Pantera Negra | Resenha Crítica
É importante ter em mente, enquanto assistimos a Pantera Negra, filme dirigido e co-escrito por Ryan Coogler, que não estamos diante de um típico longa de super heróis. Em primeiro lugar, porque o Pantera Negra não é dotado de imortalidade ou de um super poder que faz parte de sua genética. Em segundo lugar, porque, ao contrário de outros super heróis, ele não se preocupa com a proteção da humanidade como um todo – mesmo que, ao proteger Wakanda, ele também esteja guardando todo o planeta.
O Pantera Negra é uma figura que representa o Rei de uma nação africana chamada Wakanda, o qual, ao ascender ao poder, se reveste dessa mitologia e dessa figura, e ganha poderes políticos e físicos. Quando o filme inicia, estamos acompanhando um momento de transição em Wakanda, quando T’Challa (Chadwick Boseman) herda o trono do país, após a morte de seu pai (John Kani).
Neste sentido, faz-se necessário mencionar que Wakanda é uma nação que vive isolada do mundo e, apesar disso, consegue ser um país extremamente evoluído do ponto de vista tecnológico, principalmente pelo fato de terem sob a sua guarda a maior reserva de vibranium (tipo de metal que tem a capacidade de absorver toda a energia ao seu redor) do mundo. Esse é um metal bastante cobiçado e aí reside a importância da figura do Pantera Negra como protetor desse legado.
Pantera Negra, portanto, coloca T’Challa tendo que lidar com sua nova posição de Rei, de Pantera Negra e líder de Wakanda e, ao mesmo tempo, com a iminente ameaça de um fato do passado de seu pai vir à tona e que poderá causar estragos permanentes, não só em Wakanda, como em todo o mundo.
Dirigido por Ryan Coogler, Pantera Negra é um filme que surpreende pela maneira como desenvolve esta narrativa. O longa funciona muito bem como um ponto introdutório para a história desta personagem, especialmente para aqueles que não possuem familiaridade com as histórias em quadrinhos, e consegue criar expectativa para futuras continuações – que devem vir, devido ao enorme sucesso que o filme tem feito em todo o mundo.
O Pantera Negra foi uma personagem criada pela Marvel Comics em 1966, justamente no mesmo ano em que nasceu um Partido chamado Panteras Negras, que tinha influências do Socialismo e instituiu uma série de programas sociais comunitários nos Estados Unidos, trazendo as minorias para o foco da sociedade norte-americana. De uma certa maneira, podemos encontrar um paralelo entre isso e este filme/universo narrativo. Pantera Negra dá voz às minorias, falando sobre a força, não só da cultura africana, como também da população negra. Em tempos em que a representatividade importa, isso ganha uma relevância maior ainda!
Pantera Negra (Black Panther, 2017)
Direção: Ryan Coogler
Roteiro: Ryan Coogler e Joe Robert Cole (com base nos personagens criados por Stan Lee e Jack Kirby)
Elenco: Chadwick Boseman, Michael B. Jordan, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Martin Freeman, Daniel Kaluuya, Sterling K. Brown, Angela Bassett, Forest Whitaker, Andy Serkis, John Kani
Que bom que conseguiu ver e gostou, Kamila, rs. É, de fato, um filme importante e que bom que é bem feito.
Amanda, adorei “Pantera Negra”.
Um filme incrível, de representatividade única. Parabéns pelo blog.
Airton, obrigada pela visita e pelo comentário! Volte sempre! 🙂
ainda não assisti ao filme e agora vai ser só pelo blu ray. ando totalmente saturado de filmes de super heróis. parece que esse é um pouco diferente…
Brauns, sim, esse é um filme diferente dentro do gênero de super heroi. Vale muito a pena assistir.
Filme de grande relevância social. Nos ajuda entender as diversidades culturais.
Antonio, concordo contigo!
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