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Capitão América: O Primeiro Vingador

publicado em:17/08/11 10:23 PM por: Kamila Azevedo Cinema

De todos os herois das histórias em quadrinhos, nenhum personifica tão bem os valores que fundamentam o patriotismo norte-americano do que o Capitão América, personagem criado por Joe Simon e Jack Kirby, em Março de 1941, no meio de todo o auê causado pela II Guerra Mundial. As histórias protagonizadas pela personagem tiveram um papel tão importante neste período que ultrapassaram os limites dos Estados Unidos, conquistando um sucesso a nível mundial, especialmente junto às crianças.

É justamente esta personagem que protagoniza o filme “Capitão América: O Primeiro Vingador”, do diretor Joe Johnston. A história base do roteiro permanece quase a mesma das histórias em quadrinhos: Steve Rogers (Chris Evans) é um jovem franzino, constantemente recusado pelo setor de alistamento do Exército norte-americano, mas a insistência dele em fazer algo importante pelo seu país, lutando na II Guerra Mundial, participando deste singular acontecimento histórico, chama a atenção do Dr. Abraham Erskine (Stanley Tucci), que lidera um experimento para o Exército dos EUA, que visa a formação de supersoldados.

De acordo com as palavras de Erskine, por Steve ser “um homem fraco que sabe o valor da força e do poder”, ele é o candidato perfeito para este experimento. Em consequência de sua participação nele, Steve vê seu corpo inteiro ser modificado por uma série de aplicação de soros e de exposição à radiação. Ou seja, de moleque franzino, ele se transforma em um homem ágil, forte, musculoso e veloz. O supersoldado que os Estados Unidos precisam para enfrentar os nazistas e aniquilá-los na Guerra.

Por falar nos nazistas, são eles os grandes antagonistas da história retratada em “Capitão América: O Primeiro Vingador”. Por meio da figura do Dr. Johann Schmidt (Hugo Weaving), o qual também tem interesse no mesmo tipo de experimento que o Dr. Erskine faz nos Estados Unidos – sendo que o propósito dele é a formação de um exército inteiro de supersoldados -, vemos o desenho de um conflito que aborda um terreno bastante conhecido do universo das histórias em quadrinhos: a constante insistência do homem em utilizar os avanços tecnológicos para perpetrar o mal pelo mundo.

Dirigido com competência por Joe Johnston, um diretor acostumado com o gênero de ação/aventura (vide obras como “Jurassic Park IV”, “Jurassic Park III” e “Jumanji”), “Capitão América: O Primeiro Vingador” é uma das mais agradáveis surpresas cinematográficas em 2011. Steve Rogers é um personagem extremamente carismático, que encabeça uma trama que poderia soar ultrapassada, mas está muito bem fundamentada historicamente pelos roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely. Nem a constante exploração dos valores norte-americanos incomoda. O filme empolga e cumpre muito bem seu papel de ser mais uma etapa rumo ao filme dos “Vingadores”, o qual é a menina dos olhos da Marvel Comics, atualmente.

Cotação: 9,0

Capitão América: O Primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger, 2011)
Direção: Joe Johnston
Roteiro: Christopher Markus e Stephen McFeely (com base nos quadrinhos criados por Joe Simon e Jack Kirby)
Elenco: Chris Evans, Hayley Atwell, Sebastian Stan, Tommy Lee Jones, Hugo Weaving, Dominic Cooper, Richard Armitage, Stanley Tucci, Toby Jones, Neal McDonough, Derek Luke



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Comentários


Essa semana, um professor meu estava falando horrores do filme, por causa do patriotismo americano presente no filme e que foi proibido em alguns países… Mas, enfim, este “Capitão América” me interessa mesmo porque parece fazer gancho com “Vingadores” e o elenco também.

Beijos! 😉

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Mayara, esse patriotismo existe, assim como aqueles outros valores heroicos e de coragem, que são típicos de filme de guerra. Mas, eu posso dizer que isso não me incomodou. Adorei esse filme! Beijos!

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Caracou. Por essa eu realmente não esperava. Eu também curto o América, acho ele um herói interessante, e com a melhor história a ser contata. Eu ainda não assisti ao filme, mas espero que seja muito fiel mesmo (como você disse) aos quadrinhos.

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Esse negocio de patriotismo norte-americano me incomoda, parece que a gente tem inveja e fica falando mau. Eles tem mesmo que serem patrioticos, e nós devemos aprender a cuidar do nosso país.

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Jura que gostou tanto assim? Nossa!!!!
Pra mim, é legalzinho e só. Nota 6,5! Prefiro, desse estilo, o “Thor” e creio que “Os Vingadores” promete mesmo, Ka.

Chris Evans, um ator que até então considerava fraco, até que neste não compromete em nada. Tá mais carismático, eu diria!

Beijo!

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Para mim foi realmente uma GRANDE surpresa. Primeiro que minha lembrança de Chris Evans era de “Quarteto Fantástico” (péssima adaptação de HQ) e segundo que Capitão América não é dos meus heróis favoritos. Mas o resultado ficou excelente (atuações, roteiro e efeitos especiais). Nota 9,0 merecida.

Beijos.

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Cristiano, pra ser bem sincera, na comparação com “Thor”, “Capitão América” ganha DE LAVADA!!!! Beijo!

Reinaldo, obrigada! Beijos!

João Linno, eu também achei uma grande surpresa. Gostei do Chris Evans e achei o filme muito bem feito. Beijos!

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Não vi o filme,mas quando vc dá uma nota 9,0 é que vale a pena mesmo.Esse verão americano é assim,um blockbuster bom e outro ruim.”Piratas do Caribe”eu gostei,”Se Beber.Não Case 2″achei muito ruim(mas tenho q ser honesto e admitir que em muitas cenas eu ri demais),”X:Men-Primeira Classe” eu gostei(mas alguns criticos chegaram a comparar com Batman-O Cavaleiro das Trevas,menos,menos…),Meia Noite em Paris eu achei uma pequena joia de Woody Allen(não é blockbuster,mas eu vi no cinema) e por aí vai,bons filmes e ruins estão pipocando no cinema,mas a maior decepção pra mim foi “Carros 2” pq da Pixar eu sempre espero grandes obras.Vou conferir “Capitão América” e “Super 8” essa semana.

*Eu estava ausente do blog pq tive um problema no meu computador que já foi resolvido.E o meu mengão está no calo do seu corinthians,aproveite os ultimos dias na liderança Kamila rss.

Beijos

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Paulo, comentário interessante sobre os filmes do Verão norte-americano. Teremos uma diferença nesse padrão que você nota, uma vez que tanto “Capitão América” quanto “Super 8” são ótimos!!!!

Seu Mengão caiu feio hoje, tá?? :p rsrsrsrsrrsrsrsrs

Beijos!

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Também achei que o filme cumpre bem o seu papel, bem construído, com boas cenas de ação e um personagem coerente e carismático ainda que a personificação do norte-americano.

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Oi Kamila. Bem eles inventaram um lance até legal envolvendo o uniforme do herói. Gênio vai ser quem conseguir fazer algo convincente e não risível com a Mulher-Maravilha.

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Muito obrigado pelo comentário no Cult Fiction (:
Bela resenha!
(:

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Amanda, exatamente.

Flavio, a “Mulher-Maravilha” é o calo da DC Comics…. Veremos como ela se sai na grande tela.

Thiago, obrigada! 🙂

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O melhor desse filme não está nas cenas interessantes de ação, mas pelo fato da segunda parte do filme, no qual o mesmo filme consegue de uma maneira interessante se auto-criticar e colocar em cheque a propaganda politica. É ao mesmo tempo engraçado e ao mesmo tempo triste pela parte do personagem em saber que mesmo tendo poderes além do imaginavel, se rende ao maniqueismo politico do mesmo país que vai servir …

São momentos quanto esse que tiramos o chapeu a esse filme que só fez o que tinha que fazer, preparar o terreno para Os Vingadores. Beijos Milla!

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gostei do filme. é divertido, em alguns pontos nonsense, ambientado num período muito charmoso e variado o suficiente para se sustentar. possui um argumento bem consistente que mostra de forma bastante equilibrada a segunda guerra mundial, sem patriotismos exacerbados e evitando qualquer sugestão de que a América poderia naturalmente eclipsar as inadequações bélicas e ideológicas da Europa.

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João, perfeito o seu comentário! Concordo com tudo! Beijos!

The Dude, também achei esse filme bem divertido. A história se sustenta muito bem, porque tem esse personagem principal totalmente carismático. Concordo contigo!

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