logo

Rocket Science

publicado em:5/11/08 6:07 PM por: Kamila Azevedo TV

Após um início totalmente confuso, “Rocket Science”, produção da HBO Films dirigida e escrita por Jeffrey Blitz, nos apresenta ao seu personagem principal. Hal Hefner (Reece Daniel Thompson), jovem estudante do 2º grau, é alguém totalmente sem auto-estima. O irmão mais velho dele, Earl (Vincent Piazza), o maltrata; ele é totalmente invisível aos colegas de escola, anda curvado e sem encarar ninguém e ainda possui uma gagueira incorrigível.

 

O destino dele parece que vai tomar um caminho diferente quando Ginny Ryerson (Anna Kendrick) o nota. Ela é bonita, desenrolada, independente e dona de uma personalidade forte. Líder do time de debates da escola, Ginny ainda está traumatizada por causa da saída de seu antigo parceiro de time, Ben Wekselbaum (Nicholas D’Agosto). Ela acredita que encontrou o substituto perfeito para ele em Hal – mas, para isto ser mesmo verdade, Ginny terá que trabalhar muito com ele a fim de que Hal supere suas limitações pessoais.

 

“Rocket Science” utiliza o mundo das competições de debate escolar para fazer uma metáfora sobre a vida de Hal Hefner. No fundo, ele é somente um garoto tentando encontrar a sua voz. O que o filme nos mostra, no entanto, é que, no ambiente em que o personagem principal está inserido, tudo acontece tão rápido, que não dá tempo para Hal sentar, analisar tudo e aprender com seus erros e acertos. No final, a história termina de forma mais confusa do que era no começo – e este é o problema maior de “Rocket Science”, um filme original e bem-humorado, mas que tinha tudo para ser melhor.

 

Cotação: 5,3

 

Rocket Science (Rocket Science, 2007)

Diretor: Jeffrey Blitz

Roteiro: Jeffrey Blitz

Elenco: Nicholas D’Agosto, Anna Kendrick, Margo Martindale, Reece Daniel Thompson, Vincent Piazza, Denis O’Hare



Jornalista e Publicitária


Comentários


Cassiano, o filme está passando na HBO e, do elenco, eu só conheço a Margo Martindale, que fez a mãe da Hilary Swank em “Menina de Ouro”.

Marcel, uma pena mesmo!

Responder

Jura que a nota é 5,3? Olha Kami, eu realmente achei muito estranho as demais notas que vi a este filme (a menor, tirando a sua, tinha sido 7,8! Oo). Vi só os primeiros 30 minutos de filme os quais achei simpáticos. Quero m eprogramar e ver o restante…

Bjos e boa sexta!

Responder

Desde o ano passado fiquei muito curioso em relação a esse “Rocket Science”, especialmente pelo fato de adorar cinema independente. Enfim, ainda estou muito interessado e devo ver em breve, mesmo com menor expectativa agora. Abraço!

Responder

Kau, juro! Eu acho o começo deste filme horrível, mas a história vai melhorando com o tempo, até o final que é totalmente confuso, como eu disse. Beijos e boa quinta! 😉

Vinícius, eu não tinha ouvido falar sobre este filme até a estréia dele na HBO. Também gosto de cinema independente, especialmente o bem feito. Mas, este “Rocket Science” vale a pena por causa de sua originalidade e bom-humor. Abraço!

Responder

Vi passando na HBO… parece realmente algo diferente. Vou tentar ver!

Abraços

Responder

Kamila, nunca ouvir falar do filme, eh uma producao feita especialmente pra TV ou chegou a passar nos cinemas?

Responder

Arthur, assista ao filme, mas sem expectativas. Abraços!

Romeika, acho que é uma produção independente que teve seus direitos de exibição comprados pela HBO. Não acredito que tenha chegado às salas de cinema.

Sérgio, uma pena, porque a HBO é um excelente canal.

Cassiano, sem dúvida alguma, a HBO é sinônimo de qualidade.

Responder

Kamila, acho que você deixou escapar um detalhe crucial do filme. Você não notou o quanto a Ginny foi inescrupulosa? Ela nunca acreditou que tinha encontrado “o substituto perfeito” para o Ben em Hal. E também nunca teve a intenção de “trabalhar muito com ele” a fim de que Hal “superasse suas limitações pessoais”.

Para ela, só interessava uma coisa: ganhar o campeonato de debates. E a forma que encontrou foi fazer o Hal ingenuamente acreditar no mito da superação e da eficiência.

Perceba que ela encheu o time de debates da primeira escola dela com alunos em busca da “superação”, recrutando além do Hal muitos outros garotos e garotas que acreditavam ser capazes de “superar” seus limites.

Então, depois de ter enfraquecido o time com essa estratégia, ela se transfere covardemente para uma outra escola, na qual consegue facilmente ganhar o campeonato.

Responder

Damiana, sim, a Ginny foi bastante inescrupulosa. Ela usou o Hal, mas acredito que ela foi importante para o Hal perceber que ele poderia superar sua gagueira, sua insegurança.

Luíza, obrigada pelo link. A resenha está ótima!

Responder

Só que a gagueira dele não tem a ver com insegurança, Kamila. Tanto que no final do filme, depois de passar por toda aquela experiência, ele continuava gago do mesmo jeito.

Responder

Olá, Kamila! Tdo bem?

Este filme parece ser bom, sempre passa na HBO e nunca tive coragem de ver. Agora com esta nota então…. rsrs

Fique bem! Beijos! 😉

Responder

Damiana, certo. Você me convenceu! 🙂

Mayara, tudo bem, obrigada. E com você? Bom, eu recomendo o filme, mesmo tendo a nota baixa, porque ele tem outros aspectos interessantes. Beijos!

Responder

Adorei o filme.

A gente consegue entender com mais profundidade as questões tratadas por ele depois de ler a resenha indicada pela Luíza.

Muito bom mesmo.

Responder

Para julgar um filme tão inteligente como esse com 5.3, só uma crítica de blog mesmo.
O filme só é confuso para quem não tem a capacidade de imergir no roteiro e, portanto, compreendê-lo. Ou, se preferir, para quem tem um QI menor que 50.
Quanto aos outros comentários, prefiram confiar em notas atribuídas por juris internacionais especialistas no assunto, os quais ovacionaram esse filme.

Abraços.

Responder

Eu vi esse filme duas vezes(mas nunca vi o inicio) e simplismente achei muito bom, talvez por ser um filme muito introspectivo em uma moldura pop com pinceladas cult, existe discrepancia entre as pespectivas. A quem fique apenas com a situações humorísticas do filme que são deliciosas, mas mergulhar no mundo do Hal Hefner, em sua ingenuidade num universo de relações incompreensíveis, é o grande barato do filme. Um filme que discute singelamente o amor do ponto de vista de um adolescente desajustado do ideal americano de felicidade instantanea, tal como Holden Caulfield que busca sentido nas coisas.Cheio de sacadas geniais, tal como a cena onde Hal espera a menina na biblioteca e um gordinho do clube de novos filósofos o convida para fazer parte do clube, ele nega e mais para frente ele dispara: “Quando vc conhecer o amor, vc vai ver que tudo vai ficar bem”. Também acho o final genial, o diálogo entre o pai e o Hal é fantástico. Hal pergunta: “Quando é que tudo passa a fazer sentido ?” O Pai responde: ” vc chega numa certa idade que tanto faz viver em new Jersey ou em outra cidade, é tudo a mesma coisa e vc para de questionar e fica feliz com o que tem”. Na verdade Hal sabe que nada faz sentido e nunca fará, alguém discorda ?

Responder

Walter, perfeito comentário! Muito melhor que o texto que eu escrevi sobre o filme. 🙂

Responder

Depois de refletir mais um pouco sobre esse filme, percebi que ele fala sobre Resignação, um tema pouco explorado pelo cinema. Existem muitos belos filmes sobre superação, mas quase nenhum sobre resignação, isso talvez ocorra, por causa de uma visão equivocada que confunde a resignação com o fracasso durante o processo de superação. Quando a distancia que separa o que você é do que você gostaria de ser é uma barreira instransponível, resignar-ser é a única alternativa para aplacar a desespero. O filme mostra justamente isso, o estreito e sinuoso caminho da resignação sobre o abismo da desesperança. Ele utiliza a gagueira de Hal Hefner frente a vontade de fazer parte do clube de debates motivado pelo amor que tem pela Ginny Ryerson para ilustrar esse processo, mais finaliza mostrando que no final das contas todo mundo se resigna, mesmo que inconscientemente, quando ignoramos a total falta de sentido das coisas. Simplesmente agimos percorrendo o roteiro social (família, escola, faculdade, emprego e família …) repetindo preconceitos e buscando o aumento do status social numa velocidade que não nos permite descobrir o que realmente é significativo nisso tudo. Jeffrey Blitz utiliza Hal para refletirmos sobre isso construindo um belo e significativo filme.

Responder

Obrigado Kamila, pela sua gentileza e por manter esse excelente blog sobre cinema.

Responder

Walter, mais uma vez, um perfeito comentário! Obrigada por postar aqui as suas perspectivas sobre este filme.

Responder

Assisti o filme hj e realmente não está dentro dos moldes dos filmes que retratam o “american way of life”, todos temos limitações e aprender a conviver com elas é que é dificil, a familia e a sociedade cobra que sejamos o máximo em tudo, bonitos, bem formados, bem sucedidos em tudo mas, ninguém explica que não podemos ganhar sempre e que ser feliz com o que se tem e se aceitar é que o verdadeiro caminho.

Responder

Havia assistido o filme 2 vezes sem conseguir ver o final. Sempre tinha de sair quando Ben e Hal eram desclassificados da competição de debates, incrível.

Talvez minha expectativa pelo final, pela reviravolta que não aconteceu, tenha me deixado decepcionado. Se a mensagem era somente esta, reignar-se, concordo com a Kamila.

Responder

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.