Mulher-Maravilha
Nascida na paradisíaca ilha de Themyscira e filha da rainha das Amazonas, Hipólita (Connie Nielsen), Diana (Gal Gadot) nasceu com a aura de princesa e embaixadora dos seus pares. Curiosamente, Diana sempre foi protegida pela mãe, que sempre hesitou muito até permitir que Antíope (Robin Wright), finalmente, pudesse treiná-la para que ela se transformasse numa Amazona e, consequentemente, estivesse apta a defender seu reino de Ares, Deus da Guerra e maior inimigo das Amazonas.
Este é, basicamente, o prólogo de Mulher-Maravilha, filme dirigido por Patty Jenkins, e uma das maiores apostas da DC Comics para o ano de 2017, especialmente tendo em vista o futuro filme da Liga da Justiça, que tem direção de Zack Snyder, e previsão de lançamento para este ano. Assim, fica claro o objetivo do filme: apresentar a personagem para o grande público e criar um clima favorável para a estreia do grande longa da DC Comics no ano.
O ponto de virada na trama de Mulher-Maravilha acontece quando o piloto norte-americano Steve Trevor (Chris Pine) aparece, do nada, em Themyscira. Aqui, é importante fazer um adendo: a ilha em que as amazonas moram segue uma linha temporal totalmente paralela ao mundo em que vivemos, então Steve sai da II Guerra Mundial (conflito que ele vivia naquele período) e mergulha fundo numa localidade que vivia pacificamente e que enxerga nos relatos de Steve a volta de Ares.
É assim que Diana toma para si a função de levar Steve de volta para casa e enfrentar Ares, restabelecendo a paz à humanidade. No desempenho desta missão, alguns pontos bem interessantes, como o choque de realidade que Diana vive ao adentrar na Londres da década de 40, bem como o relacionamento que ela estabelece com a equipe de trabalho de Steve. Entretanto, do ponto de vista narrativo, o ponto maior de interesse nesta trama é a transformação que Diana passa, descobrindo-se a si mesma (especialmente os seus poderes) e encarando o seu destino como a grande heroína que ela é.
Como dissemos anteriormente, Mulher-Maravilha foi um filme que nasceu com grandes ambições. A maior delas é cumprir uma função social e comercial, dentro de Hollywood, uma vez que o longa traz uma protagonista forte, interpretada por uma atriz quase que estreante no mercado norte-americano, e tendo como chefe uma diretora. Porém, Mulher-Maravilha chega a desapontar bastante, especialmente porque, quando o longa deveria ficar cada vez melhor, que são nas cenas em que vemos, de maneira mais pungente, a transformação de Diana na heroína, a obra perde muito o seu impacto. Talvez, em Liga da Justiça, filme no qual a personagem dividirá a cena com dois grandes heróis (Superman e Batman), a situação mude de figura.
Mulher-Maravilha (Wonder Woman, 2017)
Direção: Patty Jenkins
Roteiro: Allan Heinberg (com base na história dele mesmo, de Zack Snyder e Jason Fuchs, bem como baseado nas personagens criados por William Moulton Marston)
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Connie Nielsen, Robin Wright, Danny Huston, David Thewlis, Said Taghmaoui, Ewen Bremmer, Elena Anaya
Gosto do filme, fiquei mais empolgada que você, mas entendo que ele vai caindo mesmo. Gosto muito da parte inicial das Amazonas e é uma pena que elas fiquem lá atrás, por exemplo.
Amanda, concordo contigo em relação às Amazonas e meu problema com “Mulher-Maravilha” começa quando o filme entra no conflito propriamente dito. Ali, eu acho que a obra se perde no roteiro.