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Larry Crowne – O Amor Está de Volta

publicado em:13/10/11 11:25 PM por: Kamila Azevedo Cinema

“Larry Crowne – O Amor Está de Volta”, filme dirigido e co-escrito por Tom Hanks, é uma comédia romântica com um tema bastante atual. Num país (Estados Unidos) em que a crise econômica está tão alastrada a ponto de pessoas de todas as idades e campos profissionais estarem perdendo seus empregos e entrando numa situação econômica difícil, o filme mostra uma forma de não deixar se abater pelo desemprego e tentar dar uma virada positiva em sua vida, de forma a tentar encontrar caminhos diferentes para se reinserir no mercado de trabalho.

Após vinte anos servindo na Marinha norte-americana, Larry Crowne (Tom Hanks) vai trabalhar em uma grande loja de departamentos, onde tem atuação destacada, sendo, inclusive, diversas vezes, eleito o Funcionário do Mês. Entretanto, num belo dia, ele recebe a notícia de que será descartado pela empresa, apesar de sua excelente atuação profissional, porque ele nunca teria a chance de ascender profissionalmente por lá, pois não possui ensino superior.

Um detalhe importante sobre a personalidade de Larry Crowne e que está diante de nossa cara desde a primeira cena deste filme: ele é uma pessoa extremamente positiva. Em face de uma notícia que deixaria qualquer ser bem depressivo, ele não se deixa atingir. No dia seguinte, já está procurando emprego, mas, com a crise econômica e a falta de oportunidades no mercado de trabalho, ele decide partir para uma segunda alternativa, a qual lhe é sugerida pelo seu vizinho (Cedric the Entertainer): entrar na faculdade, para se qualificar como profissional.

É assim que Larry Crowne se vê voltando aos estudos, assim como várias outras pessoas de sua idade que se encontram na mesma situação que ele. Neste sentido, um dos grandes acertos de “Larry Crowne – O Amor Está de Volta” é mostrar como entrar na faculdade e passar a conviver com pessoas de idades e culturas diferentes faz muito bem para o protagonista do filme, que fica mais solto, mais moderno e mais aberto para as coisas. Contribui para isso também a participação dele nas diversas disciplinas nas quais está matriculado, notadamente a de Oratória, que é ministrada pela professora Mercedes Tainot (Julia Roberts), com quem Larry desenvolverá um relacionamento mais próximo.

Um dos aspectos mais curiosos da carreira de Tom Hanks como diretor é que ele, nas duas vezes em que se aventurou nesta função (em “The Wonders – O Sonho Não Acabou” e neste “Larry Crowne – O Amor Está de Volta”), ele preferiu escolher filmes de comédia romântica, que são um território mais seguro para alguém sem muita experiência como diretor. Na sua segunda aventura na direção, Tom Hanks acaba até surpreendendo demais, pois “Larry Crowne – O Amor Está de Volta” se revela muito melhor do que ele parecia ser. A obra é carismática, apesar de o romance central ser desenvolvido de uma forma até um tanto apressada e meio sem explicação, porque não existiam sinais que denotavam um interesse mútuo ali. Mas, acreditem quando eu disser que isso é um aspecto que não incomoda, tendo em vista as outras qualidades do filme.

Cotação: 7,0

Larry Crowne – O Amor Está de Volta (Larry Crowne, 2011)
Direção: Tom Hanks
Roteiro: Tom Hanks e Nia Vardalos
Elenco: Tom Hanks, Rita Wilson, Cedric the Entertainer, Taraji P. Henson, Wilmer Valderrama, Julia Roberts, Pam Grier



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Comentários


A opção light de Hanks só mostra o que você disse acima anjo, a busca da segurança e acima de tudo, que saia tranquilo. Se espera demais pela questão de ser dois grandes atores, mas muitas vezes temos que saber quando um cinema é pessoal, feito com carinho por alguem que ama cinema.

Beijos Milla!

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Ainda não assisti esse, mas as criticas dividem muitas opiniões. Em algumas citam q a falta de quimica entre o casal principal é evidente. Tornando o filme meio sem graça, mas tenho q ver, Tom Hanks não tem pinta de galã, mas gosto muito dele.

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tem cara de ser uma gracinha mesmo. queria ver no cinema, mas me falta um tempinho para ir naquela sessão ingrata das nove da noite no cinema de minha cidade. infelizmente, vai ficar pro dvd.

p.s.: acho que os últimos comentários aqui foi a mesm vibe que este. ficou tudo pro dvd, né? rs

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João, exatamente. Ele busca a segurança. Não quer se arriscar ainda como diretor. Beijos!

Celo, sim, as críticas sobre esta obra estão muito divididas. Não achei que faltou química entre Hanks e Roberts. Pelo contrário. O que faltou foi mostrar pra gente que esse romance estava em vias de ocorrer.

Raspante, é um filme muito simpático. Assisti no cinema. E vai funcionar perfeitamente pro DVD.

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Pois é, mas positivo até demais, né? Aquela colega de faculdade, simplesmente não existe de tão pró-ativa. hehe.

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Kamila estava com uma certa expectativa em relação a esse filme e ele me decepcionou muito.Eu cheguei a duas conclusões:

1-Tom Hanks como diretor não sabe contar uma história.Não aprofunda os personagens e trata tudo de forma muito superficial.São filmes “redondinhos” que agradam,mas que foge de aprofundamentos maiores.Ao contrário de George Clooney,Sean Penn e Clint Eastwood.

2-Atualmente ele não sustenta um filme sozinho(na minha opinião).Hollywood não perdoa quem envelhece.Kamila,Tom Hanks só me deu felicidades como cinéfilo,eu amo o Forrest Gump(qual fã de cinema não ama esse filme?),ele esta ótimo em “Filadélfia” e em “Náufrago”(em ambos os filmes ele teve a ousadia de emagrecer muito para compor o personagem).E não esquecemos que ele é o Andy da trilogia “Toy Story”.Tom Hanks é um astro por excelencia que dispensa apresentações.Um ator que admiro muito,mas que não tem mais força para segurar um filme sozinho.Já estava desconfiado disso desde de “Jogos de Poder”(sucesso de critica,fracasso de público) e que finalmente chego a essa conclusão em “Larry Crowe”.

Sobre “Larry Crowne” eu achei o filme bem bacana,mas com um roteiro muito fraco,o romance entre Julia Roberts e Tom Hanks não me convenceu e o filme exagera em tentar passar ao público uma mensagem positiva.Ao contrário de “The Wonders” que tinha uma trilha ótima e um elenco jovial com destaque para a descoberta de Liv Tyler(depois estourou em “Beleza Roubada” de Bertolucci) esse aqui nem isso consegue.

Kamila quando digo que Tom Hanks não segura um filme sozinho eu digo um filme de altissimo orçamento e com pretensões de grande bilheteria.A idade não é desculpa(Clint Eastwood teve a maior bilheteria da carreira aos 80 anos com “Gran Torino” e Meryl Streep quando mais envelhece melhor fica).No geral achei o filme um grande fracasso(nos EUA teve péssima bilheteria)

Beijos

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Amanda, aquela colega dele da faculdade NÃO existe mesmo! rsrsrsrs

Matheus, acho que ela não tem mais nada o que provar em sua carreira e deve estar fazendo os projetos que mais a divertem. Você pode ver que ela, ultimamente, só tem trabalhado com os amigos.

Paulo, acho que o Tom Hanks diretor prefere caminhar por territórios mais seguros… E os roteiros dos filmes que ele dirigiu possuem, sim, falhas. Eu discordo que ele não consegue sustentar mais um filme sozinho, porém concordo que Hollywood é cruel com quem envelhece. O romance entre Julia e Tom também não me convenceu neste filme e acho que a mensagem do filme é positiva mesmo e a gente consegue receber isso bem. E discordo novamente em relação à sua afirmação de que ele não segura um filme sozinho… Hanks é o operário padrão do cinema norte-americano, gente como a gente, um cara carismático demais. Beijos!

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Kamila, mesmo que já tenha ocorrido – ainda acho que Julia Roberts não tem muita química com Tom Hanks, posso estar enganado, mas é o que acho. Na boa, Hanks de diretor acabou por arrumar uma vaguinha pra esposa no elenco – tá parecendo o Manoel Carlos com a filha , rs.

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Gostei da sua crítica Ka. Ainda não vi o filme, mas me parece ser essa simpatia.
Bjs

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Flávio, eles não possuem mesmo essa química amorosa, tanto que eu tive dificuldades em receber o romance dos personagens dele. A Rita Wilson sempre trabalha nos filmes da Playtone! rsrsrss

Reinaldo, obrigada! O filme é simpático mesmo, apesar de suas falhas. Beijos!

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