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Guerra Mundial Z

publicado em:19/12/13 1:06 AM por: Kamila Azevedo DVD

Filmes como “Guerra Mundial Z”, dirigido por Marc Forster, existem a torto e a direito se analisarmos a história do cinema, especialmente o norte-americano, que é muito afeto ao chamado cinema catástrofe, gênero cinematográfico em que os seres humanos são confrontados com situações quase irreversíveis e que nos fazem ter a percepção de que o fim do mundo como o conhecemos está muito próximo. Por isso mesmo, a necessidade de que um longa como esse apresente um diferencial, de forma, até mesmo, a chamar a atenção da plateia. Infelizmente, este não é o caso da obra – que é um dos maiores projetos do ator Brad Pitt em 2013.

Talvez, isso seja um reflexo direto da produção complicada de “Guerra Mundial Z”, que não contou com o apoio da Paramount Pictures, especialmente no que diz respeito à primeira edição feita pelo diretor Marc Forster, que era considerada “abrupta e incoerente” pelos chefes do estúdio. Revisões feitas por Drew Goddard e Damon Lindelof no roteiro original escrito por Matthew Michael Carnahan também não ajudaram e deixam o longa com a leve sensação de que estamos assistindo a uma série de reuniões de pequenos acontecimentos, em escala global, que não possuem coesão e que continuam deixando “Guerra Mundial Z” como um filme que pode receber os adjetivos que os chefões da Paramount o caracterizaram.

Tentar explicar a trama principal de “Guerra Mundial Z” é muito fácil. Nela, Brad Pitt interpreta um ex-investigador da Organização das Nações Unidas (ONU) chamado Gerry Lane, que é recrutado novamente pelo governo norte-americano quando uma enfermidade se espalha pelo mundo transformando as pessoas em zumbis. O filme tem como enfoque a investigação feita por Gerry para tentar descobrir o que está acontecendo antes que a humanidade seja totalmente extinta.

Em paralelo a essa trama principal, o roteiro também nos mostra o lado humano de Gerry Lane, por meio do relacionamento que ele possui com sua esposa, Karin (Mireille Enos, conhecida pelos papeis na série “Big Love” e “The Killing”), e as duas filhas. Porém, mesmo assim, o tipo de direção impressa por Marc Forster nessa obra – e isso chega a ser surpreendente, especialmente se levarmos em consideração seu histórico como diretor – transforma “Guerra Mundial Z” num longa muito frio e que falha em estabelecer uma conexão com a plateia, que, dificilmente, irá se importar com o destino desses personagens.

Desta maneira, “Guerra Mundial Z” se destaca pelo ótimo trabalho exercido na parte técnica do longa. Preste atenção especialmente ao ótimo trabalho de direção de fotografia feito Ben Seresin e Robert Richardson, em tons cinzas e granulados que reforçam a sensação de que o mundo, realmente, está num momento muito sombrio; à boa trilha sonora composta por Marco Beltrami e, especialmente, aos Efeitos Visuais, que foram pré-selecionados, inclusive, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS) para concorrer a uma das vagas da categoria.



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Comentários


Concordo em quase tudo, menos no que diz respeitos à direção fria do Forster. Eu acho até que o filme tem seus momentos de tensão, e apesar da longa duração até que ele transcorre rapidamente. No mais, o resto é uma bagunça: atuações inexpressivas (especialmente do Pitt) e um roteiro sem estrutura alguma. O ponto alto do filme é seus efeitos visuais.

Nota: 5,5

Abraços!

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Clóvis, pois eu não senti que o filme transcorreu rapidamente. Pelo contrário, achei o filme longo e uma grande bagunça.

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