A Princesa e o Sapo
Fazia tempo que os filmes de animação produzidos pela Walt Disney Pictures precisavam se modernizar. O processo de atualização começou com “Encantada”, que colocava uma princesa do mundo de conto de fadas no mundo real, contrastando os valores das duas realidades distintas. De uma certa forma, a transição se conclui com “A Princesa e o Sapo”, de Ron Clements e John Musker, que nos confronta com a primeira princesa negra da história dos filmes dos estúdios – nada mais natural, afinal estamos na Era Barack Obama.
Tiana (dublada por Anika Noni Rose na versão original) não é a típica princesa. Seguindo a tradição de uma Cinderela, a mocinha trabalha duro, em vários turnos, para conseguir, quem sabe um dia, realizar o sonho que era de seu pai: montar um restaurante em que ela colocará em prática um cardápio totalmente familiar. Apesar de ter sido criada pela mãe escutando contos de fadas, Tiana não acredita mesmo em príncipes encantados ou em pedidos de estrelas cadentes.
Ao contrário da melhor amiga dela, Charlotte (dublada na versão original por Jennifer Cody), filha única, menina rica e mimada e que foi criada acreditando que todos os seus desejos iriam se tornar realidade, bastava acreditar naquele toque mágico que é dado pelos elementos dos contos de fadas. Ou seja, para Charlotte, tudo caía fácil nas mãos dela. Então, a vida inteira dela, ela acreditou piamente que iria encontrar um príncipe com quem iria se casar e ser feliz para sempre.
Por isso, a chegada do Príncipe Naveen (dublado pelo brasileiro Bruno Campos na versão original) opera uma verdadeira revolução na cidade de Nova Orleans, especialmente entre as duas amigas. Ele está na localidade em busca de uma noiva rica para sustentar seus caprichos enquanto ele espera poder viver na cidade farreando, tocando jazz e cercado de mulheres bonitas. Pela ganância de um especialista em vudus (personagem dublado por Keith David na versão original), ele acaba recebendo uma maldição e se transforma num sapo. Por acidente, acaba levando Tiana junto consigo nessa. Então, grande parte de “A Princesa e o Sapo” é dedicada a desenvolver o relacionamento que surge entre esses dois personagens enquanto eles lutam para voltarem às suas versões humanas.
“A Princesa e o Sapo” acaba sendo mais um passo à frente dado pela Disney após anos de uma crise criativa séria, em que o estúdio foi suplantado, no gênero, pela Dreamworks, pela Pixar (hoje, de sua propriedade) e pela Sony Animation Studios. O segredo do filme é justamente repetir a fórmula que deu certo em “Encantada” e apostar na mistura entre tradição e moderno, fantasia e ceticismo, redenção e transformação. Elementos estes que, em longas de outros gêneros, seriam totalmente batidos, mas que, aqui, funcionam muito bem. Que venha, então, a próxima aventura.
Cotação: 8,0
A Princesa e o Sapo (The Princess and the Frog, 2009)
Diretores: Ron Clements e John Musker
Roteiro: Ron Clements, John Musker e Rob Edwards (com base na história de Ron Clements, Greg Erb, Don Hall, John Musker e Jason Oremland)
Com as vozes de: Anika Noni Rose, Bruno Campos, Keith David, Jennifer Cody, Oprah Winfrey, Terrence Howard, John Goodman
Isso, Kamila! Concordo contigo! E espero que RAPUNZEL seja ainda melhor!
Ah, fiz uma perguntinha pra você lá no post dos melhores filmes exibidos no Brasil em 2009. Ok?
Bjs!
Eu também achei um filme super leve que volta à velha forma da Disney, que fez tanto sucesso no passado. Se vai agradar as crianças de hoje? Minha irmã de 3 ano adorou, por isso acho que animações clássicas nunca deveriam sair ‘de moda’, e ser produzida cada vez mais.
É claro que não chega a ser melhor que nenhuma outra antiga (A Bela e A Fera e Alladin são as minha preferidas), e também não é melhor que ‘Encantada’, mas se destaca, talvez, por se ter um estilo que sempre remeterá a nossas infâncias de pequenos cinéfilos – rsrs ;D
Otavio, esperamos! 🙂 Vou lá dar uma olhada! Beijos!
Luís, meu irmão de 6 anos também gostou muito desse filme. Concordo contigo. Animações clássicas nuca deveriam sair de moda. E concordo especialmente com a parte final de seu comentário!
Ainda não vi, mas estou bem curioso. Sou um grande entusiasta da animação tradicional. E a bilheteria de A princesa e o sapo até aqui, mostra que eu não sou o único.
Bjs Ka!
Reinaldo, eu também sou grande entusiasta das animações clássicas e tradicionais da Disney! Beijos!
eu até quero ver, mas eu tenho trauma com dublagem.. se bem que eu curti ENCANTADA mesmo nessas condições.. bj!
Bruno S., eu também preferia ter assistido a este filme em sua versão original! Beijo!
È também com um grande orgulho assistir “A Princesa e o Sapo” por ver a Disney voltando ao gênero de filmes que marcaram minha infância. Espero conferir logo, a trilha é show de bola, rsrs.
Beijos! 😉
Realmente a Disney sofreu com uma falta de criatividade terrível nos últimos anos, por isso é muito bom ver que ainda é possível realizar uma animação de qualidade dentro desse formato tradicional. E as canções? Preferiu alguma em especial?
Mayara, a trilha é linda, e não é feliz aquela pessoa que nunca assistiu a um filme da Disney! 🙂 Beijos!
Vinícius, eu AMEI “Almost There”, mas não acho que tenha chances de ser indicada. Queria, na verdade, tê-la escutado na voz original da Anika Noni Rose, mas tive que me contentar com a dublagem!
Não me agradou tanto , pois eu achei o roteiro contraditório, mas é gratificante ver a volta dos contos de fadas.
Beijos
Oi Kamila!
Passando pra desejar um feliz natal e um própero ano novo pra vc!
Boas festas cheia de paz, harmonia e saúde!
Ainda ñ vi “A Princesa e o Sapo”, mas pretendo!
Bjo! Diego!
Ainda não vi esta animação, tenho outros que são prioridade na lista, mas eventualmente vou acabar assistindo, ouçou bons e maus comentários, espero que seja bom mesmo.
Sérgio, é bom, especialmente se você gosta das animações clássicas da Disney!
Não imaginava que este podia ser um bom filme. Fiquei curioso agora e vou procurá-lo!
Beijos!
Brenno, exatamente, mas não vi nada de contradição no roteiro! Beijos!
Diego, obrigada! Para voce também! E assista ao filme! Beijos!
Ciro, procure mesmo! Beijos!
Oi, Kamila! Tudo bem?
Assisti “A Princesa e o Sapo” há alguns dias, sem esperar por nada. Saí do cinema feliz, pois, como você, percebi que ainda cabe alguma criatividade na mente dos produtores da Disney. Foi uma experiência divertida, e a nota foi a mesmíssima.
Beijos!
Weiner, tudo bem, obrigada. E com você? Exatamente. Esta é uma experiência bem divertida mesmo! Beijos!
Bom filme. O filme me comoveu. E eu sou dificil de ser ‘movido’.
Espero que ‘Almost There’ chegue no Oscar! Assistir Anika Rose cantando vai ser tudo de bom!
haaaaaa que gracinha é esse filme…simplismente adorei. Tem uma magia linda…Disney é Disney….AMEIIII
beijos
John, eu também espero que “Almost There” chegue no Oscar! Queria escutar a versão original com Anika Noni Rose.
Paloma, é uma gracinha mesmo! A Disney tem essa magia toda peculiar mesmo! Beijos!
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Realmente sentia muita falta desse tipo de filme que a Disney não fazia a um bom tempo, adoro a Pixar ele como discipúlo conseguiu chegar a altura, mas a Disney tem algo especial que nem a Pixar tem, principalmente os clássicos. Com certeza esse filme deve ser muito bom embora ignorado e espero que a Rapunzel seja também um filme lindo.
Nayara, esperamos a mesma coisa de “Rapunzel”.
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