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Cena da Semana

publicado em:18/04/10 8:30 PM por: Kamila Azevedo Cena da Semana

(A introdução de As Horas [2002] – diretor: Stephen Daldry)

Esta introdução é simplesmente brilhante, pungente e uma pequena mostra de toda a essência desse lindo longa. Aliás, é somente o início do brilhantismo desse filme dirigido por Stephen Daldry. Se, no livro escrito por Michael Cunningham, as conexões entre Virginia Woolf, Laura Brown e Clarissa Vaughn são mais difíceis de serem identificadas – até porque o escritor tem que abusar da linguagem verbal e das descrições para forçar isso em nossa mente; no filme, por causa da vantagem da linguagem visual, as conexões entre elas estão todas na nossa cara. É tudo muito sutil, um trabalho cheio de detalhes do Daldry e uma obra que merece ser vista mais de uma vez, até mesmo para a gente poder perceber toda a riqueza da direção dele, assim como do trabalho original do Michael Cunningham e da adaptação feita pelo David Hare.

P.S.: Não vou nem começar a falar da trilha de Philip Glass, um dos trabalhos mais emocionantes, arrepiantes e inspirados dos últimos anos. A música dele é um elemento tão importante, para “As Horas”, quanto as performances de Nicole Kidman, Meryl Streep e Julianne Moore ou, até mesmo, a direção do Stephen Daldry.

Poderia falar aqui milhões de coisas sobre “As Horas”. É uma obra que mexe muito comigo e que me faz enxergar uma coisa diferente a cada vez que eu entro em contato com ela. E é justamente por causa de elementos como estes que eu digo, sem medo, que “As Horas”, em livro e filme, são as obras que mais marcaram a minha vida.



Jornalista e Publicitária


Comentários


tudo nesse filme é absolutamente perfeito,o melhor que já vi em toda minha humilde vida !

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É uma introdução realmente impecável, o filme acerta em praticamente tudo e é um grande exemplar do cinema. Ótima escolha 😉
Beijos

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Também sou um grande admirador dessa obra (está em um TOP 10 fácil para mim) e acho o livro tão bom quanto o filme. Essa introdução é perfeita em tudo.

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Luís, o filme para mim consegue ser melhor que o livro por algumas razões. Mas, AMO AMO o livro do Michael Cunningham!

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Este filme é perfeito em todos os aspectos. Esta introdução conduz o espectador a uma obra bem escrita e dirigida. E o trio de atrizes maravilhosas.

Beijos e tenha uma ótima semana! 😉

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3 estrelas no melhor momento da carreira.Tanto Streep,Kidman e Moore fizeram um belo trabalho.O filme é excelente,o elenco esta soberbo e o filme teve merecida indicação ao Oscar na categoria Melhor Filme.Pena que de foram absurda a trilha sonora de Philip Glass perdeu para o filme…Frida???? Tem absurdos que só acontece na ceimonia do Oscar.Bonito texto Kamila,quando um filme toca nossos corações é uma mostra que vale a pena amar o cinema.Esse sentimento que vc teve nesse filme eu tive em Central do Brasil de Walter Salles.Atualmente eu noto que os cineastas fazem poucos filmes com protagonistas femininas,e esse filme é uma mostra do talento desse trio maravilhoso.Nicole Kidman tem 1 estatueta e Meryl Streep 2,acho que Julianne Moore já esta na hora de ganhar o Oscar.O seu texto me fez ficar com vontade de ver esse filme…beijo e boa semana.

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Nossa! Que depoimento legal Ka. Concordo com vc quanto a qualidade do filme, a trilha e, bem, quanto a não entrar em detalhes, pois são só superlativos. Junto com O pianista era o melhor filme de 2002 e não foi reconhecido como tal. Uma pena. Mas de qualquer maneira, será um dos grandes no lugar que a história reserva para ele.
Bjs

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Mayara, concordo! Beijos e ótima semana!

Paulo Ricardo, eu estou com uma vontade enorme de rever este filme há um bom tempo. A necessidade disso, aliás, foi o que me moveu a escrever este post. Beijo e boa semana!

Reinaldo, obrigada! “As Horas” é o filme que eu mais gosto em 2002. Beijo!

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Até hoje não compreendo como Chicago foi laureado com o Oscar de filme no lugar desta obra-prima emocional. Como pode? Um trabalho amplamente humano, intenso e denso. Sem sombra de dúvida também me marcou, ainda ecoa forte dentro de meu ser.

Se Clarice Lispector tivesse viva e fizesse um único filme – seria este.

O filme, mais que o livro, me remete muito ao estilo da autora…

Beijão

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Sem dúvida um dos grandes filmes da última década que tem a incrível força de me emocionar em toda revisão. O início, assim como a cena final, é espetacular. Realmente Daldry foi totalmente feliz nessa transposição da obra para as telas, graças também ao roteiro de Hare.

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Simplismente uma das melhores aberturas de filme. Pré anunciando as belíssimas sequências que viriam a seguir.
As Horas é um filme irretocável, uma das grandes obras do cinema na decáda passada.
Ótima escolha Kamila.

Bjs!

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Cristiano, nem eu entendo isso. “As Horas” continua a ser um filme intenso e tocante, que mexe com quem quer seja. Eu adorei o paralelo que você fez entre “As Horas” e a Clarice, e eu concordo plenamente. Mas, neste caso aqui, a inspiração foi totalmente Virginia Woolf e Mrs. Dalloway. O livro foi começado a ser escrito num encontro de escritores cujo objetivo é estudar a vida e obra da Woolf. Beijão!

Vinícius, concordo plenamente contigo!

Paulo, concordo contigo também. Beijos!

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[…] A CRITÍCA .:: “É tudo muito sutil, um trabalho cheio de detalhes do Daldry e uma obra que merece ser vista mais de uma vez, até mesmo para a gente poder perceber toda a riqueza” (Kamila Azevedo) […]

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