Viva: A Vida é uma Festa | Resenha Crítica
A animação Viva: A Vida é uma Festa, dirigida por Lee Unkrich, se passa durante um dos feriados mais tradicionais da cultura mexicana: o Dia dos Mortos, que, assim como o nosso Dia de Finados, é celebrado no dia 02 de novembro. Reza a cultura mexicana que, nesta data, os mortos recebem uma permissão divina para visitar os entes queridos e amigos que ficaram no mundo material – e por eles são recebidos com muita música, comida, bebidas, flores, velas e incensos.
No início do filme, vemos a família Rivera se preparando para celebrar esta data. Entretanto, ao contrário de outras famílias mexicanas, os Rivera recebem os seus mortos com um pouco mais de reverência, sem a presença da música. Aliás, no caso deles, a presença da música nos momentos de comemoração é completamente proibida, na medida em que se transformou num fator de muita dor para a família, a partir do momento em que o marido da matriarca abandonou a todos, em especial a filha Mamá Coco (dublada por Ana Ofelia Murguía na versão original).
Numa luta para ir contra a tradição familiar, Miguel (dublado por Anthony Gonzalez na versão original) sonha com o dia em que poderá viver seus dons musicais abertamente. E é justamente assim, sonhando com a bênção que terá de seus familiares, que Miguel embarca numa jornada no mundo espiritual, em que entrará ainda mais em contato com as suas origens e aprenderá a valorizar aquilo que a sua família tem de mais profundo: a tradição, os valores e as crenças.
Viva: A Vida é uma Festa é um filme que faz um contraponto muito interessante entre a valorização da tradição por parte da família Rivera, ao mesmo tempo em que aborda os costumes de uma cultura bastante forte, como a mexicana. É desse embate entre o pensamento novo com a crença mais habitual que encontra-se um dos pontos altos do filme. Ao mesmo tempo, a animação nos comove com uma trama que fala alto ao nosso coração, na medida em que nos mostra que, enquanto estivermos ligados pelo amor e pela lembrança, aqueles a quem amamos sempre se manterão vivos dentro de nós.
Viva: A Vida é uma Festa (Coco, 2017)
Direção: Lee Unkrich e Adrian Molina
Roteiro: Adrian Molina e Matthew Aldrich (com base na história original escrita por Lee Unkrich, Matthew Aldrich, Jason Katz e Adrian Molina)
Com as Vozes de: Anthony Gonzalez, Gael García Bernal, Benjamin Bratt, Alanna Ubach, Renee Victor, Jaime Camil, Alfonso Arau, Ana Ofelia Murguía
Indicações ao Oscar 2018
Melhor Canção Original – “Remember Me”
Melhor Filme de Animação
Veja mais indicações ao Oscar 2018, neste post.
Avaliação/Nota
Média Geral
[…] an Actress in a Supporting Role: Allison Janney, Eu, Tonya Best Animated Feature Film of the Year: Viva – A Vida é uma Festa Achievement in Cinematography: Roger Deakins, Blade Runner 2049 Achievement in Costume Design: Luis […]