logo

As Coisas Impossíveis do Amor

publicado em:21/09/11 10:17 PM por: Kamila Azevedo TV

O elemento mais importante do filme “As Coisas Impossíveis do Amor”, do diretor e roteirista Don Roos, é a sua personagem principal: a jovem Emilia Greenleaf (Natalie Portman). A sinopse da personagem está muito bem contada no decorrer do longa: ela tem rancor por ser filha de um pai que, antes de abandonar a sua mãe de vez, a tinha traído com várias mulheres; porém, ao mesmo tempo, ela se recusa a se ver como uma destruidora de lares – o que de fato ela é, uma vez que ela começou a se envolver com Jack (Scott Cohen, conhecido pelo papel no seriado “Gilmore Girls”) quando este ainda era casado com Carolyn (Lisa Kudrow).

Ao ficar grávida, Emilia viu Jack deixar sua família – além da esposa, o filho William (Charlie Tahan) – para começar uma outra com ela. Boa parte de “As Coisas Impossíveis do Amor” se dedica às inúmeras tentativas de Emilia de estabelecer um relacionamento saudável com William, tendo que lidar, ao mesmo tempo, com as relutâncias do menino em torno do relacionamento novo de seu pai, com as implicâncias de Carolyn em relação a ela e, principalmente, com o seu próprio sentimento de luto depois de ter perdido a filha Isabel (o primeiro fruto de seu casamento com Jack), ainda recém nascida, e como isso tem afetado, não só ela, como a relação dela com Jack e com o resto do mundo.

Uma história densa, não? O interessante nela é que ela é contada por meio de flashbacks que se alternam com o tempo presente. Ou seja, por meio deste artifício narrativo, Don Roos, muitas vezes, “engana” a sua plateia, pois o foco principal do filme vai mudando o tempo inteiro, como se ele quisesse desvendar todas essas camadas de Emilia aos poucos, de forma a nos deixar totalmente surpreendidos. O problema é que essa constante mudança de foco da história faz com que o filme acabe perdendo o olhar daquilo que realmente quer falar: como uma pessoa tão jovem quanto Emilia reage a situações para as quais ela, claramente, ainda não está totalmente preparada para viver. Ela amadurece e se encontra na medida em que supera cada obstáculo que a vida coloca diante dela.

“As Coisas Impossíveis do Amor” foi um filme finalizado em 2009, mas que só encontrou espaço para lançamento neste ano (nos Estados Unidos, em um circuito limitado de cinemas; e, no Brasil, diretamente em DVD). O aspecto mais curioso da obra acaba sendo verificar a atuação de Natalie Portman, muito segura na pele de Emilia, apesar da total falta de química com Scott Cohen. Fique de olho também na ótima atuação de Lisa Kudrow. Ela rouba a cena todas as vezes em que aparece.

Cotação: 6,0

As Coisas Impossíveis do Amor (The Other Woman, 2009)
Diretor: Don Roos
Roteiro: Don Roos (baseado no livro de Ayelet Waldman)
Elenco: Natalie Portman, Scott Cohen, Lisa Kudrow, Charlie Tahan, Lauren Ambrose, Michael Cristofer, Debra Monk, Mona Lerche



Jornalista e Publicitária


Comentários


Esse filme não me atraiu, mas como tem Portman talvez veja, teu texto parece captar bem a aurea do filme. Enfim, não é bom nem ruim, nê? Abs!

Responder

Que bom saber que o diretor Don Roos fez um filme recentemente, mas pelo enredo e a critica postada aqui, esta obra está longe de atingir o nível do O Oposto do Sexo, que na minha opinião é umas das melhores comédias americanas da década de 90.

Responder

Pois é, o filme se beneficiou da visibilidade de Natalie Portman no início de 2011. Sua crítica foi certeira. É um drama bem eficiente e que se esmera na força de sua protagonista.
Bjs

Responder

Celo, exatamente. Nem bom nem ruim. Abraços!

Fabrício, “O Oposto do Sexo” é um grande filme. Nem se compara mesmo com esse aí.

Reinaldo, obrigada! Beijos!

Responder

Eu vi esse filme a alguns meses e achei bem fraquinho.Tem uma cara de projeto feito para televisão.Bjs.

Responder

Amanda, pois é. Eu assisti por causa da Natalie.

Cleber, eu não me decepcionei com esse filme.

Paulo, discordo que tem cara de projeto feito para televisão. Achei um projeto mediano. Beijos!

Responder

Eu gostei do filme quando vi, mas agora não me lembro de muita coisa. Só lembro que fui ver apenas por Natalie Portman, hehe.

Responder

Então, a Natalie Portman é uma gracinha, chora bonitinho abrindo um bocão e mereceu o Oscar por “Cisne Negro”. Mas, sério, ela precisa descansar a imagem um pouquinho. Tá parecendo o Selton Mello no cinema nacional.

Bjs!

Responder

Adorei e chorei loucamente o filme inteiro…

Responder

João Linno, pois é. Eu assisti única e exclusivamente por causa dela.

Otavio, verdade. Mas, ela devia estar se preparando para esse hiato que ela passará longe dos cinemas por causa do nascimento do filho. 🙂 Beijos!

Fabiana, eu não chorei…

Responder

Seu texto sobre o filme ficou melhor que o meu… rsrsrs. Mas, enfim, achei decepcionante.

Beijos! 😉

Responder

Mayara, ah, para com isso! rsrsrsrsrs Não diria que o filme é decepcionante, mas é um filme que podia ser bem melhor e não é. Beijos!

Responder

Um amigo e eu gostamos mais brigamos pelo final! Se ela ficou ou não com o Jack!

Alguém responde por favor!!

Responder

Raabe, não ficou, acho…

Responder

Creio que sim, pela foto dos três (Emilia, Jack e Will) que aparece bem no fim, ela não estava _e nem poderia_ ali antes.

E o filme é bom gente.

Responder

Felipe, eles podem ter ficado somente amigos, num relacionamento educado e amigável…

Responder

Muito bom o filme, recomendo! Me emocionei quando Carolyn (Lisa Kudrow) revela a Emilia (Natalie Portman) não matou sufocada a sua filha Isabel recém nascida, motivo pelo qual ela Emilia vinha se torturando, abalando seus relacionamentos afetando e agredindo todas as pessoas que mais a amava.

Responder

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.