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Recontagem

publicado em:18/07/08 11:03 PM por: Kamila Azevedo TV

O ano de 2000 ficou marcado na história dos Estados Unidos como o da eleição presidencial mais estranha de todos os tempos. De um lado, o candidato do Partido Republicano – e Governador do Texas – George W. Bush. Do outro, o candidato do Partido Democrata – e Vice-Presidente do país – Al Gore. Os olhos da nação e do mundo inteiro estavam voltados para o Estado da Flórida, o qual era governado por Jeb Bush (irmão mais novo de George W.) e um dos maiores colégios eleitorais do país.

 

Ao que tudo indicava, quem fosse o vencedor daquele Estado sairia com a presidência dos Estados Unidos. Ao longo da noite de 07 de Novembro de 2000, as projeções variavam entre Bush e Gore. No final, mesmo tendo sido o candidato mais votado do país, por ter perdido a Flórida, o representante do Partido Democrata saiu derrotado. Apesar disso, Al Gore não desistiu de brigar e – na constatação dos muitos problemas que aconteceram por lá no dia da votação – lutou em todas as instâncias para que os votos dos habitantes da Flórida fossem recontados.

 

O telefilme “Recontagem”, que foi indicado a 11 Primetime Emmy Awards 2008 e foi dirigido por Jay Roach, recria tudo o que aconteceu no decorrer de mais de um mês de luta das equipes dos Partidos Republicano e Democrata para conseguir aquilo que queriam: ver seu candidato eleito Presidente dos Estados Unidos. Para tanto, o roteiro do estreante Danny Strong (ator que fazia o Doyle, namorado de Paris, no seriado “Gilmore Girls”) focaliza figuras públicas como: Ron Klain (Kevin Spacey), o conselheiro geral do comitê da recontagem de Gore; David Boies (Ed Begley Jr.), advogado contratado por Gore; Katherine Harris (Laura Dern), a Secretária de Estado da Flórida; Michael Whouley (Denis Leary), estrategista da campanha de Gore; James Baker (Tom Wilkinson), o conselheiro da campanha de Bush na recontagem; dentre outros.

 

“Recontagem” se utiliza de um recurso narrativo muito parecido com o visto em “Vôo United 93”, de Paul Greengrass. Ou seja, vemos em tela uma espécie de documentário ficcional. Ao longo de 115 minutos de duração, o telefilme nos enche com muita informação e o diretor Jay Roach (conhecido pelos filmes da série “Austin Powers” e “Entrando Numa Fria”) imprime um ritmo frenético a esta obra. E, se “Recontagem” nunca deixa a peteca cair, é por causa da excelência do roteiro e das maravilhosas performances de todo o elenco.

 

Cotação: 9,5

 

Recontagem (Recount, 2008 )

Diretor: Jay Roach

Roteiro: Danny Strong

Elenco: Kevin Spacey, Bob Balaban, Laura Dern, Ed Begley Jr., John Hurt, Denis Leary, Tom Wilkinson



Jornalista e Publicitária


Comentários


Kami, fiquei curiosíssimo. Particularmente, eu adoro filmes que mostram poder, política, realeza e coisas do tipo. Mas o que mais me chamou atenção foi quando vc diz que a narrativa é parecida com a de Vôo United 93, filme este que eu acho um espetáculo.

Além disso, tem Spacey e Wilkinson no elenco. Ah, e a subestimada Laura Dern.

Bjos.

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Louis, “Recontagem” está mais que recomendado porque é um belíssimo filme.

Cecília, se você tiver HBO, o filme estreou nesta semana no canal.

Otavio, seja bem-vindo de volta! Espero que goste de “The Dark Knight”. Beijos!

Kau, “Recontagem”, além dessa característica, ainda possui a mesma qualidade que o filme do Paul Greengrass. Os três atores que você citou foram indicados ao Emmy pela performance no telefilme. Acho até que a Dern irá ganhar – merecidamente – a categoria dela.

Beijos.

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Jura mesmo? E, me diz uma coisa, vc baixou este telefilme ou está em algum canal?

Laura Dern é uma das minhas atrizes preferidas. Sei que você não gosta, mas as suas parcerias com David Lynch são excelentes (Veludo Azul, Coração Selvagem e, principalmente, Império dos Sonhos). Bjos.

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Adoro esse tipo de filme. E pela comparação com o longa do Greengrass pode-se esperar bastante do filme.

Kamila, aproveitando para comentar sobre outro filme, eu vo As Crônicas de Spiderwick quarta-feira. Confesso, nunca fui fã desse tipo de filme, mas achei esse filme simpático e querido, divertido, enfim. Achei melhor que Nárnia (o 1º), que inclusive vou rever para ver se não deixei nada passar quando vi o filme. Por causa de Spiderwick, pode ser que goste mais do filme. Lembrei do teu texto (e o do Otávio) sobre o filme e não pude deixar de comentar.

Abraço e bom final de semana!!!

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Ah, olha o que eu disse quando comentei no teu texto:

“Não é meu tipo de filme, mas em dvd com certeza o verei.
Bom saber que é legal.”

Só o cinema tem esse poder…

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Bom, quero ver esse filme em breve, na próxima vez que passar na HBO, porque realmente parece ser ótimo!

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Engraçado ver um telefilme ter uma recepção tão boa! Fiquei interessado, mas o elenco também é show. Tenho que quebrar esse meu preconceito com este típo de filme.

Ciao!

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Kau, assisti a este telefilme no dia em que ele estreou, na HBO Brasil. A Laura Dern não é das minhas atrizes favoritas, mas tenho que tirar o chapéu para o trabalho realizado por ele neste telefilme.

Pedro, “As Crônicas de Spiderwick” foi uma das agradáveis surpresas desse primeiro semestre. O filme é muito bem feito e conta com uma história fascinante. O engraçado é que também não sou fã de filmes naquele estilo, mas adorei o trabalho feito pelo diretor neste filme em particular. Abraço e bom Domingo!

Mateus, não deixe de assistir porque é ótimo!

Wally, o que eu achei mais estranho nisso, é que o roteiro de Danny Strong poderia ser bem aceito pelos estúdios. Se a HBO fez, é porque ninguém mais se interessou pela história – o que é um absurdo! E quebre mesmo seu preconceito em relação aos telefilmes. Foi-se o tempo em que estas eram obras melosas e dramáticas.

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Fiquei interessado nesse filme depois que vi aquelas indicações no Emmy (inclusive duas para melhor ator, o que para mim foi uma surpresa), mas realmente não sabia do que se tratava. Após seu texto minhas expectativas triplicaram, tenho que ver esse “Recount” já! 😉

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Não tenho HBO é uma pena, vou esperar o lançamento em DVD. A história desta confusa eleição Michael Moore detalha em seu livro “Cara, Cadê o Meu País?”, mostrando todas as falcatruas que acontece no sistema eleitoral americano.

Bjos

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Vinícius, espero que consiga assistir ao telefilme em breve!

Hugo, eu não li este livro do Michael Moore. Somente a obra anterior dele: “Stupid White Men”. Beijos!

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[…] da história política recente dos Estados Unidos. Foi dos dois o excelente telefilme “Recontagem”, que retratou o caso da eleição mais problemática do país em todos os tempos: a de 2000, que […]

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[…] da história política recente dos Estados Unidos. Foi dos dois o excelente telefilme “Recontagem”, que retratou o caso da eleição mais problemática do país em todos os tempos: a de 2000, que […]

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