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Busca Implacável 2

publicado em:16/10/12 1:55 AM por: Kamila Azevedo Cinema

Continuação do sucesso de 2008, que marcou o início da transformação da carreira de Liam Neeson de um sério ator dramático em astro de filmes de ação, “Busca Implacável 2” se apoia no mesmo conflito narrativo do primeiro filme: a necessidade de vingança. A diferença aqui é que, do papel de algoz do grupo albanês especialista em tráfico de mulheres e que tinha sequestrado a sua filha Kim (Maggie Grace), Bryan Mills (Neeson) passa para a função de ter que defender a sua vida e a de sua família – além da filha, a ex-mulher Lenore (Famke Janssen) – na medida em que ele se vê alvo dos familiares daqueles a quem ele exterminou no filme anterior.

Portanto, nesta sequência sai a figura do pai que faria de tudo pra defender a vida de sua filha e entra uma nova figura paterna – Murad (Rade Sherbedgia) – que quer se vingar pela morte do seu filho e que, pra isso, não vai medir esforços para encontrar o paradeiro de Bryan e, principalmente, colocar a vida das pessoas que ele mais ama em risco. A oportunidade perfeita para o plano de Murad ser colocado em prática ocorre quando Bryan, Lenore e Kim decidem passar alguns dias de férias juntos em Istanbul, capital da Turquia. Definitivamente, viajar de férias não é para a família Mills. Tudo sempre dá errado.

O plano de vingança de Murad permite que o diretor Olivier Megaton realize um filme cujo clima de tensão cresce a cada cena, envolvendo a plateia de uma forma irreversível na trama escrita por Luc Besson e Robert Mark Kamen. Além disso, Megaton demonstra uma desenvoltura muito grande na direção das cenas de ação, especialmente naquela que é a mais surpreendente de todo o longa: a que coloca Kim e Bryan numa perseguição de carros no meio daquelas minúsculas ruas europeias, enquanto eles procuram chegar na embaixada dos Estados Unidos em busca de proteção.

Entretanto, o ponto mais alto de “Busca Implacável 2”, sem dúvida, é a presença de Liam Neeson. Um ator de extrema credibilidade, Neeson passa uma autenticidade muito grande na pele de Bryan, um ex-agente do governo dos Estados Unidos que tem um sentimento de culpa muito grande pelo tempo que ficou afastado de sua família. São esses valores que norteiam as suas ações, desde o primeiro filme dessa série. É uma motivação muito humana, talvez, por isso, a empatia imediata da plateia com o personagem que ele interpreta, que é digno de figurar no mesmo hall que outros clássicos justiceiros, como Paul Kersey, que foi imortalizado pelo grande Charles Bronson, na série “Desejo de Matar”.



A última modificação foi feita em:novembro 17th, 2012 as 12:15 pm


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