Tanto Fanning como Hendricks mostram para o que veio.

É o famoso filme para estudar atuação … nada mais … nada menos.
Abraços Milla!

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Pois é, também não conhecia e me pareceu interessante. Apesar de ser mais uma história de amadurecimento (ando com uma certa preguiça desse tema), o enredo me chamou a atenção e também os elogios a Elle Fanning. Grande atriz, assim como a irmã.

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João, seu comentário oferece um ponto interessante com o qual concordo. “Ginger e Rosa” é o tipo de filme pequeno feito para testar talentos como o da Elle Fanning e ela se deu muito bem. Christina Hendricks também está ótima, num papel bem diferente do que ela interpreta em “Mad Men”. O roteiro, como você bem nota, é o grande problema do filme.

Hugo, que bom!

Bruno, Elle Fanning é uma atriz que promete. Ela e a irmã Dakota são muito talentosas.

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Assisti o trailer achando que seria um filme forte, aquele tipo de filme que é feito pra você ficar pensando, estilo “Precisamos falar sobre Kevin”, mas depois que assisti, só me decepcionei…
Um filme com muitas pontas soltas e que você termina com um grande “?” na cara.
Sinceramente, detestei. Os atores interpretam com vontade e só. Não é um filme que eu recomendaria pra ninguém.

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Laís, não achei que esse fosse um filme forte, mas concordo que termina com uma grande interrogação devido à irregularidade do roteiro. O elenco é o grande destaque de “Ginger e Rosa”.

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